Na falta do astro, os fãs tiveram de se contentar em ouvir um sósia do artista, Antônio Tadeu, que cantou para os presentes.
A prefeitura não autorizou a realização do evento depois da comprovação de falta de segurança durante vistoria conjunta dos Bombeiros e do Contru, o órgão o municipal que atesta a segurança das edificações.
Os portões do evento abririam às 19h, e por volta das 17h agentes da Prefeitura, da Guarda Civil Metropolitana e da Polícia Militar foram ao lugar garantir que o evento não aconteceria após veto do prefeito Ricardo Nunes (MDB) nesta tarde. A apresentação, anunciada em março, receberia 3.000 pessoas.
Após a produtora do evento afirmar, ao longo da tarde, que estava mantido e que todas as normas de segurança seriam seguidas, vários fãs, com trajes sociais e vestidos, se surpreenderam com os policiais e seguranças que guardavam a entrada do estádio, que agora se chamará Mercado Livre Arena.
Dentre os presentes, Gustavo Almeida preparou uma surpresa para a mãe, Maria Lima, e a avó, Maria de Lourdes, que é cadeirante. "Cresci com minha mãe limpando a casa e ouvindo Roberto Carlos", ele diz. "Elas nunca viram um show do Roberto."
Mas dez minutos depois da emoção de saberem que estavam indo a um show do rei, eles tiveram a informação de que a apresentação foi cancelada. "Foi uma mistura de sentimentos."
Para Gustavo, a Prefeitura está certa em não permitir o show por questões de segurança, e houve desleixo da organização em não conseguir os alvarás. "Já que não iam conseguir, que avisassem com uma semana de antecedência."
Conhecido como Roberto Carlos da Paulista, Tadeu, o sósia, soube que o rei faria um show em seu aniversário de 83 anos e se preparou para ir ao Pacaembu.
Ele lamenta o cancelamento, e torce para que a apresentação seja remarcada em breve. "Se ele não vier, fazer o quê? Vai ter que remarcar. Tomara que seja em São Paulo para eu estar lá."
Mas Tadeu diz que vai cantar até meia-noite para compensar a ausência do ídolo. "Não tenha dúvida. Só não vai ter rosa, porque esqueci."
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