Lil Nas X aborda temas como insegurança, sexualidade, racismo e faz carta aberta para o mundo em "Montero", álbum de estreia que pode ser ouvido aqui!!

Texto em colaboração com Linna Santiago


Monteiro Lamar Hill nasceu na Georgia e os pais dele se separaram quando tinha somente seis anos. Isso é importante de sabermos para entender mais sobre esse lado artístico. Após isso ele morou sua mãe e avó, mas por medo do perigo de morar num local perigoso, decidiu passar a morar com seu pai, cantor gospel, religioso e bastante rígido em relação a diversas coisas que acabam sendo refletidas dentro do álbum. 

Essa questão do pai ser rígido acabava refletindo também nele não aceitando sua sexualidade, até mesmo crendo que fosse uma doença e, por conta de seu pai pensar que fosse, Lil Nas X acreditou que uma hora isso passaria, mas não aconteceu e, aos 17 anos, ele assumiu publicamente sua sexualidade, no mesmo período que saiu da faculdade, voltou para casa de sua mãe e começou a trabalhar em locais como parques e restaurantes, para sobreviver. 

Com o objetivo de ser conhecido, ele tentou ser viral, foi líder de páginas em redes sociais e outros modos que os refletores da vida pública se virassem para ele... Nada disso ocorreu até quando ele fez o hit 'Old Town Road', com Billy Ray Cyrus, com uma produção de somente 70 dólares e que deu os holofotes do sucesso ao artista norte-americano.


Fazendo uma ótima divulgação pré-lançamento, ele fez diversas postagens "grávido", mostrando que seu filho estava chegando, escolhendo roupa, fazendo chá de bebe, sessão de fotos e às 00h de hoje, finalmente deu luz ao seu primeiro bebê, o muito esperado álbum "Montero". 

Neste álbum, temos 'Baby Industry', onde o artista deixa claro que o videoclipe não era para crianças e logo começa com ele sendo preso por ser...gay e fazendo referência a grandes artistas do gêneros que já propagaram falas homofóbicas, machistas e preconceituosas, como 50 cent. Além disso ele mostra que o garoto que era zoado ganhou grammys, certificados de platina e hoje domina o mundo.

Neste álbum, ele apresenta ótimos e necessários trabalhos que combatem racismo e preconceitos LGBTs como na faixa-título e em 'Industry Baby', dois singles que já mostraram um pouco da qualidade sonora e lírica que podíamos esperar em seu álbum de estreia.

O resultado só podia ser esse: Um ótimo trabalho extenso, que aborda temas emocionais como suas inseguranças, síndrome de impostor e ter aberto sua sexualidade dentro de um gênero que não tão gentil com artistas queer, fazendo sua revelação e carta aberta para o mundo ter se tornado ainda mais importante.  

Além de tudo isso, em algumas das 
15 músicas ele traz participações de nomes pesados como Elton John, Miley Cyrus, Doja Cat e Megan Thee Stalion.

O álbum pode ser ouvido abaixo:




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