Se antes as canções anunciavam uma mudança emocional, desta vez a vida já parece ter se modificado na via sentimental, com partidas e chegadas, encontros e despedidas. “O Que Eu Vou Levar Quando Eu For”, primeiro single, toca no delicado tema do Alzheimer, com abordagem delicada e paciente. “Amorosidade” revive a esperança pós-pandêmica com versos como “O carnaval já vai chegar / e os seus amores / saltam de tanta vontade / de tirar os pés do chão / pra ser feliz mais vezes”. A faixa-título, “Oceano Rubi”, narra a confissão da chegada de uma nova pessoa na vida de um casal e de todas as modificações que isto irá causar. Ao fim do álbum, “Fogo-fátuo” leva o ouvinte em uma viagem por regiões do Brasil e sutilmente afirma que a presença pode ser algo relativo, portanto, perene.
“’Oceano Rubi’ é talvez meu conjunto favorito de canções do Vanguart há tempos, especialmente porque ele fala muito sobre a paixão, sobre abandonar tudo para ir atrás de si mesmo, seja isso uma nova profissão, um sonho antigo ou um novo amor. Algumas coisas surgem para nos desconectar de uma vida antiga, que já não faz mais sentido para nós, e ‘Oceano Rubi’ fala disso” – comentou o vocalista Helio Flanders.
Reginaldo Lincon, baixista, cantor e compositor, reflete sobre o processo do álbum como um todo: “As canções são diretas, fluidas e sem rodeios. Me sinto cada vez mais à vontade para falar sobre o que for, sem medo, sem criticar demais, aceitando a canção como ela é”.
A violinisita, cantora e compositora Fernanda Kostchak destaca a sonoridade do álbum: “Diferente de ’Beijo Estranho’, ‘Oceano Rubi’ tem linhas melódicas de violino mais suaves, uma mistura de repertório afetivo de sons com o que se tem disponível para hoje em vista de tantas demandas emocionais surreais durante o período em que o disco foi gravado”.
“Oceano Rubi” foi gravado no estúdio 12 Dólares em São Paulo entre 2020 e 2021, foi produzido pela banda e por Fabio Pinczowski e é um lançamento da gravadora Deck.
Ouça aqui: https://vanguart.lnk.to/OceanoRubiPR