Billy Idol entrega show nostálgico e caloroso em São Paulo; Hoje ele se apresenta no Rock in Rio

Texto: Filipe Moriarty

Fotos: Camila Cara/Popload Gig

No último dia 8 de Setembro Billy Idol deu o ar da graça em terras paulistanas. Após 31 anos, foi vez dos paulistanos terem um gostinho de nostalgia aqui no Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, mais precisamente no Setor Pavilhão Pacaembu (Setor temporário do estádio dedicado a eventos) no evento Popload Gig. Hoje, será a vez do Rock in Rio receber este show caloroso e nostálgico.

A última vez que Billy Idol veio ao país foi em 1991, com Charmed Life Tour, agora ele apresenta a turnê The Roadside, mesmo nome do seu último EP, lançado em 2021, seu primeiro em sete anos. Idol parecia a vontade , com a inclusão de canções como o Tema de Top Gun e a brincadeira com "Stairway to Heaven" da banda Led Zeppelin, que foi inclusa no solo de Steve Stevens (conhecido por tocar na banda solo de Vince Neil do Mötley Crue).

Billy é um dos poucos artistas sobreviventes que surgiram na explosão do Punk Rock dos anos 1970 e que ainda consegue encher a casa de fãs e de várias idades. Como vocalista e co-escritor do Generation X, Billy alcançou fama e reconhecimento por sua personalidade de bad boy, boa aparência, cabelos loiros e espetados além de roupas ousadas. Billy era Frequentemente apontado por ser o criador do Punk de Butique, mas isso na prática só ajudou o mesmo a crescer em popularidade.

Agora, com 66 sendo 45 anos de carreira musical, Billy ainda se mostra forte e íntegro. Billy parece estar na melhor forma, seu gosto musical e a febre interior não diminuíram em nada.

O Público era misto, onde foi possível ver desde crianças, adolescentes e muitos de meia idade, até a galerinha da terceira idade que estavam empolgados e se divertindo muito, afinal, todos ali conheceram Billy de alguma forma, eu mesmo conheci a canção "White Wedding" jogando video game ( pra ser mais exato no GTA San Andreas e a rádio dos carros do game ) , enquanto os mais antigos conheceram através de revistas ou discotecas, os mais novos através de séries e por aí vai...

Billy começou seu show com "Dancing With Myself", single originalmente feito quando Idol era do Generation X, elevando o nível e mostrando que ele não está de brincadeira. Em sequência tocou "Cradle of Love" do álbum "Charmed Life", "Flesh for Fantasy" do álbum "Rebel Yell" e a faixa do novo ep digital "Cage". Billy também passou por canções como "Speed" do filme "Velocidade Máxima" e em "Bitter Taste" Billy relembra o acidente que quase tirou sua vida. Em "Eyes Without a Face" foi o momento dos casais dançarem e relembrarem as baladas dos anos 80 a baixa luz.

Ao fim de "Eyes Without a Face" Steve Stevens inicia seu solo ao violão mostrando toda sua maestria, brinca e sola freneticamente e arrisca até o ritmo flamenco no violão com trechos de "Stairway to Heaven" e "The Rain Song" (Led Zeppelin), e "Eruption" (Van Halen). fazendo todos pedirem mais!

Chegamos ao fim da metade do show, e Billy evoca "Mony Mony", canção de Tommy James que já foi interpretado pela banda de rock Inglesa Status Quo, mas que foi revivida por Billy Idol nos anos 80 e fazendo-a ser muito reconhecida por sua versão, seguinte vieram "Runnin' from the Ghost" do já citado EP "The Cage", "One Hundred Punks" também do Generation X, "Blue Highway" e "Rebel Yell". Faixa essa que fez todos saltarem e balançaram as cabeças. No fim da canção Steve começa a tocar um dos hinos do cinema que é de sua propriedade, e muitas vezes executado por ninguém mais que o A-ha ao vivo em certas oportunidades, a canção Top Gun Anthem, o tema do filme "Top Gun", filme sobre um piloto de caça estrelado por Tom Cruise.

Sem deixar o palco, Idol puxa o bis com "Born to Lose" e "White Wedding", sua canção mais poderosa, e que elevou a multidão ao êxtase absoluto. Ao fim do show, inusitadamente, a esposa de Steve Stevens, levou um bolo de aniversário aos palcos e o vocalista fez questão de apresentar todos os músicos e cantar "Parabéns pra você" ao baterista Erik Eldenius. E em meio ao clima descontraído e fraternal, o fim do show de Billy Idol se deu.

Apesar de eu sentir falta de canções como "Shock To The System", e sei o quanto essa fase é odiada pelo próprio Billy Idol graças ao fracasso na sua produção do álbum 'Cyberpunk', foi muito bom ver um ícone como Billy Idol e Steve Stevens em plena sintonia e exalando energia em palco, com certeza essa noite ficará para história dos fãs e na memória daqueles que estavam presentes. É um show e tanto de nostalgia.