RAMMSTEIN: Fãs relatam episódios de dopagem e abuso por parte do vocalista; Confira relato de brasileira e posicionamento da banda

No último dia 27, o site Igor Miranda fez uma matéria que mostra o relato de uma fã irlandesa sobre o vocalista do Rammstein, Till Lindemann, e sua equipe terem colocado drogas em sua bebida para cometer abuso. A situação específica de Shelby Linn teria ocorrido durante um show especial para membros do fã-clube da banda em Vilnius, capital da Lituânia. 

Em redes sociais como o 
Twitter e Instagram, ela narrou a situação, além de exibir capturas de tela e fotos sobre o ocorrido. Por ela, ela diz ter conseguido um lugar na lista de convidados da pré e pós-festa do Rammstein através de um contato e que o evento tinha somente mulheres jovens para a festa, situação duvidosa para ela. 

Dando sequência, em vídeos após o pré-show, ela demonstrou ter uma piora na saúde, ficando sonolenta e apenas conseguindo balbuciar as músicas. Na manhã seguinte, ela relata ter acordado com vários hematomas, além ter lidado com sintomas como insônia, taquicardia, diarreia, náuseas e calafrios.

Com esse relato, nos dias seguintes, 
outras pessoas tornaram públicas suas experiências com o cantor, como ocorreu na seção de comentários da Shelby no Instagram ou em redes como o Reddit e Tumblr.

Leia mais sobre esse relato acima, incluindo vídeos e fotos, no site do Igor Miranda.


Incluindo relato brasileiro, Monique Tavares, fundadora do Rock Channel Brasil, corrobora com todo esse contexto citado acima, relatando situação semelhante a de Shelby, mas sem o abuso/relação. No vídeo, ela conta que, tanto no Maximus Festival, em 2017 quanto em Rotterdam (Países Baixos) em 2019, ganhou uma pulseira para o After Party, com as mulheres sendo escolhidas a dedo pelo produtor. 
No Brasil, ela acabou não indo, mas em Rotterdam ela foi para o backstage, onde havia comida, bebida e somente mulheres bonitas e jovens como convidadas, num ambiente muito controlado por toda a equipe que as instruiu a não tirar foto, usar celular, pedir autógrafo e nem mesmo sair para fumar. 

Logo no início da festa, ela pediu ao produtor que havia dado a pulseira a ela para mostrá-la a saída, pois queria ir embora, com ele respondendo que ela não iria embora porque ele a levaria ao backstage para "conhecer a banda". Por lá, até encontrou uma pessoa que conhecia ela e perguntou "que você está fazendo aqui?", algo que soou estranho para Monique, por conta dele ter falado "qualquer coisa, você me manda mensagem e eu vou te buscar".

Sem dizer para onde estavam indo, o produtor a conduziu pelas cortinas e salões fechados, até parar no camarim de Till Lindeman. Inicialmente o cantor foi cordeal, perguntando o que ela gostaria de beber e conversando até então de maneira normal. Num áudio gravado para nós, ela relata que o camarim tinha uma mesa gigante de bebidas, arara com as roupas usadas no show, espelho onde ele estava se maqueando quanto ela chegou, além de vários sofás. Num certo momento, ela foi avistada por outro produtor, que trouxe dois drinks prontos, sendo um para Till e outro para ela. 
Dessa bebida pra frente, ela começou a passar mal e perguntou onde ficava o banheiro para o produtor que a escoltou e permanceu na porta do banheiro em estado vigilante, despertando certa estranheza nela nesse momento. 
Quando ela retorna do banheiro, Till começou a ter uma atitude mais agressiva, perguntando para a sua equipe onde estavam as mulheres, gritando para trazer mais mulheres e a produção trazendo mais.
Algumas ja chegaram se amontoando e flertando com ele, outras nitidamente só estavam ali pra conhecer o ídolo sem segundas intenções. O que não fez diferença para Till que tratou todas com forte objetivação. A dinâmica do que estava acontecendo e a forma com que ele tratava e se dirigia às mulheres fez com que ela sentisse grande repulsa pelo artista naquele momento.
Após isso, ela expressa novamente sua vontade em ir embora, algo não atendido por eles, até o momento onde o próprio Till seleciona algumas mulheres que estavam mais receptivas a ele e sai do camarim, momento que Monique finalmente conseguiu ir embora.


Foto: Monique Tavares e Till Lindemann, em 2019, no dia do relato ao longo da matéria

Sobre o drink oferecido a ela pelo produtor, ela relata ter ficado sonolenta, a ponto de dormir no sofá por alguns minutos enquanto socializava com Till e convidadas, sendo então acordada pelo produtor que a trouxe um copo d'água.
No retorno para casa ela também disse ter dormido na estação e no trem de forma quase instantânea e profunda. Outros sintomas foram vômito logo após ingerir a bebida, uma ressaca exorbitante não compatível com a quantidade de álcool consumida na noite anterior e acordar muito "para baixo" no dia seguinte. Sensação que corrobora tanto com a de Shelby, no início desse artigo, quanto de outras pessoas que também tomaram o tal shot.

Para finalizar, ela diz ter super se identificado com o relato de Shelby, seja por conta da forma de comportamento padronizado dele e da equipe com relação as mulheres ou , pela reação do corpo dela após ingerir o drink.

Algo frisado por ela, em conversa conosco, foi o desapontamento com um artista que ela admirava: "A última coisa que você espera ao conhecer seu artista favorito é a hipótese dele adulterar seu drink, pois só de imaginar já fez muito mal".
Ela também acrecenta que até hoje não havia percebido que isso tinha acontecido, mas que, juntando todos esses relatos, não descarta a hipótese de ter ingerido uma bebida adulterada fornecida por eles.


“No que diz respeito às alegações que circulam na internet sobre Vilnius, podemos descartar a possibilidade de que o que está sendo reivindicado tenha ocorrido em nosso ambiente. Não temos conhecimento de nenhuma investigação oficial sobre esse assunto.”, esse foi o posicionamento da banda em rede oficial.

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