O folk melancólico de Bluebagbang em seu EP de estreia: Manifesto dos Ventos Delirantes; Ouça aqui!!


Manifesto dos Ventos Delirantes é o EP de estreia do Bluebagbang, projeto baseado em São Paulo (SP), fundado por Marina Hungria, natural de Itapetininga (SP). Após abrir o EP com o lançamento do single New Stars, chega a vez do compilado completo entrar nos aplicativos de música nesta sexta (25). Closing Door foi o single escolhido para ganhar um videoclipe. Assista aqui.

O autodidatismo possibilitou à artista a capacidade de se gravar sozinha, e ao mesmo tempo lidou com os percalços de realizar o trabalho em sua própria casa, um ambiente sem isolamento acústico. “Foi desafiador do começo ao fim. Mesmo sendo em casa e no tempo que podia, foi difícil conseguir encontrar um horário propício, lidar com os cachorros, vizinhos e ruídos de construção ao redor. Foquei em fechar violão e voz no primeiro mês e no seguinte, gravar os outros instrumentos, que foram acontecendo naturalmente, sem muita preparação. Cada música demorou cerca de uma semana para ser finalizada”, revela Marina. Além do registro, a compositora também foi responsável pela execução de todos os instrumentos, mixagem e produção das cinco faixas apresentadas no disco, que teve a masterização feita por Rodrigo Florentino.


A suavidade na voz de Marina combinado com os arranjos delicados presentes nas melodias trazem uma certa melancolia mesclada com o conforto de um dia frio em frente à uma fogueira. Com influências que passeiam no universo de Belle & Sebastian, Little Joy e Devendra Banhart, o EP conta com quatro faixas cantadas em inglês e a última em português, com elementos marcantes da música brasileira para fechar o disco.

Faixa a faixa  New Stars abre o EP e também foi escolhida como single para o pontapé inicial do trabalho de estreia do projeto, vindo ao mundo com um videoclipe. Em uma atmosfera melancólica, a faixa soa como se fizesse parte da trilha de um dos filmes da Sophia Coppola e discorre sobre uma sensação que todas já vivenciaram na vida: o platonismo de um amor idealizado. Marina pontua: “'I already saw a thousand times, seems sweet to look, look into your eyes' e uma visão platônica sobre o outro e sobre como o outro pode nos tirar da inércia da vida, como se buscássemos no encontro um espelho para entendermos sobre nós mesmos".


Linda Perchs e Cat Power são claras referências da faixa Game of Lov3. A voz suave de Marina faz um enigmático contraste com a temática da música, um transtorno bastante comum na sociedade. “Foi um período que eu tive síndrome do pânico e na música eu reflito muito sobre isso, ‘my heart beats fast, and i don’t know what to said’ e ao mesmo tempo eu queria me apaixonar por algo, e libertar esse medo que a ansiedade causava, mesmo sabendo que ‘the game it’s own me’”, revela a compositora.


Inside You é a  única faixa do EP que conta com bateria eletrônica em seu arranjo. Inspirada pela interpretação de seu próprio mapa astral e pela compreensão de ser dona de uma alma velha, Marina revela: "De alguma forma isso me deu um medo, de querer me libertar desse mundo, então essa música é para nos encorajar a ir ao encontro de nós mesmos, pois há um mundo a se viver dentro de nós e não podemos ter medo disso".


O single escolhido para o lançamento do compilado foi Closing Door. Com diversas camadas mesclando violão de aço e guitarra, a voz de Marina profere sua experiência bibliográfica sobre o início do relacionamento com a atual namorada Gabrielle, que desenvolveu a capa do primeiro single do EP. "Ela foi na minha casa, me deu um cooler e cadeiras de praia e voltou pra casa dela a 500 km de distância e eu fiquei de portas fechadas no quarto". A faixa estreia junto com um videoclipe, gravado em Guapimirim e dirigido pela própria artista. O vídeo, filmado em tempos pandêmicos, mostra cenas cotidianas e retrata a dificuldade de um relacionamento a distância .


Cida traz elementos diferentes de todas as músicas anteriores. Soando como um encontro entre Chico César e a compositora paraibana Cátia de França, a artista faz uma homenagem à sua terceira mãe. Com violões acompanhados por pandeiro, a faixa fecha o álbum com tom de alegria e consagração. “Lembro que toquei no meu quarto, registrei em um gravadorzinho e no meio da música ouvi um barulho tipo um batuque. Lembro de ter saído do quarto e perguntado quem fez o barulho e ninguém soube dizer. Na gravação mantive o barulho e decidi inserir um batuque do meio para o final”.


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