Em noite memorável, Pentagram cria uma experiência magistral em sua primeira apresentação no Brasil
Elio Sant'Anna9/12/2022 09:30:00 PM
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Fotos: Fernando Yokota Texto: Filipe Moriarty
De Paradise Lost a Cathedral, o Pentagram deixou sua semente para o cenário do Rock e Heavy Metal e na noite do dia 11 de Setembro pode nos mostrar, pela primeira vez na América, os seus 50 anos de banda e com uma experiência magistral.
Influenciados pelas bandas britânicas como The Groundhogs e Black Sabbath, e vendo cenário americano com bandas como os Stooges de Iggy Pop e Sir Lord Baltimore, o Pentagrama criou sua própria sonoridade. A banda impressionar até hoje e embora a formação da banda tenha mudado muitas vezes ao longo dos anos, o enigmático vocalista Bobby Liebling permanece no comando, com o Pentagram agora amplamente considerado como uma verdadeira banda cult com uma fã base que transcende gerações inteiras.
Com o atraso de aproximadamente 1h (a previsão de abertura da casa era às 18h) para abertura dos portões, e uma entrada lotada, a primeira banda adentra ao pequeno palco do Hangar 110. O Grindhouse Hotel, banda de stoner rock, formada no ano de 2010, na cidade de São Paulo, tocou diversas canções de seu repertório e incluiu, ao final, o vindouro single que iria para as plataformas digitais. A banda apresentou um excelente Stoner com instrumental denso e vocais modernos, surpreendeu a muita gente que estava presente no momento de sua apresentação, afinal a casa já se encontrava bem cheia.
Os paulistanos tocaram faixas como "Centaurus" , "Monkey Blue", "Liquid Brain", " Television Never Lies", é um tributo ao estilo Stoner de "Fortunate Son" dos magos do "Road Rock" Creedence Clearwater Revival e com certeza esse foi o momento em que ganharam a todos ali presentes.
Após a apresentação da banda Grind House Hotel, tivemos um respiro um pouco longo, no qual foi possível ver o que já estava cheio ficar ainda mais. Com a casa lotada, pudemos ver Bobby Liebling assumir os palcos com seu jeito insano e maravilhosamente pervertido. Bob, então, saudou a todos os presentes e já abriu ao som de "Run My Course" do clássico álbum "Relentless" fazendo a todos se extasiaram. Bobby cantou também "Starlady", canção da banda Bedemon (uma "filha" dos anos 70 da banda), mas que só saiu oficialmente em "Human Hurricane" (uma compilação de materiais do Pentagram).
Sempre requebrando e fazendo movimentos obscenamente suaves Bobby e o grupo passaram por canções como "As No More", "Petrified", "Be Forewarned" do álbum de mesmo nome lançado em 1994, "Review Your Choices" do álbum homônimo de 1999,"The Ghoul", "Dying World", do já citado "Relentless".
Em "Sign of the Wolf" o Clássico Hit da banda, todos presentes cantaram junto em meio a um empurra-empurra e muita energia obscura e insana, foi possível sentir essa mesma energia e vibração em "When the Screams Come" do álbum "Day of Reckoning" de 1987 e até "Devil's Playground" também entrou no repertório da banda, a canção está presente no álbum "Curious Volume" de 2015.
O encore ficou por conta da "Last Days Here" do álbum de 2010 "Show 'Em How" e a canção icônica "Forever My Queen" que fez a todos enlouqueceram ao ser executada anunciando assim o fim da magnífica apresentação de Bobby e de sua banda, o Pentagram.
Foi uma noite histórica para o Hangar 110 e para todos os presentes, um público incrivelmente de maioria jovem, mas que também era contido por "velhos rostos" do "rolê". Apesar de acreditar que a estrutura do Hangar não estava preparada para um evento do porte que foi este do Pentagram... Longe de ser algo grande, mas o espaço com certeza ficou pequeno para o número de pessoas presentes e que abarrotaram a casa, acredito que foi um verdadeiro sucesso...espero ver a banda em breve novamente em terras Brasileiras logo! Foi sensacional!!
SETLIST:
1.Run My Course 2.Starlady 3.Ask No More 4.The Ghoul 5.Review Your Choices 6.Be Forewarned 7.Sign of the Wolf (Pentagram) 8.When the Screams Come 9.Petrified 10.Dying World 11.Devil's Playground 12.Relentless
