Em tempos de negacionismo, com presidente afirmando que a coronavac não tem efeito comprovado, apesar de cientistas e diversos países estarem usando e, ao mesmo tempo ter feito campanha para remédio que não curam o coronavírus, como a hidroxicloroquina. O Mc Fioti foi mais uma vez visionário, depois de fazer sucesso com a sinfonia de Bach na música 'Bum Bum Tam Tam' e reviveu ela numa remix feito em homenagem a cura contra uma pandemia global que se arrasta por mais de um ano.
A versão remix 'Vacina Butantan' foi gravada no último dia 15, onde o MC aparece dentro do Instituto Butantan, inclusive junto com o diretor Dimas Covas. E, numa época de fake news em massa e movimentos anti-vacina, essa versão é fundamental também para conversar com a comunidade e passar a mensagem de que é importante sim se vacinar assim que puder.
Em Setembro de 2018, a música foi o primeiro videoclipe brasileiro a atingir a marca de 1 bilhão de views no Youtube. Mais de dois anos, já com um 'boom' por conta do covid-19, a faixa foi tema do ENEM que aconteceu recentemente (mesmo que achemos que não deveria ter tido, mas já foi né?).
Em entrevista a Folha, o MC conta que o fenômeno fez o governador João Doria ligar sorridente ao funkeiro para elogiar o “sucesso butantante” da música. “Ele [Doria] me agradeceu pelo apoio que a gente tá dando para a vacina”, diz Fioti. “Foi um papo legal. E eu cantei pra ele a música na versão da vacina.”
“Vamos nos conscientizar e tomar a vacina, valeu, rapaziadinha? Vamos voltar à nossa vida normal. Essa é a parada”, diz. Questionado se tem medo de “virar jacaré”, em referência a uma fala de Bolsonaro que citou essa possibilidade para quem tomasse vacina, Fioti diz: “Isso é mito, é brincadeira.”
“O pessoal tem que tomar vergonha na cara.” Se uma vacina vai me transformar em jacaré, eu diria para os cientistas criarem uma para eu ter superpoder. Me dá superpoder, já que é assim”, ironiza. “Virar jacaré? Tá de brincadeira? Isso não é real, tá ligado?”
Sobre o clipe lançado hoje, ele comentou: “Na hora que a gente mostrou o projeto, eles super abraçaram”, conta Fioti. O vídeo tem a participação de funcionários da entidade. “As pessoas estavam tão felizes com tudo o que estava acontecendo que voluntariamente falaram ‘eu quero estar lá.”
O funkeiro afirma que não recebeu patrocínio do Butantan nem do governo de SP e que o investimento para a gravação partiu dele. “É uma homenagem a algo que aconteceu naturalmente.” Ele diz que tem sido chamado de “o menino da vacina”.