RESENHA: U.D.O. - 'The Legacy' (2022 - AFM Records/Valhall Music)

Texto: Carlos Ferracin

Não existe headbanger que não esteja familiarizado com a carreira de Udo Dirkschneider. À frente do Accept, esse alemão com voz inconfundível foi responsável por clássicos eternizados na história do heavy metal. Após deixar a banda pela primeira vez iniciou, com Animal House (1987), uma prolífica carreira solo e celebrando esses 35 anos foi lançado em cd duplo a coletãnea “The Legacy” pela gravadora AFM Records e edição nacional da Valhall Music.

Abrangendo os álbuns até Game Over (2021), temos aqui 33 canções em 2h30 do mais puro heavy metal, sem esquecer clássicos como “Man And Machine”, “Holy” e “They Want War” mas o grande atrativo são as quatro “rare bônus track”: “Wilder Life” (faixa bônus da edição japonesa de Game Over) , “What A Hell Of A Night” (faixa bônus da edição japonesa de Steelfactory) , “Falling Angels” (faixa da coletânea 25 Years Metal Addiction - The Rare & The Unreleased da gravadora AFM Records) e “Dust And Rust” (faixa bônus da edição japonesa de Steelhammer).

“Dust And Rust” é espetacular, veloz e furiosa poderia estar em qualquer álbum do Accept. “What A Hell Of A Night” foge um pouco do usual e flerta descaradamente com o hard rock. “Wilder Life” e “Falling Angels” são mais cadenciadas e pesadas - quatro ótimas canções que em nenhum momento podem ser classificadas como descartáveis.

Poucos músicos possuem tanta história e influência dentro do heavy metal como Udo Dirkschneider, “The Legacy” é uma representação fiel de sua excelente carreira solo e possui um título mais do que adequado.