Conforme apontado pelo Sky News, o advogado de direitos do consumidor Alex Neill -- o ex-diretor gerente da organização britânica Which UK -- está liderando o processo e disse que "o jogo acabou para a Sony PlayStation". Ele foi o responsável por abrir o processo no Tribunal de Apelação da Concorrência na semana passada.
O processo, registrado em 19 de agosto, alega que consumidores estão pagando preços abusivos para compras digitais de games e DLCs, já que a Sony cobra uma comissão de 30%. Com isso, ela estaria obrigando criadores a elevar o valor cobrado por seus jogos, o que traria prejuízo direto aos consumidores.
"Games representam a maior porção da indústria do entretenimento no Reino Unido, acima de TV, vídeo e música, e muitas pessoas vulneráveis dependem de games para comunidade e conexão. As ações da Sony estão custando milhões de pessoas que não têm poder de compra, especialmente em meio a uma crise de custo de moradia e o orçamento do consumidor sendo espremido como nunca antes."
A ação prevê que a Sony pode ser obrigada a compensar financeiramente todas as pessoas que fizeram uma compra na PSN desde o dia 19 de agosto de 2016. Com isso, até 9 milhões de pessoas podem acabar sendo envolvidas no processo, resultando em na multa impressionante de £5 bilhões.
Junto à ação legal, ele organizou o site PlayStation You Owe Us, que pretende reunir evidências contra a empresa e fazer pressão pública contra elas. Advogados consultados pela Eurogamer afirmam que muitos elementos depõem contra a ação, mas que autoridades europeias têm demonstrado um interesse crescente pelas práticas de preços em lojas digitais, criando um ambiente no qual a ação pode ser usada como base para reexaminar as políticas da Sony e de outras empresas nesse segmento.
O ponto central do processo é que, como a vendedora primária (e predominante) de produtos PlayStation digitais, a Sony está em uma posição em que consegue cobrar preços abusivos pelos itens. O processo alega que a empresa está fazendo isso, forçando consumidores a gastarem além do necessário e, como resultado, violando a lei da competitividade.
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