O encontro entre os dois aconteceu durante um show no sul da Bahia e a conexão surgiu da vontade de ambos em fazer música boa misturando diferentes sonoridades. Pesquisadores musicais em busca do som perdido, Maíra é nascida em São Paulo, filha de pai pianista, saxofonista e arranjador musical, e de mãe cantora contralto no Coral da USP e desde os primeiros passos já tinha a música como parte de sua vida. Éder é capixaba e sempre amou tocar e poder vivenciar essa troca que a música proporciona, seja fazendo novos amigos, conhecendo lugares ou ensinando música para outras pessoas. Além disso, Éder ainda carrega no currículo apresentações memoráveis ao lado de Elza Soares, Carlinhos Brown, Djavan, Zeca Baleiro, Paulinho Moska, Shakira e Robbie Williams, além de vasta experiência como produtor musical ao passar por gravadoras como EMI, Warner, Universal e Sony, além de espetáculos do Circo Beat (de Fito Paez), TVE e TV Globo.
Depois do primeiro encontro casual e trocas seguidas sobre visões artísticas e do mercado da música, surge o impulso de criação e produção de um novo projeto que reunisse o gosto comum de ambos pelo House, pela MPB moderna e pelo ritmo percussivo. Maíra se formou psicóloga, se apaixonou pelo surfe e virou mãe. Éder é cidadão do mundo e encontrou na música uma das maneiras de conhecer e se conectar com diferentes culturas pelos quatro cantos por onde passou. A faixa O RATO retrata esse cansaço do ser humano moderno com o sistema que o mantém em uma eterna roda, buscando por uma suposta satisfação através do consumo que o obriga na outra ponta, a manter a corrida por um trabalho infeliz que pague as contas dessa mesma vida e consumo.
Após intensa imersão em um home estúdio improvisado no próprio vilarejo de Caraíva, nascem quatro músicas carregadas de influências eletrônicas e da ancestralidade dos tambores africanos, criando um som que se aproxima de músicas de coletivos como BaianaSystem, forte referência tanto para Maíra quando para Éder.
Para a gravação do single, Eder Monteiro reuniu Jackson Almeida - um músico baiano com um extenso currículo que inclui colaborações com artistas como Margareth Menezes, Carlinhos Brown, Sandra de Sá e Ed Motta, além da produção do álbum "AETD" de Saulo Fernandes, Luã Almeida (teclado) - um músico premiado que também trabalhou com Carlinhos Brown, Saulo Fernandes e Negra Cor, Tiago Nunes, outro talento baiano, com colaborações notáveis com artistas como Ana Vitória, Maria Bethânia e Liniker.
A masterização foi realizada em Buenos Aires no histórico Estúdio Romaphonic, fundado por Fito Paez e que conta com um acervo riquíssimo de produções para artistas latinos renomados como Andrés Calamaro, Abel Pintos, Rata Blanca, Tan Bionica e Miguel Mateos, sob a direção atual de Nico Romero.
A mistura da ancestralidade com tendências futuristas foi inspiração para o projeto visual dirigido pelo fotógrafo Marcos Credie, com make de Cristina Rodrigues Malta, conhecida como Cris Malta, apontando para um futuro distópico, atemporal, transformando Maíra Tonezzer e Éder Monteiro em viajantes do tempo capazes de trazer influências do passado e do futuro para o hoje.
Além do projeto fotográfico, o filme de O RATO também surpreende. Realizado pelo cinematics artist (artista cinematográfico responsável por criar e editar vídeos 3D) Vitor Molizane, o filme foi produzido 100% em 3D com uso de meta human e terá lançamento especial após a música, no dia 10 de novembro em avant premiere em Caraíva e a partir do dia 12, disponível pelo Youtube no canal de Maíra Tonezzer.
O Rato
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