Helloween e Hammerfall em noite épica com ingressos esgotados em São Paulo

Texto: Filipe Moriarty/ Fotos: Patricia Patah

Helloween e Hammerfall realizaram, na noite do último Domingo dia 9 - depois de lotarem e esgotarem ingressos - a segunda noite de shows sediados no Espaço Unimed (antigo Espaço das Américas), na Barra Funda em São Paulo.

Em uma noite repleta de profissionalismo, carisma e magia a banda que abriu os trabalhos, o Hammerfall, trouxe o poder e a tradição que pautou a noite e consigo toda uma legião de fãs de todas as gerações que a banda carrega. Abrindo o show com "Brotherhood" faixas single do novo álbum " Hammer of Dawn" a banda já mostrou o que a noite não era só para os velhos fãs, a canção é poderosa e claramente entra para a coleção de Hinos que essa banda possui. Sempre pautada em contar sobre batalhas e muita "violência épica", o Hammerfall seguiu com seu setlist trazendo "Any Means Necessary" do álbum "No Sacrifice, No Victory" e o clássico "The Metal Age" do album "Glory to the Brave", que fez os fãs mais antigos finalmente se agitarem. Novamente voltando ao "Hammer of Dawn" ,album que motiva a turnê, a banda e o vocalista Joacim Cans puxam a faixa "Hammer of Dawn" com o coro do público repetindo "Thunder, Lightning,Hammer, Fighting" algo poderoso e que ficou marcado na apresentação da banda. Voltando aos clássicos, foi possível ouvir "Renegade" do álbum de mesmo nome e ainda o hino "Last Man Standing" que está presente no álbum "Steel Meets Steel", uma coletânea com 2 faixas inéditas da banda.

Chegando na metade sua apresentação, o Hammerfall, trouxe uma espécie de "medley" com as canções "Hero's Return", "On The Edge of Honour", "Rider of The Storm" e finalizando com a faixa que dá título ao álbum de 2002 que carrega as canções de todo o Medley, "Crimson Thunder". Novamente puxando para mais um clássico, somos transportados para o álbum "Legacy of Kings" com a canção "Let The Hammer Fall" mais um dos clássicos que fazem desde o mais novo fã até o mais antigo cantarem juntos. Então em diante voltamos para algo mais recente com "Sweden Rock" faixa do álbum "Dominion" que homenageia todos os músicos Suecos que fazem Heavy Metal e suas vertentes, e "Hammer High" que está presente no "Built To Last". Finalizando sua apresentação e como o próprio Joacim comenta: "Só estamos aqui porque existe uma banda que abriu as portas para o Hammerfall existir, e eu sei que vocês querem vê-los também, e sabe quem são eles? O Helloween" a banda puxa "Hearts on Fire" que é um dos hinos dos fãs da nova geração do Hammerfall, e assim se despede dos palcos.

Setlist Hammerfall

1. Brotherhood

2. Any Means Necessary

3. The Metal Age

4. Hammer of Dawn

5. Renegade

6. Last Man Standing

7. Hero’s Return / On the Edge of Honour / Riders of the Storm / Crimson Thunder

8. Let the Hammer Fall

9. (We Make) Sweden Rock

10. Hammer High

11. Hearts on Fire

Atração principal da noite, Helloween abriu com "Skyfall" e encaixou diretamente com "Eagle Fly Free", do álbum "keeper of The Seven Keys II", e assim como aconteceu no Hammerfall, essa faixa puxou os fãs mais antigos (ou aqueles que não são muito de conferir novos trabalhos) para o show, foi o momento em que todos cantaram e puderam observar o solo de baixo de Markus Grosskopf que estava a todo momento sorridente e muito alegre, animado o contagiando o público e rindo. O palco era como a casa de todos e todos pareciam realmente grandes amigos despretensiosos executando as músicas de forma divertida e excepcional. Foi assim em "Mass Pollution" do novo álbum na voz de Andi Deris e "Future World" do álbum "Keeper of the Seven Keys pt I" com Michael Kiske, seguidos de "Power" novamente com Andi Deris e "Save Us" do já citado "Keeper of The Seven Keys part I" com Kiske nos vocais. Após essa leva de clássicos e de algumas faixas do novo álbum, Ando apresenta Kai Hansen e se "despede" dos palcos junto a Kiske, abrindo então a sessão "clássica" do Helloween que trouxe ,com Kai nos vocais e guitarra, "Metal Invaders", "Victim of Fate" , "Gorgar", "Ride the Sky" e "Heavy Metal (Is the Law)". Fazendo assim a todos os presentes entrarem, afinal são clássicos absolutos presentes em alguns clássicos como "Walls of Jericho" e o EP de 1985, lançados aqui no Brasil pela Woodstock e Rock Brigade. Após esse brutal Medley Kiske e Andi retornam ao palco para juntos executarem "Forever and One" com Kiske e Andi intercalando trechos da canção presentes no álbum "The Time of the Oath". Após essa demonstração de melodia e emoção Sascha Gerstner assume seu momento solo. Solo esse que já puxa rapidamente para o mais recente trabalho da banda o single "Best Time", canção realizada em maio deste ano que , assim como Andi e Kiske mencionam no palco, aquela é a noite 'é o melhor momento da vida deles, citando a canção e também referenciando ao momento em que a banda se encontra.

Seguido de "Best Time" temos "Dr. Stein" faixa essa presente no álbum "Keeper of The Seven Keys part II" que se baseia na novela "Frankenstein - o Prometheus Moderno" com Kiske no front.

Na reta final da apresentação somos agraciados com "How Many Tears" mas essa nāo carrega os vocais somente de Kai, mas sim de Andi, Kai e Kiske... canção destruidora e rápida, talvez uma das mais rápidas da banda e ícone presente no álbum "Walls of Jericho", é nesse momento que temos os quatro integrantes a frente no palco juntos em sincronia e êxtase. Facilmente o momento mais alto do show.

Após a execução de "How Many Tears" a banda deixa o palco, e com as luzes apagadas, o público clama pela banda com a canção "Happy Halloween", canção tradicional americana que é repetidamente tocada nas comemorações do 31 de outubro americano. Então sem demora as luzes verdes dos olhos da grande abóbora colocada ao centro do palco se acendem e a banda surge novamente e Andi nos prepara chamando público, e brincando com os integrantes da banda e perguntando a nós espectadores se eles são Perfeitos, tudo isso para executar "Perfect Gentleman" do album "Master of the Rings" com Andi nos vocais e trajado com cartola e Bengala. Após isso temos "Keeper of The Seven Keys" do álbum homônimo e cantado por Andi e Kiske e novamente em meio às guitarra de Sasha com uma transição que não teve pausas ,pouco a pouco os integrantes foram sendo apresentados e saindo do palco restando somente o guitarrista mais novo. Novamente luzes se apagam e a banda acaba voltando para executar a canção final e clássico absoluto da banda "I Want Out", mas ao contrário do título da canção, era unânime que ninguém queria sair daqui, afinal aquela noite por mais que suasse repetitiva graças a turnê de Reuniāo de 2017 que passou por aqui e também aconteceu no mesmo endereço, o show trouxe novidades das novas canções e era um ambiente que se sentia a descontração e a alegria de todos no palco. Foi uma noite que velhos fãs e novos fãs não irão esquecer.