Em nossa 3a lista de álbuns da semana, hoje apresentamos uma mescla entre rock e country/folk, com 10 títulos lançados recentemente e que vocês irão conhecer um pouco sobre abaixo, além da possibilidade de ouvir artistas que provavelmente nunca tinham ouvido falar antes.
Apesar de ter iniciado suas carreiras em 2019, somente agora eles lançaram um trabalho de estúdio. Mas a demora valeu a pena, com 22 músicas em quase 1h50 de duração.
Riffs pesados e vocais harmônicos muito bem encaixadas com backing tomam conta de 'Blood Stained Stone', praticamente o de abertura do álbum, que se inicia de fato com um prólogo. Já baterias pesadas e a continuação de riffs esmagadores dão sequência ao álbum em 'Born From Sin'.
Essas duas citadas acima são as primeiras de um álbum conceitual de fantasia sombria, baseada em um mundo onde a vida foi devorada por um espectro maligno. Os heróis são um menino órfão e uma mulher guerreira, ambos lutando para recuperar sua humanidade depois de perder seus entes queridos. Bestas, guerreiros, presa caída, luto e resoluçã são alguns dos temas ao longo de 11 faixas com letras. As outras 11 são basicamente as responsáveis dar um destaque maior a riqueza de elementos e nos fazer absorver mais ainda os detalhes instrumentais da banda e deste projeto magnífico.
ACROSS
É um artista que se lançou neste ano, com o EP "Choices", divulgado nas plataformas de streaming em Junho e que apresenta uma grande variedade de vertentes do rock, mesmo que seja ao longo de somente 5 músicas.
Instrumentalmente ou na linha rítmica/vocal, eles conseguem agradar admiradores das vertentes eletro, rap e indie rock, além de apresentar ainda elementos da sonoridade pop em uma paisagem sonora única e que apresenta faixas que podem ser consideradas parte de um trabalho conceitual, onde o mesmo é uma elaboração feita com sentimentos e inspirações sinceras, que conseguem trazer faixas para diferentes tipos de humores e estilo momentâneamente favorito.
O resultado disso é um trabalho eclético, harmônico, muito bem construído liricamente/instrumentalmente que pode ser ouvido abaixo.
Power trio psicodélico, eles estrearam há um mês com o álbum "The Qwarks Are Cancelled", onde apresentaram um trabalho extenso de 17 faixas em quase 1h duração e liricamente passam por dilemas, desafios e mostram efeitos de toda a confusão global atual.
Neste trabalho, eles trazem principalmente uma instrumentação psicodélica, art rock, classic, riffs setentistas que vamos tanto em Sabbath como em Cream e linha vocal que se encaixa, tanto nessa última citação como até por uma linha mais circense ala "Mr. Kite" (Beatles), pelo indie, mas assim como no instrumental, traz em primeiro plano a linhagem psicodélica.
Ouça:
TIGERA
Também apresentando três músicas, a "Part II" traz vertentes do indie e uma ótima harmonia vocal/instrumental, com lirismo que se encaixa tanto com parte I, quanto com a III e de certa maneira é um trabalho conceitual com história que se estenda ao longo das faixas, ao falar de diversos tipos de relacionamentos e a natureza deles.
Ele e a Part I podem ser ouvidos no Spotify do artista, abaixo:
A linha vocal e harmonia clássica do power pop está presente em "A Day In The Life", álbum de estreia da banda que consegue trazer os elementos mais belos do gênero para o álbum de 10 músicas, mesmo sem nunca estarem juntos na mesma sala.
Tendo inevitavelmente a referência do rock britânico (basta ver o título deste trabalho), eles mostram um maravilhoso conjunto de canções melódicas originais, gravadas durante a pandemia e por meio do envio de arquivos online.
Nascendo do sonho de cada um em formar uma banda, finalmente isso aconteceu e virou uma sonoridade repleta de power pop, mas que também passa pelo country, rock alt/pop/soft, mostrando tanto belos riffs de guitarra, como também de violão e baterias acústicas, sempre com o ótimo, suave e harmônico jogo de vozes do gênero principal.
