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Em “Papai e Mamãe”, Sérgio Britto tem um olhar cúmplice para o momento que a filha adolescente passava e que ele mesmo já vivenciou um dia: "Deixem que eu fique assim/ dançando comigo/ buscando dentro de mim/ o que eu preciso// porque eu não quero viver essa vida/ que querem que eu viva/ Não quero viver essa vida/ que ninguém acredita".
“Fiz essa canção inspirado, em parte, na adolescência difícil pela qual passei e pela qual muitas pessoas passam. Em tempos de pandemia isso pareceu ganhar uma proporção maior ainda. Minha filha mais nova, assim como tantos outros adolescentes, caiu nesse redemoinho. O processo de crescimento é muitas vezes doloroso e solitário e por vezes deixa marcas pro resto da vida. Explosões de raiva, isolamento e, finalmente, redenção fazem parte do caminho. É bonito notar como está tudo ali no vídeo de maneira alegórica, bela e poética”, comenta Britto.
Segundo Nico Matteis, diretor e roteirista do curta, a primeira conversa foi para fazer uma radiografia dos sentimentos que a canção expressava e decidir as linhas e os caminhos estéticos que iriam seguir. O clipe traz traços que lembram o Mangá, mas com uma direção de arte muito brasileira.
Com uma paleta de cores mais colorida em momentos alegres e mais dessaturada nos momentos densos, a estética transita juntamente à inquietação da personagem principal.
“Incrível a qualidade e as leituras que essa animação propõe sobre a música. Desde a concepção à criação dos personagens e ambientes, tudo foi feito com um capricho e apuração incríveis”, finaliza Britto.