CRÍTICA: Ninguém É de Ninguém - Espiritismo e relacionamento tóxico se misturam em filme corajoso e perturbador



Baseado na obra de Zíbia Gasparetto, o longa "Ninguém é de Ninguém" é estrelado por um elenco de peso formado por Danton Mello, Carol Castro, Paloma Bernardi e Rocco Pitanga. O filme é um drama com grande carga de suspense e é claro, espiritismo. A impecável direção fica por conta do talentosíssimo Wagner de Assis, que também dirigiu Nosso Lar e Kardec.

Gabriela (Carol) é uma mulher de negócios inteligente e bem sucedida. Roberto (Danton), seu marido é um engenheiro que aos poucos vai se mostrando obsessivo, compulsivo, ciumento e extremamente abusivo. Renato (Rocco) é colega de trabalho de Gabriel e casado com Gioconda (Paloma). Quando Roberto começa ficar convencido de que sua esposa e Renato estão tendo um caso, a história vai se desenvolvendo.

Acontece que Gioconda é tão manipuladora e abusiva com seu marido, quanto Roberto é com sua esposa. Assim os dois ficam convencidos de que estão sendo traídos pelos seus respectivos cônjuges. O roteiro, muito ágil e direto, fala sobre os relacionamentos tóxicos, vingança, perdão e desapego com boas pitadas de suspense sobrenatural.

Os temas abordados pelo longa são absolutamente relevantes e vale até como uma cartilha de sinais abusivos que uma pessoa pode ter dentro de um relacionamento. Gioconda não mede esforços para garantir o amor do marido e é o principal fio condutor da trama. 

Em pouco mais de 90 minutos, o filme ainda consegue falar de forma tocante sobre vingança, desapego e redenção. Daqueles que fazem até o espectador mais cético se emocionar. Juntos, Danton, Rocco, Paloma e Carol dão uma aula de atuação com muita carga dramática que só um elenco de peso como esse poderia dar conta. Ninguém é de Ninguém ainda tem como elemento de destaque dentro de sua trama a importância de olhar as coisas com esse viés do entendimento que a espiritualidade oferece.

O longa mostra como o amor é algo que transcendo o tempo, o espaço e até vidas passadas. O ciúme doentio de Roberto e a determinação obsessiva de Gioconda são um retrato geral de um problema que ainda é, infelizmente, muito frequente. Ninguém é de Ninguém, é, sem dúvida uma cutucada em um tipo de ferida que muitas pessoas preferem não ver e esconder, portanto, se faz um longa necessário nos dias atuais.

UPDATE: Com direção, roteiro e produção de Wagner de Assis, o longa “Ninguém é de Ninguém” chega hoje aos cinemas e ocupa 309 salas de todos país, trazendo um enredo envolto por relacionamentos tóxicos, possessividade, perdão, recomeço e espiritualidade. A produção será exibida em 145 cidades, entre elas, as 26 capitais e o Distrito Federal (confira lista completa abaixo). Assista aqui
 ao trailer do longa, baseado no bestseller homônimo da autora Zíbia Gasparetto, um sucesso de mais de um milhão de cópias vendidas.

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