QINHONES lança o álbum “Centelha”; Ouça aqui!!


Foto: Felipe Marones

Na última sexta-feira, o cantor e compositor Qinhones lança o álbum “Centelha” em todas as plataformas digitais pelo selo LAB 344. Este é o quinto trabalho solo do artista carioca e conta com 10 faixas inéditas em parceria com Alberto Continentino. O disco tem participações das cantoras Bebé Salvego e Silvia Machete. Qinhones apresenta no repertório um ensaio dançante sobre a falência e a potência do Rio de Janeiro.

O artista já disponibilizou nas plataformas digitais dois singles do novo álbum: “O Rio Continua Rindo”, um samba-rock de groove funkeado com letra que dissimula entre exaltação ufanista e crítica ácida à cidade do Rio de Janeiro. Ouça aqui: 
https://lab344.lnk.to/oriocontinuarindo.

E “Água Salgada”, uma balada carnal que exala sensualidade e se ampara em referências gringas como Herbie Hancock e Teddy Pendergrass. Na canção, o artista recebe uma das vozes mais promissoras da atualidade, a cantora Bebé Salvego, ou apenas: Bebé. Ouça aqui: 
https://lab344.lnk.to/aguasalgada.

O disco tem produção musical de Alberto Continentino, pós-produção e mixagem por Dudinha e masterização de Ricardo Garcia. A gravação contou com os músicos Vitor Cabral (bateria), Alberto Continentino (baixo, violão, guitarra e sintetizadores), Danilo Andrade (Wurlitzer, Clavinet, sintetizadores, piano CP70 e hammond), André Siqueira (congas, xequerê, shakes, tamborim, cuíca pandeirola, garrafas e efeitos), Diogo Gomes e Marlon Sette (trompetes) e Jorge Continentino (saxofones).

Qinhones
 é figura conhecida na cena de música do Rio de Janeiro, desde os anos 2000. Antes, conhecido como Qinho, lançou os álbuns “Canduras” (2009), “O Tempo Soa” (2012), com as participações de Mart’nália, Elba Ramalho, Botika e Amora Pêra, “Ímpar” (2015) e “Qinho Canta Marina” (2018), onde abordou as canções de Marina Lima com grande destaque, além do EP “Gota” (2021), com a participação de Mahmundi. Também atuou como produtor musical em “Amor Geral” (sob o codinome T.R.U.E.), o mais recente disco da cantora Fernanda Abreu.

“Centelha” reúne dez parcerias inéditas de Qinhones com Alberto Continentino, que passam pelo golpe de 2016 e a consequente chegada da extrema-direita ao poder, pelo declínio do macho, pela alegria compulsória desta cidade e deste país e pela falência dessa alegria. O disco tem participações de Bebé (dueto com o cantor em “Água salgada”) e Silvia Machete (declamação de texto de Gustav Mahler em “Sweet Narciso I”). Na voz de Machete, as palavras do maestro checo-austríaco (“A tradição não consiste no culto às cinzas, mas na preservação do fogo”) apontam para o motor da sonoridade do álbum. Uma sonoridade herdeira da linhagem de Marcos Valle, Lincoln Olivetti, Tim Maia, Azymuth, Hyldon, mas que em vez de repeti-las como pastiche, procura seguir seus passos em direção ao futuro:


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