A banda compartilhou diversos singles nos últimos meses para despertar a curiosidade sobre o "True North", sua primeira coleção de músicas novas desde “Cast In Steel” em 2015. Além de um álbum, “True North” é um filme que registra a banda gravando as músicas durante 2021 em Bodø, cidade norueguesa localizada 90 km acima do Círculo Polar Ártico. “Ajustamos cada álbum, para descobrir se há uma maneira diferente de fazer isso”, explica Paul. O filme “True North” está disponível para aluguel e compra a partir de 21 de outubro de 2022.
A primeira amostra do álbum foi a triste e esperançosa "I'm In". “Breathe in, Just breathe, There are times, Good times after these”, canta Morten emotivo. Em seguida, a faixa "Hunter In The Hills", “Clouds sweep through the treetops, At dawn, Dissolving into nothing, The battle lines are drawn”. É sobre o que está por vir e onde todos estamos agora. São músicas com um senso de lugar e uma conexão profunda com a forma como interagimos com o meio ambiente. A linda "You Have What It Takes" mostra o a-ha em seu estado mais vulnerável, com suas intrincadas cordas de guitarra e o vocal inconfundível de Morten. É um eco de esperança, cura e recuperação, elevando o ouvinte com a frase: “Don’t be afraid to fail or fall, everyone carries a weight. We learn to walk before we crawl, so do this for all of our sakes. You have what it takes”. O significado das letras ressoa globalmente transmitindo força e conforto no atual cenário de tempos sem precedentes. "As If" não soaria fora de contexto em um álbum do Coldplay, com suas cordas arrebatadoras, violões e a orquestra Filarmônica do Ártico em plena atividade. O vocal de Morten corta a parede cintilante do som para um efeito esplêndido.
Implícita e às vezes diretamente, “True North” é sobre a Noruega – uma faixa de terra delimitada de um lado por montanhas e do outro pelo oceano. Seja através do peixe, do petróleo ou partindo do litoral para o resto do mundo, o mar moldou a Noruega e seu lugar no mundo. Um país que poderia ser pouco perceptível, prosperou. Seja no filme ou no álbum, “True North” encapsula as visões do a-ha sobre esta Noruega.
Com seu 11º álbum de estúdio e também um documento direto de sua criação, o a-ha entrou em um novo mundo. “Primeiro, tivemos a ideia de gravar uma sessão de estúdio ao vivo”, diz Paul. “Depois, para filmar uma sessão de estúdio. Isso se tornou mais uma produção com a orquestra norueguesa, a orquestra Filarmônica do Ártico, com quem colaboramos”. Está tudo lá no filme.
No filme “True North”, o a-ha toca e grava com a orquestra. Magne, Morten e Paul foram capturados pela câmera, na paisagem ao redor de Bodø, enquanto discutem sobre o “True North” Em vinhetas recorrentes, os atores retratam a vida no norte. O filme multidimensional descreve um arco narrativo que incorpora o espírito das novas canções, mostrando como todos nós estamos conectados ao meio ambiente. O colaborador de longa data do a-ha, Stian Andersen, é o diretor. “’True North’ é uma carta do a-ha, do Círculo Polar Ártico, um poema do extremo norte da Noruega com música nova”, diz Magne.
Na forma como foi inicialmente previsto, “True North” acena para 2017, quando o a-ha foi filmado para o MTV Unplugged na Noruega. Então, o tempo era limitado e havia a necessidade de capturar diretamente o a-ha na câmera e no áudio no que era, efetivamente, um cenário ao vivo. Decidir sobre uma estrutura semelhante para o “True North” – com limitações comparáveis – determinou um prazo para o a-ha.
Doze novas canções foram introduzidas: seis de Magne, seis de Paul. "Paul tinha músicas escritas e queria fazer um álbum", diz Magne. "Quando eu estava escrevendo durante o período de confinamento, a principal coisa que pensava era no conceito de uma carta musical da Noruega. Eu tinha visto ‘Western Stars’ de Bruce Springsteen e me perguntava como seria uma versão do a-ha dela. Como contaríamos a história do que significa crescer na Noruega, ser norueguês e trazer isso para o mundo com todo o anseio e melancolia subjacentes que fazem parte da nosso mundo para começar?”.
“Tivemos então que pensar em incorporar a orquestra”, acrescenta Paul. “Imaginei os vocais do Morten e como também vejo imagens quando trabalho em novas músicas, isso complementava o que estávamos fazendo com o filme. Veio tudo junto para nós com ‘True North’”.
As músicas do disco estão imbuídas de um senso de lugar e uma profunda conexão com a forma como interagimos com o meio ambiente. Pela primeira vez, o a-ha nos mostra de onde eles são, quem eles são e como a conexão entre os dois é inquebrável. Não é de se admirar que “True North” seja o mais revelador do a-ha – nunca antes o espírito do a-ha foi tão exposto. Os equilíbrios são alcançados – entre a nova abordagem e as qualidades inerentes ao a-ha, entre as próprias músicas e o conceito abrangente de “True North”.