A Cefa foi responsável por trazer um dos melhoes álbuns de 2020, com músicas compostas antes de muitas coisas ocorrerem ao longo do ano, mas que se encaixaram perfeitamente com o lirismo praticamente vidente.
Com doze músicas, eles mostram que o rock serve SIM para nos posicionarmos/questionar e não censurarmos nossas ideias de maneira nenhuma, trazendo críticas presentes em cada uma das letras presentes no trabalho mais completo instrumentalmente e de composição por parte deles. O trabalho foi tão marcante para a banda que eles resolveram comemorar um ano deste álbum, mas não sabiam como.
Uma das opçoes para isso foi explorar ainda mais cada uma das músicas, trazendo novos elementos instrumentais, estilo vocal e outros detalhes que trazem ainda mais sentimentalismo e em muitas músicas vão de contraponto ao tom enérgico que permitia a nós extravasarmos, mas agora nos fazem refletir mais ainda sobre o lirismo das faixas, trocando a 'raiva' instrumental por um teor poético ainda maior e que faz o ouvinte absorver de uma maneira mais completa este trabalho que pode ser considerado como uma expansão do álbum lançado ano passado.
Com a primeira música sendo lançada hoje (7), as músicas serão reveladas semanalmente nas plataformas de streaming, junto com vídeoclipe no Youtube e vocês poderão OUVIR AQUI/assistir AQUI ou abaixo:
Para entender um pouco mais sobre este projeto e sua liberdade criativa, o tempo que teremos para absorver ainda mais o lirismo das faixas e se podemos esperar ver eles em cima de um palco num futuro não tão distante.
O resultado dessa conversa pode ser lido abaixo:
Ouvindo cada uma das músicas disponíveis até o momento, vejo que a reimaginação serve não somente como crescimento de liberdade criativa e artística de vocês, mas também como uma complementação ao trabalho, com diversos elementos que não estavam presentes no álbum, mas agora ganham espaço ao deixar de lado a guitarra enérgica e as baterias pesadas que permitiam a nós extravasar junto com as músicas e em contraponto nos permite analisar ainda mais friamente as letras e o nosso subconsciente embarcar dentro de cada uma das faixas
O que voce pensa sobre essas observações, acha que ambas as versões se complementam e permitem com que o trabalho seja ainda mais rico com essa versão 'final' das músicas repaginadas?
Caio: Acho que sim. O que a gente fez no CAØS REIMAGINADØ foi justamente expandir esse universo criado no disco. Trazer à tona alguns elementos ou características que talvez não ficaram tão em evidência. É interessante olhar como músicas que têm um arranjo mais agressivo no álbum, de certa forma escondem melodias e construções de música pop. No fim das contas eu acho que o mais marcante no CAØS são justamente as melodias, e foi isso que permitiu com que a gente pudesse brincar com essas canções, mudando completamente a sonoridade mas mantendo a mesma essência.
Caio: Acho que sim. O que a gente fez no CAØS REIMAGINADØ foi justamente expandir esse universo criado no disco. Trazer à tona alguns elementos ou características que talvez não ficaram tão em evidência. É interessante olhar como músicas que têm um arranjo mais agressivo no álbum, de certa forma escondem melodias e construções de música pop. No fim das contas eu acho que o mais marcante no CAØS são justamente as melodias, e foi isso que permitiu com que a gente pudesse brincar com essas canções, mudando completamente a sonoridade mas mantendo a mesma essência.
Recentemente você revelou seu projeto solo que difere totalmente do álbum lançado ano passado pela Cefa, mas agora de certa maneira ele se conecta, com alguns efeitos, instrumentação e traz até um início de ala MPB em 'Céu Nublado'. Como foi o desenvolvimento deste trabalho, elaboração de ideias e afins? Foi algo que dependia da aprovação de cada um da banda para fluir da maneira mais legal? Foi algo que pode se dizer ter tido mais liberdade criativa ou sem seguir algum conceito definido, como podemos ver que aconteceu em 'Caos'?
Caio: Eu acho que o CAØS em si já é um disco que partiu de um momento de muita liberdade artística, mas, existia um certo limite de como o disco deveria soar. Já na versão reimaginada, a gente não tinha absolutamente nenhum parâmetro sonoro de como as músicas deveriam soar, é como se no CAØS a gente tivesse um teto, muito alto, mas ainda assim um teto, e na versão reimaginada a gente furasse totalmente esse teto. A graça nesse projeto foi justamente a experimentação e a coletividade. Todos os arranjos foram feitos em conjunto e todas as ideias, por mais abstratas que pudessem ser, foram experimentadas e muitas delas acabaram ficando. Assim como o Gabe e eu fizemos um baita laboratório em ‘Alúmen’ coletânea de vários singles que antecedem o CAØS, acho que agora, junto com o Gio e o Brunão a gente fez esse mesmo laboratório e que possivelmente vai desaguar num possível próximo trabalho.
Sei que as faixas serão reveladas nas plataformas de streaming semanalmente, junto com vídeoclipe dessas novas roupagens dentro do Youtube e os fãs terão pelo no mínimo mais três meses para apreciar de uma maneira mais completa não somente essa versão, como também o álbum original do ano passado. Diante dos avanços da vacina e afins, vocês já planejam ou tiveram convite para realizar algum show com os protocolos necessários para se apresentar? O que pensam sobre isso?
Caio: A gente tinha um show praticamente fechado pra dezembro desse ano, mas resolvemos esperar um pouco mais. Seria um show com várias limitações, e como eu acredito que um show da Cefa precisa da troca de energia e interação mais íntima com o publico pra ser um bom show, então decidimos segurar um pouco mais, na esperança de que no ano que vem um show como a gente tava acostumados antes de tudo isso já seja possível. Oremos (Risos)
Durante 11 semanas, teremos versões repaginadas da banda tanto nas plataformas de streaming, quanto com vídeoclipe no Youtube. Seis já estão disponíveis AQUI.