Praticamente uma semana depois, estamos de volta ao The Town, passando pelos principais palcos do festival e oito shows.
Antes dos shows, fomos conhecer o stand lindíssimo da Sephora, que tiveram uma ótima ideia de fazer uma estação de maquiagem no qual eu mesma fui maquiada por uma das maquiadoras disponível, fiquei encantada com a quantidade de maquiagem que tinha lá e ainda testei pra ver qual seria minha base da Fenty.
O local tem vários locais instagramáveis, tirando foto com a guitarra e contendo até uma espécia de doceria que deixavam a maquiagem como jóias ou até doces e além disso tudo tive a oportunidade de brincar na máquina que se você pegasse uma bolinha você ganhava uma maquiagem de graça, simplesmente tiver a melhor experiência do The Town.
TERNO REI CONVIDA FERNANDA TAKAI E MAHMUNDI
Abrindo os serviços do palco The One, Terno Rei é uma banda já conhecida entre os leitores do site, rolando inclusive cobertura nosso para lançamento do LP "Violeta", álbum que fez com que a banda ganhasse mais notoriedade ainda no cenário nacional, sendo um dos maiores nomes do pop alternativo da atualidade.
Subindo no palco por volta das 15h, a banda fezum show que apresenta sonoridade indie mesclada a uma pitada de de anos 80, passando por faixas que marcam tanto o álbum "Violeta" quanto do álbum "Gêmeos", divulgado ano passado.
Fazendo um show especial, eles apresentaram faixas como 'Medo', 'Estava Ali', 'Yoko', Solidão de Volta', 'Sem Necessidade' e 'Canção Para Você Viver Mais', com essas duas últimas sendo versões de Mahmundi e Fernanda Takai, que fizeram parte desse show especial.
Lotando o Skyline mesmo sendo banda de abertura, ela entregou seu vocal estrondoso e que ganhou ainda mais força com a presença da Orquestra Nova, que deu uma nova roupagem para as faixas do álbum Admirável Chip Novo, na turnê que marca 20 anos da sua estreia.
Repleto de hits, ela levou o pessoal a loucura com Equalize, nos seduzindo ao fazer caras, bocas e ótimas poses para as câmeras do telão e, certamente, televisão.
O tempo mostrou que o vocal dela ficou ainda mais poderoso e que sua estreia foi atemporal, levando uma legião de fãs a cantar em uníssono e perder a voz em cada uma das faixas, cantando com um amor que se tornou recíproco em sua performance.
Em parceria com a Nova Orquestra formada majoritariamente por mulheres, com os 15 integrantes transformando um álbum emblemático numa sonoridade definitivamente única e fazendo com que a apresentação fosse ainda mais especial.
Com Tico de amarelo eles fizeram um show conjunto com Vitor Kley, voltando ao festival dos Medina um ano depois de estar com Di Ferrero no RiR e unindo ouvintes tanto dos Detonautas quanto de Kley.
Apesar da galera apreensiva pela possibilidade de chuva, com algumas gotas durante o show e apertando mais nas últimas músicas do show/ começo do show do garbage, eles não perderam o ânimo, cantando hits como 'Só por Hoje', 'Quando o Sol se For', 'Send U Back', 'O Amanhã' (com Lucas, filho de Tico, na guitarra) e Lucas Kley participando de 'O Retorno de Saturno', 'Olhos Certos', além de 'Morena' e 'O Sol'.
Sendo a segunda banda da noite com um vocal feminino, o lirismo do álbum mais recente apresenta tópicos contra o machismo, a misoginia, o racismo e o sexismo.
Com um vestido preto e rosa, Shirley lidera o Garbage apresentando um show com grande presença e entrega vocal, com a banda dando o peso ideal para as versões ao vivo para os hits da banda. E uma performance animada e digna de rockstar.
Infelizmente, desde o anúncio da banda no festival, muitos mostravam não conhecer a banda, principalmente por conta do festival ser um público alvo mais novo. Isso refletiu no show, que apesar da performance da banda, teve raro retorno do público que, mesmo ainda pra ter shows de Wet Leg e YYY, já estava ansioso para ver Foo Fighters em São Paulo cinco anos depois.
