Cheguei um pouco atrasada para a banda de abertura, Cultura Tres, eram 19h44 e eles já estavam na metade do show. O som, as luzes e a performance estavam ótimos. Os fãs perto do palco estavam agitando, mas a maioria parecia não conhecer muito as músicas. A casa ainda estava enchendo e muitos conversavam ou andavam por ali.
O show do Sepultura estava previsto para começar às 21h, mas atrasou quase meia hora. Antes da banda subir ao palco, vimos o logo comemorativo dos 40 anos no telão, e tocou "War Pigs" (Black Sabbath) e "Polícia" (Titãs). Quando o Sepultura finalmente entrou, o show começou com tudo.
Eles abriram com "Refuse/Resist", seguida do clássico "Territory", que o público cantou a plenos pulmões. Derrick nem precisou pedir para a galera agitar, a energia estava incrível. Entre uma música e outra, a plateia gritava “Sepultura, Sepultura”, e a banda respondia com agradecimentos, especialmente Andreas, que elogiou as rodas de mosh que se formavam no meio da galera.
O repertório foi muito bem escolhido, trazendo músicas das quatro décadas de carreira da banda. Tocaram hits como "Phantom Self", "Attitude", "Kairos", "Sepulnation", "Mindwar", "False", e tiveram convidados especiais para a faixa "Kaiowas", como Supla, Cultura Tres, Yohan Kisser, Marcio Sanches e até alguns fãs do Japão. Eles também tocaram o cover de "Orgasmatron", do Motörhead.
Na parte final do show, vieram os clássicos "Troops of Doom" e "Arise". Após um solo de bateria com "Ratamahatta", onde Greyson Nekrutman foi muito aplaudido, a banda fechou a noite com "Roots Bloody Roots", para encerrar com chave de ouro uma noite inesquecível.