Criado inicialmente como grupo de apoio de Milton Nascimento, o Som Imaginário logo ganhou notoriedade pela maestria e inventividade de seus músicos. O aclamado primeiro álbum da banda, homônimo, volta às lojas 50 anos depois do lançamento, pela coleção "Clássicos em Vinil". Resultado da parceria entre Polysom e Universal Music, a novidade chega às prateleiras em discos de 180 gramas.
Lançado em 1970, "Som Imaginário" traz fortes influências do experimentalismo, psicodelia e tropicalismo, além de inspiração na fase final dos Beatles. A presença de Milton Nascimento, que assina a faixa "Tema dos Deuses", contribui também para a proximidade do conjunto com o Clube da Esquina, que se faz presente nas composições. Com letras em português e inglês, o disco traz clássicos como "Feira Moderna" (Fernando Brant/ Beto Guedes/ Lô Borges) e "Morse" (Wagner Tiso/ Zé Rodrix/ Tavito).
Formado à época por Wagner Tiso (piano), Fredera (guitarra solo), Robertinho Silva (bateria), Zé Rodrix (órgão), Tavito (guitarra base) e Luiz Alves (baixo), o Som Imaginário conquistou a admiração de público e crítica, entregando um trabalho autêntico que mostrava que o rock psicodélico brasileiro não se tratava apenas de uma imitação do que vinha dos Estados Unidos e da Inglaterra. O disco se destacou também por sua autenticidade e criatividade, através do uso pouco convencional de instrumentos asiáticos e artesanais, além de improvisações incríveis.
Com a reprodução exata das artes originais e remasterizado especialmente para vinil, "Som Imaginário" é uma obra indispensável para qualquer colecionador e admirador do rock brasileiro.