“Não É Nenhum Segredo”, EP de estreia da Véu Sublime, mantém espírito jovem do rock rodopiando entre nós

Foto: Monalisa Ferreira (@mo.ferrer)

A alma do rock segue jovem e energética. É o que a história da música vem reforçar sempre que uma nova banda do gênero surge, cheia de sinceridade e, mais ainda, cheia de vontade. Nessa toada, o trio sorocabano Véu Sublime, com pouco mais de um ano de existência, mostra seu EP de estreia. “Não É Nenhum Segredo”, lançado dia 14. OUÇA AQUI!! Surgida durante uma passagem de som que parecia ser apenas mais um ensaio para o projeto solo de Bruno RK, o Véu Sublime foi se compondo organicamente. “Foi ali que eu e Yago Amaral, entre uma pausa e outra, compusemos juntos pela primeira vez. O resultado foi tão natural que logo surgiu a ideia de formar um duo de rock alternativo com nuances psicodélicas” conta Bruno. Os meses que se seguiram trouxeram certo esfriamento ao projeto, até que Dion Castro foi convidado para fazer um som. A química entre os três foi instantânea e o projeto encontrou sua formação definitiva: um trio que mistura a intensidade do groove e do funk, o psicodelismo sessentista, a melancolia etérea do shoegaze e a autenticidade da música brasileira. Essa união criativa ganha vida em “Não É Nenhum Segredo”, que condensa em cinco faixas, e uma vinheta, toda a energia, o peso e a sensibilidade do trio. O conceito do trabalho reflete o ciclo da vida, simbolizado pelo dia, o sol e sua intensidade. Cada faixa representa um momento de confronto emocional, representados pelas melodias pesadas, ora embebidas em lisergia, ora dançantes, regatas ao groove. “A ideia aqui é ser um EP pra se ouvir em diferentes estados de espírito, contextos e momentos da vida. A estética sonora é puxada pros anos 70, sim, mas somos artistas contemporâneos, fazendo o trabalho atual”, comenta Yago. As letras mergulham em temas universais que ecoam com os jovens adultos: a raiva, os desdobramentos de um término de relacionamento, as dúvidas irreverentes e os tropeços inevitáveis em uma busca por pertencimento. Tudo entre arranjos texturizados, alternando a audição entre passagens pesadas e etéreas. O EP foi gravado entre Setembro e Dezembro de 2024 e produzido, mixado e masterizado por Well Mendes no Estúdio Matagal - “ele teve papel crucial no arranjo final das músicas e contribuiu com ideias, dando toda a liberdade que a banda precisava para a finalização da composição e a gravação”, complementa Dion. “Não É Nenhum Segredo” é o primeiro trabalho da banda e é pra eles mais do que apenas uma estreia; é um convite para enfrentar as contradições da vida adulta. A cada faixa, o trio entrega não só suas influências musicais, mas também uma visão própria de como a arte pode traduzir os altos e baixos da vida. Um reflexo da jornada da Véu Sublime até aqui.

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