Embalando o público mais do que alguns dos shows que ainda viriam (e tinham já tinham sido) dos palcos principais, o setlist repleto de hits fez com que o público se energizasse e não ficasse sem cantar nenhuma das músicas por um segundo sequer, seja elas do Barão Vermelho, Cazuza ou Skank.
Num estilo totalmente diferente, a banda não prendeu o público, contrário do que havia acontecido no dia anterior no Cine Joia, em show exclusivo.
Apresentando tanto faixas que percorrem seus 20 anos, como 'Zero' e 'Maps' (nesse momento, Karen O pausou o show por 1min,para perguntar se a jovem que ficou presa na tirolesa em frente ao palco estava bem, logo em seguida sendo socorrida), quanto do álbum lançado recentemente, caso de "Spitting of the edge of the world", Burning", "Wolf" e "Lovebomb".
Explosivos e dançantes, eles tentaram dar uma animada na galera, com chuva de papel picado em certo momento do show, mas o público já se concentrava entre beber algo, comer ou recuperar as energias para Foo Fighters.
Tendo um trecho de A Song for The Dead, do QOTAA, banda que eles estavam substituindo, a apresentação acabou com "Date with the night".
Vencedores de duas categorias do Grammy 2023, isso infelizmente não foi o suficiente para eles terem um grande público ao seu favor, com todo mundo já se posicionando para onde seria o último show do dia.
Mesmo assim, elas se emocionaram, com motivos de sobra para isso, como estarem por aqui pela primeira vez e de quebra estar encerrando uma turnê que percorreu o mundo todo (inclusive com elas comentando "Estamos em turnê por dois anos e este é o último show… não vamos tocar essas músicas por um bom tempo"), no ano que acabou sendo de consolidação do duo.
No repertório da única atração internacional do palco, 10 das 12 faixas presentes no álbum de estreia.
Única banda do palco principal sem mulher no vocal, eles se apresentaram para um palco Skyline abarrotado, ninguém circulava por lá desde um pouco antes da banda subir no palco, pela primeira vez em São Paulo em cinco anos, por conta do falecimento de Hawkins ano passado.
Passando por faixas do novo álbum e diversos hits que englobam seus quase 30 anos de banda, com muitas versões estendidas que amplia os solos de guitarra, linhas de bateria que mostram as razões para Josh Freeze terem assumido as baquetas do Foo Fighters e um público que cantava em uníssono cada um dos sucessos da banda ou prestava atenção na primeira performance ao vivo por aqui de cada faixa do álbum mais recente.
Dentro do repertório, 'Aurora' que, num dos pontos mais emocionantes do show, acabou sendo dedicada para Taylor Hawkins, que faleceu ano passado. Antes de iniciar a faixa, Dave Grohl comentou: "Vamos tocar essa música todas as noites para o resto de nossas vidas. Porque essa música é a favorita de Taylor Hawkins. Então essa é pra ele", com público gritando o nome do eterno baterista do Foo Fighters.
Em 'Times Like These', a faixa se tornou uma balada com a inclusão de teclado na instrumentação da banda e em 'My Hero', todo o público se uniu com Dave Grohl numa voz só, perdendo o fôlego de vez em 'The Sky', 'This is a Call', 'Best of You' e 'Everlong'.
Num momento específico do show, Dave comentou: "Eu amo tocar para vocês. A plateia brasileira é louca. Já tocamos em vários lugares, mas os brasileiros... É verdade. E vocês sabem disso, né?". Diante do que aconteceu quando iriam se apresentar por aqui ano passado, essa fala tem um significado ainda maior e amplifica o teor emocional desse trabalho.
Com seu vocal versátil, Dave Grohl trafega com maestria entre os gritos e trechos de calmaria além das grandiosas linhas de guitarra, com Josh Freese apresentando uma bateria repleta pressão e toda atmosfera intensa, que certamente consumiu a energia do público mas, mesmo após 2h20 de show, ainda ficou um gosto de quero mais.
Se no dia 3 nós vimos as razões dos ingressos terem se esgotado tão rápido, isso se repetiu ontem, com Bruno Mars e Foo Fighters sendo definitivamente os nomes headlinera sa primeira edição de um festival que já nasce histórico.