“Em meio à turbulência de 2020, descobri que estava ouvindo muitas das minhas músicas favoritas de Paul McCartney, Noel Gallagher e Paul Weller”, explica o fundador da banda, Robert Horvath. “Fiquei pensando nos meus planos de um dia produzir um álbum. Enquanto a pandemia mudou muitas coisas e nos manteve isolados em nossas casas, nossa crescente dependência da tecnologia online parecia fazer as fronteiras internacionais desaparecerem temporariamente", comenta em release oficial.
Confira o álbum:
Neste álbum podemos ouvir diversos elementos instrumentais e linhas vocais do rock noventista, mas ampliando gêneros e passando também pelo indie e power pop ao longo de seis músicas, trazendo esses gêneros seja pela linha vocal, instrumental ou pelos riffs e belos pianos executados ao longo de músicas como 'Halcyon Days'.
Todo o EP pode ser conferido abaixo:
Feita de maneira DIY, ele é o responsável por toda a produção deste trabalho que conta com a participação de Cary Scope (bateria, baixo, guitarra elétrica e vocais), essencial para entregar essa sonoridade que consegue unir diversas vertentes e trazer elementos da sonoridade clássica do rock, country e blues, por cerca de 40min divididos em 10 faixas.
Feito de maneira crua, ela não conta com o uso de loops de bateria, samples, efeitos especiais ou auto-tune, sendo um trabalho intimista e que certamente tem mais coração e alma nas composições do que em diversos trabalhos super bem produzidos e repletos de efeitos.
"O tema ao longo do álbum reflete as mudanças recentes em sua vida de jogar fora as roupas de negócios, dizer adeus ao mundo corporativo e trocar tudo para perseguir sua paixão. Kurt começou sua jornada musical aos 13 anos, quando seu pai comprou seu primeiro violão e ele aprendeu sozinho a tocar. Ele também toca piano e gaita de blues e tocou esses instrumentos no álbum", conta o release oficial.
Ouça esse e outros trabalhos do artista:
Com cinco músicas, ele apresenta um lirismo honesto e que envolve tanto temas universais, como emoções que certamente o ouvinte também vive no dia a dia e se identificará com as faixas gravadas da maneira mais crua e orgânica possível, apresentando principalmente o country, mas sem esquecer os elementos do blues e toda a sonoridade instrumental que podemos identificar também no folk, como o violino.
Essa mescla de estilos pode ser identificada em faixas como 'One Car' e 'Dot The I's', talvez as músicas chave e que sintetizam bem a ideia geral do EP.
Ouça ele abaixo:
Com nove músicas em 35min de duração, ele e a buscou tocar a maioria das músicas de maneira ao vivo, sendo gravada de uma vez e buscando capturar toda a energia da banda, mas adicionando takes extras caso necessário, dentro de um trabalho que une uma instrumentação nostálgica e complexa (com elementos do country, guitarristas oitentistas, sintetizadores, orgãos, gaita...) a um lirismo autorreflexivo.
Este trabalho pode ser ouvido de maneira completa abaixo:
Estreando por aqui, ele divulgou em Agosto seu primeiro EP de 2021, intitulado "Live From A Dark Room", em todas as plataformas de streaming.
Como diz o título, este trabalho foi gravado ao vivo, mas de uma maneira mais privativada, da sala de estar de um amigo e buscando isolar o som com fitas adesivas na janela. Apesar desse modo DIY, ele consegue entregar para o público instrumentos claros, com violão principal/secundário bem destacados e uma linha vocal forte, marcante e que consegue entrar na mente do ouvinte, que certamente ficará preso pela música do início ao fim, se for admirador de trabalhos acústicos/folk.
Com influencia de nomes do folk como Leonard Cohen, o EP todo pode ser ouvido abaixo: