CRÍTICA: Novo Esquadrão Suicida melhora mas ainda é fraco

Crítica por Pedro Mauro


Há 4 anos a DC passa uma vergonha alheia com o primeiro filme do Esquadrão Suicida. Com um péssimo roteiro e piadas toscas, o filme fracassou feio. A prometida participação do Coringa de Jared Leto foi em grande parte cortada e o filme que era pra ter um tom sombrio e macabro, acabou virando uma comédia totalmente forçada.

O fiasco foi tão grande que, para sua sequencia a DC chamou James Gunn. Responsável pelo excelente Guardiões da Galáxia, Gunn passou a ser visto como uma das mentes brilhantes do MCU. Gunn aceitou o desafio de reviver o Esquadrão e o resultado é melhor se comparado com o primeiro longa. Mesmo com o talento e a liberdade criativa de Gunn, ainda não foi dessa vez.

Acontece que mais uma vez a história é boba e beira o brega. O roteiro é entupido de diálogos expositivos clichês que subestimam a inteligência do espectador. A sequencia de abertura talvez seja o momento mais vergonha alheia que se possa conceber e o vilão além de não ser nada ameaçador tem um objetivo tão nonsense quanto o filme anterior.

Se James Gunn trouxe algo a acrescentar, foi aos personagens. Obviamente a Arlequina mais uma vez se prova a melhor personagem do Esquadrão. O Pistoleiro de Will Smith foi substituído pelo Sanguinário de Idris Elba que tem uma química ainda melhor com Margot Robbie e os dois carregam o pouco que o filme tem de bom, nas costas. Apenas Robbie, Joel Kinnaman (o Rick Flag) e Viola Davis (Amanda Waller) permaneceram na sequencia.

Outro crédito de Gunn é o tempo de tela que cada vilão tem. Cada um tem seu momento de destaque, sua sequência de ação e sua história contada, ainda que de forma rasa. Gunn deu a oportunidade de seus personagens se desenvolverem com mais um êxito que o primeiro longa jamais sonharia em alcançar. Falando em personagens, é uma pena que a personagem da nossa querida Alice Braga tenha sido tão mal utilizada, mas, pelo menos é bom ver o espaço que nossos artistas estão conquistando em Hollywood.

O que ainda se salva do Esquadrão são as cenas de ação, principalmente as da Arlequina e Sanguinário e algumas piadas com um timing mais ajustado que o primeiro filme. De resto, o longa passa um enorme sentimento de “mas que diabos é isso”? O que surpreende vindo de um roteiro que veio do próprio James Gunn.

Aparentemente o desespero da DC para se estabelecer é grande. Não só por terem chamado um diretor bem sucedido da Marvel, mas também por praticamente manterem o mesmo nome no filme; o primeiro sendo Esquadrão Suicida, e seu predecessor, O Esquadrão Suicida. Apesar de trazer alguns novos elementos, de maneira geral o longa é tão fraco quanto o primeiro. O que é uma pena se considerarmos que a DC vinha acertando em cheio com Mulher Maravilha e Aquaman.

Resta saber quais serão os próximos passos do estúdio e torcer para as decisões corretas serem tomadas. James Gunn foi uma delas mas isso ainda é pouco para a DC que oscila entre grandes erros e uns poucos acertos. O que só deixa cada vez mais claro que a DC é uma criança e a Marvel é uma anciã.

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