Com equipamentos construídos através de reciclagem e seguindo o lema “do it yourself”, Gabriel Boizinho lança seu álbum solo de estreia NÃO PISE NOS SONHOS; Confira Faixa a Faixa e show de lançamento


Após apresentar os singles “Não Consigo” e “Uma Coisa Melhor”, o cantor, compositor, produtor musical e multi-instrumentista Gabriel Boizinho acaba de lançar seu álbum solo de estreia NÃO PISE NOS SONHOS. Ao longo das 8 faixas, o artista mostra sua versatilidade ao compor as músicas, escrever as letras, cantar, gravar os instrumentos, assinar a produção musical e as artes da capa e do encarte. E o formato em vinil já está em pré-venda.

‘Tudo que eu faço é por causa do amor’. Esse é o conceito do disco, todas músicas são verdadeiras, foram feitas para alguém ou feitas em algum momento no fervor da emoção de felicidade, tristeza ou caos total”, explica Boizinho“Eu gosto de dizer que escuto do metal do Slayer ao bolero de Eydie Gormé, mas o álbum não foge de ser um clássico disco de rock, as músicas são bem diferenciadas entre si, mas dá pra perceber uma identidade entre elas. Percebe-se também referências, The Cure, Smiths, Frank Zappa, George Harrison e Travalin Wilburis. E obviamente tem passagens que lembram Cachorro Grande, é inevitável. O bom é que dá para entender qual foi minha contribuição para sonoridade da banda”.

NÃO PISE NOS SONHOS
 fala sobre fins de relacionamentos, em “Coisas Pra Lhe Falar”, “Não Consigo”; possessividade, em “Uma Coisa Melhor”; Ayahuasca, em “É Preciso”; autoajuda, em “Olhos Vendados”. E tem as faixas instrumentais “Cream do Inferno”, “A Arte do Caos” e “Super Ultra Mega Drums”, que tem seis baterias.

Além de compor, cantar, gravar os instrumentos e assinar a produção musical do álbum, Boizinho também produziu equipamentos através de materiais de reciclagem utilizados em algumas músicas. 
“Em ‘Não Consigo’, a utilização de instrumentos recicláveis fica bem perceptível, principalmente na introdução. Além de uma bacia com água, foi utilizado um não instrumento de percussão apelidado de ‘polvo’, feito com mangueiras de piscina. Foi utilizado também um baixo de duas cordas feito com madeira encontrada na rua e cordas de cortador de grama (roçadeira). Para incrementar a sonoridade, utilizei também spray e serrote. E na gravação de ‘Uma Coisa Melhor’, foi utilizado um talk back de papelão e mangueira nas distorções de guitarra. E um talk box também feito de papelão e mangueira”, descreve.

O álbum é uma mensagem para as pessoas não desistirem dos seus sonhos, assim como ele fez ao realizar essa obra, e tantas outras.

NÃO PISE NOS SONHOS
 por Marília Feix

Gabriel Boizinho é daqueles artistas que vivem para criar. Vive de instrumentos inventados e traquitanas surpreendentes, quadros e esculturas, filosofia e espiritualidade. Após construir uma carreira sólida como baterista e cofundador da banda Cachorro Grande — com quem lançou oito álbuns de estúdio e abriu shows para bandas como The Rolling Stones, Aerosmith e Oasis — embarca em seu primeiro voo solo, com a liberdade e os desafios a bordo.

A experiência de ouvir 
NÃO PISE NOS SONHOS do início ao fim é suave e reflexiva, cinematográfica e experimental. O álbum conta com as participações de nomes como Luis Vagner (in memorian), Guilherme Held, Fabio Elias e Pedro Pelotas. Boizinho também assina composições, arranjos, voz, guitarra, violão, baixo, bateria, sintetizador, sopro, serrote, spray e diversos não instrumentos.

NÃO PISE NOS SONHOS
 é a pulsação de um recomeço, é a coragem de voltar a sonhar e é um convite para fazer arte, ainda que isso seja um universo incerto de exposição, julgamentos e expectativas. É um faça você mesmo consciente e uma vontade genuína de se expressar. Ouça cada detalhe e, por favor, não pise nos sonhos.

