Foto: capa/colagem - Julia Fregadolli |
“Macaco Véio”, parceria de Nathan com Rogério Arantes, primeiro single desse trabalho, é sobre a existência dos contrastes e oposições nas personalidades das pessoas. “A música fala um pouco sobre o nosso lado louco, nosso alter ego descabido na figura do macaco; as feras que nos habitam e que vivem brigando com o lado disciplinado e aplicado. No fim das contas, fala também sobre a rejeição e a aceitação disso na nossa vida, afinal o moralismo impõe um único caminho, coerência e retidão. ”, explica Nathan.
Considerada a faixa mais rock’n’roll do repertório, “Macaco Véio” foi gravada com a participação do Tropeço Trio, projeto que Nathan Itaborahy atua como baterista e que é formado ainda por Renato da Lapa (guitarra) e Douglas Poerner (Baixo). A gravação também contou com a participação do músico Caetano Brasil (clarone). Ouça ou baixe agora: https://tratore.ffm.to/nathan.
A música ganhou ainda um clipe colaborativo, feito com a contribuição de 38 pessoas que enviaram imagens em suas casas, no período da quarentena do coronavírus (COVID-19), sentindo os efeitos do isolamento, tanto fazendo suas atividades domésticas, quanto deixando o ‘macaco véio’ bater. O clipe foi editado à distância por Celine Billard e Fred Fonseca. Assista ao clipe: https://youtu.be/0y4-dCXX84Y.
“Decidimos fazer uma coisa propositalmente caseira, mas que tivesse também algumas ações coordenadas que ajudassem a construir um roteiro mínimo. Convidei os amigos mais próximos e parentes, que têm algum tipo de ligação com a minha música, a participarem mandando seus vídeos. No total, recebemos aproximadamente 250 vídeos e foi possível montar um clipe muito interessante, que é também um registro desse momento tão louco que estamos vivendo. ”, explica o artista.
O álbum “Sentado no Céu”, que chega às plataformas digitais em julho, nasceu de uma campanha de financiamento coletivo. Desde o início ele foi sendo construído com a ideia da autoprodução e do “faça você mesmo”. Nathan, que divide a produção do disco com Douglas Poerner, convidou 15 músicos talentosos de Juiz de Fora, MG, para a gravação. O artista mineiro explica que suas músicas tocam em algumas questões existenciais, políticas e éticas que atravessaram sua vida em algum momento. “É uma poesia bem confessional e autobiográfica. Mas cada música tem sua própria inspiração, sua inquietação”, diz.