Foto: Caio Duran/Opus Entretenimento
Em 2015, no dia 21 de Abril, KISS se apresentou na Pedreira Paulo Leminski pela "40th Anniversary", numa tour extensa que passou por 5 cidades. Agora, sete anos e uma semana depois (para ser mais exato), eles voltaram ao local do último feito pela cidade, mas para se apresentar de maneira definitiva (será que foi a última mesmo?), com a "End Of The Road", que passou por quatro cidades entre 3a feira e que está se encerrando hoje, em Ribeirão Preto.A segunda cidade delas foi Curitiba, no último dia 28 e tivemos a oportunidade de cobrir o evento, três anos depois da nossa última cobertura por lá (Paul McCartney - 2019). Indo especialmente para o evento, e de ônibus, chegamos em cima da hora, mas tivemos a oportunidade de ver toda a energia que o show estava transmitindo para a cidade de modo geral, seja no trânsito (que uniu o caos de cotidiano em horário de palco com o show), rádios divulgando em peso os últimos ingressos, tocando faixas do repertório (tudo isso enquanto eu estava no uber em direção do show) ou até mesmo no entorno de Pedreira (localizada ao lado da Ópera de Arame, outro ponto turístico da cidade), esse último até com a caminhada do público para o local por um longo tempo, já que as ruas próximas ao local do show estavam fechadas e tivemos que dar uma caminhada, sem reclamar nenhum pouco, obviamente, pois o destino era algo que aguardavam a muito tempo, mais especificamente desde 14/11/19, quando foi anunciada a turnê do KISS, inicialmente prevista para 2020 e adiada por conta da pandemia. Todos esses fatores, combinados com o fato dos portões terem aberto às 15h, fez com que o público estivesse ainda mais ansioso e pronto para se conectar com cada detalhe do show, incluindo interações entre público e banda.
Continuando no "aquecimento" para o show, o público presente no local conferia o merchandising oficial da banda (que incluía camisa, moletom, copos diferentes do vendido junto com a cerveja, entre outras coisas), adquiriam cerveja (justamente para garantir também a lembrança do copo do evento - eu trouxe dois para a casa), comiam algo ou simplesmente iam em direção a pista comum, premium (que tinha acesso somente por trás da pista comum) ou camarote, em prol de buscar garantir a melhor visão que conseguisse.
Inicialmente marcado para iniciar às 20h, nem os 45 minutos de atraso desanimou o público que emendou berros, aplausos e nem acreditava quando foi exibido um vídeo ao vivo da banda saindo do camarim/backstage para o palco e, depois, quando a banda finalmente estava no palco quando foi executado a gravação de 'Rock And Roll' (Led Zeppelin) e o bandeirão do KISS simplesmente caía, tal como um pano de mágico e a banda aparece no alto (junto com os primeiros acordes de 'Detroit Rock City'), em plataformas separadas para cada uma deles, mas que desciam para ficar de fato no palco principal, tudo isso enquanto já rolavam os primeiros fogos e explosões da noite, algo que acontece diversas vezes ao longo do show, com produção impecável e ensaios muito bem feitos e cada detalhe sendo executado à risca por cada um dos membros da banda.
Foto: Caio Duran/Opus Entretenimento
"How you're doing?", "Tonight You're Awesome", a menção de ser fã de pinga e a lembrança (tudo, isso pelo Paul) dessa ser a 1a vista na cidade em sete anos foram o suficiente para o público já ir a loucura e Paul Stanley, Gene Simmons e companhia ter cada uma das 20 mil pessoas em suas mãos, seja com eles cantando junto com a ajudando no refrão, como nos "yeah yeah yeah" de 'Lick It Up'.
Antes de 'Lick It 'Up', ainda tivemos um solo de guitarra de Tommy Thayer que, com a junção dos fogos, foi o responsável por acertar duas das plataformas e simplesmente apagar o "mini-telão" que havia abaixo delas. Mas logo na música seguinte, notamos ser algo que fazia parte de toda produção sensacional, funcionava perfeitamente de novo.
Depois de 'Calling Dr. Love', Paul interagiu novamente com o público e perguntou "Cansados? Querem ir pra casa?". Com a resposta sendo "Não", ele continuou dizendo "somente pra ter certeza" e começou 'Tears Of Falling', com destaque para um momento que Paul fez coração com os braços, para uma das pessoas presentes no show.
Na sequência do repertório, tivemos 'Psycho Circus', que trouxe um telão temático para a música, como se fosse uma moldura circense de fato e que deu ainda uma imersão maior a apresentação dela ao vivo.
Em seguida, um grandioso solo de bateria... Num certo momento Eric Singer tirava o suor do braço e dobrava o paninho enquanto batia a caixa da bateria com o pé, algo que acabou até sendo engraçado por conta de estar fazendo isso enquanto animava o público com um solo muito bem executado e que energizava todo mundo que estava por lá. Num momento, a plataforma da bateria de Eric Singer sobe e, com o telão, dá a impressão de duas baterias no palco, ampliando a experiência visual de um público que estava em êxtase com o show.... Cada uma das 20 mil pessoas de uma Pedreira lotada.
Foto: Caio Duran/Opus Entretenimento
Foto: Caio Duran/Opus Entretenimento
Em outros momentos, Gene Simmons brincava com Tommy, durante um trecho em que eles dividiam o mesmo microfone, tal como os Beatles (banda que, de acordo com Gene, é a responsável prla existência do KISS) faziam em seus shows.
Gene continua tendo destaque diversas vezes ao longo do show, seja por conta das suas poses com o baixo ou até mesmo as performances, como em 'I Love It Loud', onde Gene respirou fogo ou no momento em que ele fez diversos barulhos assustadores e que criaram um clima dark para simplesmente começar a jorrar sangue de sua boca e ele cuspir, momentos antes de voltar para a plataforma citada anterior e ele ficar nas outras ao longo de 'God Of Thunder', enquanto o restante da banda fica na parte principal do palco.
Foto: Caio Duran/Opus Entretenimento
Com cada um dos membros tendo seu momento exclusivo de destaque, em 'Love Gun' foi a vez de Paul Stanley subir na plataforma, ela se elevar e ele simplesmente descer de tirolesa até o fundo da pista Premium, com guitarra e tudo, para cantar 'I Was Made for Lovin’ You' e, durante os últimos segundos da faixa, descer novamente de tirolesa (com guitarra no ombro) para o palco principal e finalizando um dos momentos de maior ápice do show.
Foto: Caio Duran/ Opus Entretenimento
Já no BIS, Eric Singer novamente teve seu momento de destaque, mas agora no piano e também cantando 'Beth' (nessa faixa, uma fã subiu no palco e ficou do lado de Eric Singer por uns 2s, até aparecer um segurança e retirar ela), em seguida a produção agitou o público durante 'Do You Love Me', jogando uma bola gigante com o logo da banda, com alguém certamente sendo premiado de levar isso para casa, antes de finalizar o show com 'Rock And Roll All Nite' sendo definida como a faixa onde eles utilizam todos os seus recursos de produção de uma vez só, trazendo chuvas de papel picado, fitas coloridas, fogos de artifício, cada um dos membros subindo novamente nas plataformas e indo às alturas, Paul Stanley quebrando uma guitarra… Uma combinação perfeita e que mostra que, cada centavo gasto no show na verdade é um investimento. Investimento de uma lembrança que cada um vai levar para a vida toda: O último show do KISS em Curitiba (será que foi mesmo?).
Foto: Caio Duran/Opus Entretenimento
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