Texto: Fernando Oliveira
Fotos: Jeff Marques em cobertura para https://igormiranda.com.br/
A banda de abertura em São Paulo seria a Motionless in
White, porém, por conta de um problema de saúde de um dos integrantes, a banda
precisou ser substituída às pressas pela Vended, banda formada por filhos dos
integrantes do Slipknot, Corey Taylor e Shawn Crahan.
Vended subiu ao palco do Vibra as 20h e apresentou músicas
do seu EP “What is It//Kill It”, e também os singles lançados recentemente,
“Ded to me” e “Overall”.
Apesar dos garotos evitarem comparações com a banda dos pais,
é dificil não se apegar às semelhanças, pois ao se ouvir a voz de Griffin é
quase impossível não lembrar de Corey Taylor, além da estética e estilo musical
da banda serem muito parecidos com o Slipknot.
Vended agradou parcialmente o público que aguardava
ansiosamente o Bring me the Horizon, talvez por ter um estilo musical um pouco
mais agressivo do que a banda principal, ou por terem sido anunciados apenas um
dia antes da apresentação e poucas pessoas conhecerem a banda. Mas, ainda
assim, o público assistiu atento e fez bons comentários sobre a performance
bastante energética da banda.
Após o aquecimento do público com a Vended, finalmente
chegava a hora da grande apresentação da noite.
O Bring me the Horizon, quebrando o protocolo de atraso que
normalmente acontece nos shows, entrou no palco dez minutos mais cedo do que o
anunciado e quem sofreu com o trânsito de São Paulo e o difícil acesso ao
Vibra pode ter perdido o início do show, que começou com 'Can You Feel My Heart', levando o público presente à loucura.
Os fãs cantavam tão alto que o áudio se confundia com a voz
do irreverente Oliver Sykes, que durante todo o show se comunicou em português
com a plateia e, ao contrário de muitos artistas que trazem algumas frases
prontas, Oliver conversava, de fato, com o público, falando sobre o show,
citando ditados populares, e quando pedia desculpas por estar aprendendo
português ainda, era prontamente tranquilizado pelos fãs apaixonados.
O setlist passou principalmente pelos álbuns mais relevantes
do BMTH nos últimos anos, “Sempiternal”, “That’s the Spirit”, “Amo” e o mais
recente, “POST HUMAN: SURVIVAL HORROR” – todos álbuns em que a banda abandonou
parcialmente o metalcore e começou a explorar novas sonoridades, como emocore,
música eletrônica e até um pouco de pop.
O público ainda teve uma grande surpresa, que foi a
participação de Pabllo Vittar na música 'Antivist', uma parceria inusitada em
um show de rock, sem dúvida, mas a banda e a artista já vinham “flertando” há
algum tempo, trocando elogios sobre o trabalho um do outro, o que alegrou ainda
mais os fãs de ambos os artistas.
A banda ainda voltou ao palco para um “Bis”, que incluiu “Obey”
e “Thone”, que fechou o show.
Com um setlist de 15 músicas, o Bring me the Horizon encerrou seu show solo em São Paulo e deixou os fãs completamente emocionados e felizes com a apresentação, tanto que muita gente saiu de lá já com muita vontade de rever a banda no Knotfest (que aconteceu hoje) ou aguardando que eles voltem o quanto antes ao Brasil.