Texto: Carlos Ferracin
Quando surgiu no ano de 1995, o Arch Enemy causou um certo burburinho no meio metálico. Afinal, não é sempre que surge uma banda cujos integrantes fizeram parte de nomes como Carcass, Spiritual Beggars, King Diamond e Mercyful Fate. “Doomsday Machine” (2005), sexto álbum do grupo, ganha um relançamento nacional pela gravadora Valhall Music, em edição com slipcase.
Se existe algo que mudou a trajetória do Arch Enemy foi a entrada de Angela Gossow a partir de “Wages Of Sin” (2001). Seu vocal rasgado - diferente de tudo que as demais vocalistas faziam na época - caiu como uma luva no estilo da banda. “Doomsday Machine” - terceiro álbum que ela partipava - já demonstrava um maior entrosamento com os demais músicos, alçando a banda a um patamar superior.
Se Angela brilhava, a força motora ainda eram as guitarras dos irmãos Michael e Christopher Amott. Com riffs e solos pungentes eles ditavam o caminho que a banda percorria - na dúvida é só ouvir o riff da maravilhosa “Nemesis”, uma verdadeira aula do que convencionou a ser chamado de “death metal melódico”. Outro grande destaque do álbum é a thrash metal “Out for Blood” com seus solos empolgantes e bateria devastadora.
Em resumo: apesar de não ser inovador, “Doomsday Machine” é um álbum que envelheceu bem e tem um lugar de destaque na discografia do Arch Enemy.