OUÇA 
NÃO PISE NOS SONHOS

https://bfan.link/nao-pise-nos-sonhos 

PRÉ-VENDA DO VINIL

https://maletadiscos.com/produtos/lp-gabriel-boizinho-nao-pise-nos-sonhos/ 

Faixa a faixa por Gabriel Boizinho

LADO A

01. Coisas Pra Lhe Falar

(Letra: Gabriel Azambuja

Voz, violão, guitarra, baixo, piano, sintetizador e bateria: Gabriel Azambuja)

Essa música foi composta em 2006 e é sobre o fim de um relacionamento. Eu tinha dificuldade para falar dos meus sentimentos e estas poucas palavras foram o máximo que eu consegui colocar pra fora na época. A música ficou pronta em cinco minutos. Tem três vozes, uma normal, uma distorcida e uma com ar. A música inteira tem o mesmo acorde passando pelo braço da guitarra. E foi a primeira vez que eu gravei com slide, algo que depois eu passei a utilizar sempre. Esse foi improvisado com uma pilha. E tem esse clima ‘guitar hero’, meio estereótipo do cara tocando em cima de uma montanha com o cabelo ao vento.


02. Não Consigo

(Letra: Gabriel Azambuja

Voz, Guitarra, violão, baixo, bateria, serrote, spray, bacia com água e percussão: Gabriel Azambuja

Guitarra: Guilherme Held)

Foi composta em 2001 e talvez seja a mais antiga do álbum. Gravei em fita cassete e acabei incluindo um fragmento do registro original no final do álbum, quando a música repete em formato de vinheta. E a letra, na verdade, não tem nada a ver com álcool. Mais uma vez, foi uma maneira que eu encontrei de falar dos meus sentimentos de forma indireta. É sobre insegurança, e também sobre a importância da sinceridade em uma relação. É cheia de ambiências e ruídos, talvez para simbolizar justamente essa dificuldade de comunicação.


03. Cream do Inferno

(Guitarra, baixo: Gabriel Azambuja Bateria: Reynaldo Migliavaca)

É uma vinheta em homenagem à banda Cream. Também foi registrada no início dos anos 2000 em fita cassete e, na época, a própria gravação já ficou distorcida. Ela é muito suja e não segue uma escala normal de guitarra. Pode causar desconforto em quem entende muito de música, ou tem um ouvido apurado. As notas estão erradas de propósito, porque a ideia foi, justamente, tirar o ouvinte da zona de conforto. Nessa faixa, excepcionalmente, eu toquei o baixo e o Reynaldo Migliavacca tocou lindamente a bateria.


04. Olhos Vendados

(Composição: Gabriel Azambuja

Letra: Gabriel Azambuja, Pedro da Motta, Luiz Vagner 

Voz, guitarra, baixo, bateria e tímpano: Gabriel Azambuja)

Foi composta junto com o Pelotas, tecladista da Cachorro Grande, quando a gente morava em São Paulo. Na época gravamos com uma guitarra Telecaster muito tosca, mas que tinha um timbre especial. Eu tentei reproduzir esse som de novo, mas não consegui. É uma letra de autoajuda. É sobre olhar em volta e ampliar a visão de mundo. Um tempo depois eu mostrei essa música para o grande guitarreiro Luis Vagner, e pedi para ele me ajudar com a letra. E como ele sabe falar de amor como ninguém, propôs algumas alterações. A sonoridade ficou meio Jeff Lynne, produtor do Traveling Wilburys.


LADO B

05. A Arte do Caos

(Voz, guitarra, baixo, bateria, sintetizador e tímpano: Gabriel Azambuja 

Guitarra solo: Renato Osório

Piano, xilofone e sintetizador: Pedro Petraco)

É uma música extremamente densa. Esse álbum surgiu por causa da pandemia. Meu pai estava com Alzheimer e eu mudei para Porto Alegre pra cuidar dele. Foi uma fase bem pesada. Eu tinha pouquíssimo equipamento, mas, mesmo assim, resolvi colocar o disco pra frente. Passa a energia daquele momento. Traz a participação do Renato Osório na guitarra, e do Pedro Petracco nos teclados e no xilofone. Eu também incluí falas relacionadas à arte e à filosofia que entram no mesmo tom da música.


06. É Preciso

(Composição e letra: Gabriel Azambuja e Fábio Elias

Voz, violão, guitarra, baixo, baixo fuzz, bateria, percussão, sintentizador e teclas: Gabriel Azambuja)

É um mantra composto por mim e pelo Fábio Elias, da banda Relespública. Nós dois estávamos tomando Ayahuasca na época, e a gente conversava bastante sobre isso. Era como se estivéssemos conectados à distância. Em uma madrugada acordei com essa base na cabeça e liguei o computador para registrar. Notei que o Elias estava online, e ele me contou que tinha escrito uma letra, mas que faltava a música. Juntamos tudo e ficou perfeito. Eu só tirei o Hare Krishna dele no final.


