Mais Humano é um registro com uma potente carga autoral de 10 faixas que misturam ritmos afrobaianos (pagode e ijexá) e latinos, como ragga e dance hall.
Ouça Mais Humano aqui: https://rebrand.ly/Vitrolab_MaisHumano.
O conjunto de canções ainda têm forte apelo imagético, com uma estética pop eletrônica e moderna que apresenta uma Bahia solar e urbana, quente e opressiva, sensual e poética.
São influências do trabalho, além da sempre moderna Tropicália, movimentos como o Manguebeat e nomes da música baiana atual, como BaianaSystem, Attooxxa, Afrocidade, além de artistas latinos como Manu Chao e Orishas.
O álbum, contam os irmãos, é fruto de oito anos de estrada e que amadureceu no período de isolamento social, traduzindo musicalmente os sentimentos e aprendizados dos novos tempos.
Neste período de imersão na música, Guga e Marcelo experimentaram bastante nos campos rítmicos surgidos e tocados na Bahia e suas inúmeras possibilidades estéticas e de diálogo com a música internacional, sobretudo a oriunda da diáspora africana.
Essas possibilidades sonoras foram exploradas inicialmente nos palcos e, durante a pandemia, transmutadas para os computadores e sintetizadores analógicos, onde o som encontrou seus caminhos e o disco foi tomando forma.
A forte tradição percussiva da música baiana foi explorada aqui de maneira subliminar e eletrônica, muitas vezes com sintetizadores ou instrumentos de corda (como a guitarra elétrica) tocando claves percussivas.
O discurso
O discurso é outra marca de Mais Humano. Além de urgentes críticas sociais (presentes em músicas como Fake, Adeus Babilônia, Trigonometria), o disco traz mensagens de esperança e luz — solar, inclusive — para a construção de um futuro em que a essência natural da existência se interligue com a essência do ser humano.
Em um período de hiperconectividade digital, acreditam Guga e Marcelo, o disco convida à (re)conexão com os elementos primários e fundantes da vida — elementos da natureza (em músicas como Solar, Amor faz Bem, Mais Humano, Cabeça).
Sem perder o tom provocativo, o disco ainda aborda temas caros e imperativos dos tempos atuais, como o combate a todo tipo de discriminação e preconceito, a proteção da mulher e do meio ambiente, a defesa das liberdades individuais e o combate ao extremismo odioso que se dissemina, sobretudo, por meio das mídias digitais.
Produção
O álbum foi integralmente composto, arranjado e produzido pelos irmãos Guga/Marcelo, com co-produção e finalização do renomado produtor baiano André T (Estúdio T). Em parceria com irmãos, os poetas Edmundo Carôso e Dino Correia assinam composições do trabalho.