Com muita influência de punk rock (Black Flag, Misfits, Dead Kennedys) reta e direta (como a letra pede), "Sincericídio" foi escrita para entrar na roda e fazer bate cabeça. "A música surgiu do questionamento do porquê as pessoas preferem se calar a dar a sua visão sobre o que está presenciando e vivenciando", explica a banda. "Calar-se te torna mais sociável e querido, ou mais um anônimo que não se importa em ver o caos? Qual é o medo de dizer o que pensa para uma pessoa próxima que está se ferrando, já que temos discernimento e critério. Qual julgamento você teria se dissesse que não gosta de algo popular, por exemplo."
Rudi, guitarrista e vocalista da Skarno, levanta a questão das consequências em se falar o que pensa: "Em contrapartida, o que pensa e espera uma pessoa que pede a sua opinião e se ofende com ela? Por muitas vezes eu e a Vanessa (baterista da banda) passamos por essas situações, não que tenhamos muitos filtros, mas hoje sabemos analisar melhor para quem podemos e o que podemos falar sem perder a essência questionadora e seletiva que temos.
A Skarno procura sempre trazer músicas com críticas e desabafos, e é caracterizada por escrever letras confessionais e que fazem o ouvinte pensar. Temas como solidão, falta de base familiar, falta de reciprocidade, crises existenciais e superação são temas abordados em lançamentos recentes da banda.
Em "Sincericídio", a missão da da Skarno é levantar o questionamento sobre o limite da linha tênue entre aceitar e dar opinião, principalmente em assuntos de aspecto íntimo. "Até onde falar ou se calar em algo que está incomodando, mas que não se pode ou deve dizer em determinada situação", explica Rudi. A composição da faixa foi feita por Rudi (guitarra e voz) e Vanessa (bateria) e a ideia central da composição foi trazer uma trilha de comercial de TV, se desenvolvendo com poucos riffs para focar na interpretação da letra através de uma passagem de voz mais desleixada, causando aspecto de indelicadeza e deboche.
Sobre a expectativa para o lançamento nesta sexta-feira, Rudi comenta: "Queremos mexer com o público, cutucar mesmo! Deixá-los inquietos e intrigados com essa letra! Cabeças se questionando: quem sou eu nessa história?", finaliza.