[CRÍTICA SEM SPOILERS] Tom Cruise desafia os limites em Missão Impossível: Acerto de Contas!



Em 2022, Tom Cruise resgatou o cinema com o sucesso estrondoso de Top Gun: Maverick, tornando-se o filme mais aclamado do ano passado. Até mesmo Steven Spielberg expressou sua gratidão ao ator por revitalizar a indústria cinematográfica, especialmente em um momento considerado como pós-pandemia. Inegavelmente, Tom Cruise é o maior astro dos filmes de ação na atualidade, destacando-se pelo seu comprometimento com as produções e sua paixão incondicional pelo cinema, refletindo-se tanto em seus filmes quanto em seus personagens.

Hoje, aos 61 anos, Tom é conhecido por realizar suas próprias cenas de ação, dispensando o uso de dublês, proporcionando um realismo de tirar o fôlego para o público. Foi assim em Top Gun: Maverick e continua sendo em seu novo filme, Missão Impossível: Acerto de Contas. A autenticidade de Cruise é capaz de atrair as pessoas para as salas de cinema IMAX, para vivenciarem a experiência de assistir seus filmes.

Em Acerto de Contas, o grande vilão é um algoritmo de inteligência artificial capaz de sabotar sistemas digitais. Esse código ganha consciência e escapa ao controle, infiltrando-se em qualquer dispositivo digital. Desencadeia-se, assim, uma corrida entre os governos de todo o mundo para garantir a posse do algoritmo. Apesar dos diálogos um tanto exagerados ao longo das quase três horas de duração do filme, há espaço para a introdução de novos e antigos personagens, além de uma ação constante que mal permite que o espectador respire.

Tom também domina a arte do marketing de seus filmes como poucos. Meses antes do lançamento, fomos bombardeados com cenas dos bastidores do momento em que o astro salta de sua moto do topo de uma montanha em direção ao abismo, para em seguida abrir seu paraquedas. Essa sequência é catártica e magistralmente executada e filmada, mas talvez nem seja a melhor cena do filme.

Acerto de Contas é como uma complexa engrenagem que funciona perfeitamente em sua primeira parte, e a segunda parte está prevista para ser lançada dentro de um ano. É uma raridade em Hollywood garantir uma sequência antes mesmo de ter certeza do sucesso do primeiro filme. Cruise sabe como conduzir filmes de ação para as massas, mesmo que Missão Impossível seja considerado um filme um tanto descartável, ele funciona devido à sua inércia cinética.

Não há dúvidas de que Missão Impossível se tornou não apenas uma das maiores franquias de ação, mas também uma marca que quase foi esquecida em algum momento. Na verdade, qualquer filme com Tom Cruise no elenco garante uma excelente experiência de ação. Cruise sabe como cativar seu público com cenas de ação que desafiam os limites da equipe de produção e desafiam todas as regras de segurança de uma produção milionária, sem jamais perder seu protagonismo.

O que torna Acerto de Contas interessante é a forma como o vilão retratado reflete uma realidade presente fora das telas. Algoritmos e inteligência artificial são temas cada vez mais frequentes e polêmicos. Embora o filme leve essa temática a um nível militar e global, é inegável que esses temas estão presentes em nossas vidas. Basta observar a crise dos roteiristas que condenam o uso de inteligência artificial em Hollywood.

Após tantas peripécias e cenas emocionantes, resta-nos aguardar pelo lançamento do filme que concluirá essa primeira parte. E podemos fazê-lo com altas expectativas. Tom Cruise eleva o padrão das produções de ação a tal ponto que sentimos uma certa conforto em ir ao cinema para nos surpreender cada vez mais, mesmo com o passar dos anos. Missão Impossível consegue ser o que nenhum outro filme de ação consegue ser: autêntico, sem clichês, sem super-heróis ou efeitos digitais exagerados. Para sua sequência, podemos esperar o que já se tornou normal para nós: o "salvador" da experiência cinematográfica em busca de outra dose de adrenalina para manter o cinema vivo.

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