Rodrigo, como você apresentaria a tour do 30+1 ao público de Piracicaba e, aproveitando, pergunto como está a energia deste momento pro Dead Fish.
Boa pergunta. Eu acho que posso dizer que o show do 30+1 esta evoluindo, o repertório dos primeiros shows não é mais o setlist desse que vamos apresentar em Pira. Estamos tentando passar pelo máximo de sons que fizemos nessas três décadas, tudo numa apresentação de 50 min a uma hora. É complicado, mas tem rolado bem. A gente se sente velho hahahahaha, mas isso não quer dizer que o show seja desacelerado e sem energia, muito pelo contrário.
Não só neste fest de Piracicaba, mas a banda está em um ritmo legal de shows pelo Brasil, em eventos com outros nomes importantes do rock e do punk. É uma retomada aos shows como desejam, após anos longe do palcos por causa da pandemia?
Eu pessoalmente posso tocar muito mais datas, ir pra muito mais lugares com essa tour, mas estamos indo bem. Já tocamos parte do sul e parte do norte e nordeste em menos de dois meses, esta divertido. As estruturas estão legais e temos visto, mesmo que muito rápido, amigos e fãs de longa data.
O Dead Fish já fez diversos shows em Piracicaba, em diversos momentos da carreira. Lembra de coisas específicas da banda aqui na cidade? E como é tocar no interior paulista em contraponto aos shows da capital?
Temos uma longa história com a cidade, lembro como se fosse hoje da primeira vez que fomos aí. Se não me engano era 2000, e conhecemos pessoas que em parte ainda temos contato. Lembro do embate divertido que foi os caras comparando nosso sotaque capixaba com o deles e vice versa, a gente se divertiu muito naquela primeira vez. Na Copa de 2001 também tocamos ai e fomos ver o jogo os amigos da época. O jogo foi Brasil e Holanda e eles queria se vingar de 94. Lembro de tudo ou quase tudo. Era uma cena muito legal naquele tempo. Não consigo separar as coisas como capital ou interior, São Paulo sempre nos acolheu muito, temos momentos históricos por todo o estado.
O Dead Fish tem uma pegada política latente e vigorosa, algo que não se pode desassociar ao trabalho de vocês. E estamos em um ano de eleições, provavelmente na eleição mais polarizada da história. Qual será o papel do Dead Fish daqui em diante em prol da democracia?
Nossa postura política ficou muito mais clara um pouco antes do golpe da presidenta Dilma Rousseff, fato que nos pegou um pouco de surpresa naquele momento. Por que pra gente sempre foi muito clara nossa postura política veementemente em prol dos direitos humanos, da reforma agrária, da saúde e educação públicas e de qualidade, pautas muito claramente reivindicadas pela esquerda.
Ainda estamos aqui pensando da mesma forma e em 2022 queremos que as forças da esquerda e do campo progressistas obviamente vençam com muita força essa eleição crucial. Faço campanha pela eleição do Lula obviamente. Por ser o maior estadista que esse país já teve em toda sua história, e não só a republicana, e por ser a opção que pode derrotar o fascismo a brasileira representado aqui na figura do Bolsonarismo e seus comparsas quadrilheiros assassinos milicianos neofascistas.
Pessoalmente faço força que o Lula ganhe no primeiro turno para que o fascismo se enfraqueça muito, já que pra sumir de vez ele vai demorar muito. Inclusive falarei sobre isso no show aí.
Data: 16 de julho de 2022 Horário: a partir das 17h Local: Teatro São José Endereço: rua São José, 789 - Centro/Piracicaba-SP
Ingresso: R$ 90 (Portaria)
Mais informações: https://www.hardcorepride.com.br/.
Foda demais esse papo bicho , parabéns, sucesso!
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