07. Super Ultra Mega Drums

(Guitarra, baixo e bateria: Gabriel Azambuja)

É uma música de baterista. Têm 6 baterias. Uma base, uma ao contrário, uma reta, uma com

o som do surdo apenas, e outra solo.


08. Uma Coisa Melhor

(Composição: Gabriel Azambuja

Voz, violão, guitarra, baixo e sintetizador, bateria: Gabriel Azambuja)

Tem a participação da Hallyne nos vocais. Fala sobre uma fase em que eu fazia muitas turnês. Lembro que um dia a gente estava muito feliz, e de repente tocou o telefone de um dos músicos, e ele falou com a mulher dele com uma voz triste, como se ele não estivesse se divertindo. Depois, ele desligou o telefone e tudo voltou ao normal. Ele teve que fingir não estar bem para não magoar a esposa. É sobre esse sentimento de possessividade, de não permitir que a outra pessoa seja feliz se você não estiver junto.


No dia 9 de maio, o cantor, compositor, produtor musical e multi-instrumentista Gabriel Boizinho faz o show de estreia do lançamento do seu primeiro disco, NÃO PISE NOS SONHOS, lançado no dia 19 de abril. A apresentação acontece no Teatro Bruno Kiefer, na Casa de Cultura Mario Quintana, a partir das 19h. Os ingressos custam de R$25,00 a R$60,00 e podem ser adquiridos no Eventbrite.


“Levando em consideração o atual cenário artístico, em que as pessoas consomem arte de maneira líquida e superficial, onde o álbum foi trocado pela playlist, o artista é reconhecido pela quantidade de seguidores e não pelo seu trabalho e as composições são  feitas por inteligências artificiais, resolvi fazer um show orgânico e com qualidade sonora. Para que as pessoas possam ouvir com clareza a música que está sendo tocada”, explica Boizinho“Na parte visual, ao invés de efeitos computadorizados, vou usar projeções das minhas próprias obras de arte, que também estarão expostas na ante sala do teatro. E os instrumentos que eu fabrico, que são parte importante do espetáculo, vão trazer ainda mais identidade e originalidade pro show”.


O show conta com a participação de Halynne Hanh, “uma amiga que há pouco tempo decidiu largar a vida corporativa para realizar o sonho dela, que sempre foi viver de música, ela também canta na música e participou do clipe de ‘Uma Coisa Melhor’”. A banda que acompanha Gabriel é composta por jovens musicistas: Milena Barros na bateria, Marcelo Henkin no baixo e Miguel Carlos que vai tocar violão, teclado e guitarra.



SERVIÇO

Show de estreia do lançamento do álbum NÃO PISE NOS SONHOS, de Gabriel Boizinho

Data: 9 de maio (quinta-feira)

Horário: 19h

Local: Teatro Bruno Kiefer - Casa de Cultura Mario Quintana (Rua dos Andradas, 736 - Centro Histórico de Porto Alegre)

Participação: Halynne Hanh

Capacidade de público: 176 pessoas

Entrada: R$25,00 a R$60,00

Compra de ingressos: https://www.eventbrite.com/e/lancamento-do-album-nao-pise-nos-sonhos-gabriel-boizinho-tickets-861286570317?aff=ebdsoporgprofile

Contato para dúvidas:  (51) 998800809


SOBRE GABRIEL BOIZINHO

Músico multi-instrumentista, cantor, compositor e produtor musical. Gabriel é cofundador da banda Cachorro Grande, uma das principais bandas de rock do Brasil que conta com uma discografia de 10 álbuns lançados ao longo de seus mais de 20 anos de estrada. Como integrante da banda, teve a oportunidade de abrir shows de artistas como Oasis, Aerosmith e Rolling Stones, além de tocar em festivais junto com bandas como Supergrass e Stooges.


Para Gabriel, a música contemporânea não possui um estilo determinado, o que faz com que a criação de suas músicas seja livre e diversificada. No seu primeiro projeto solo, NÃO PISE NOS SONHOS (2024), referências de toda a sua trajetória foram reunidas e fizeram com que sua linguagem musical por vezes lembre um rock psicodélico e, outras, remeta a trilhas sonoras de filmes e games.

https://www.instagram.com/gabrielboizinhooficial/

Postar um comentário

0 Comentários
* Please Don't Spam Here. All the Comments are Reviewed by Admin.