Dir: J. J. Abrams
Sem delongas. Estreia nos cinemas essa semana conclusão épica de uma das maiores franquias da história do cinema pelas mãos do americano J. J. Abrams. Star Wars, a Ascensão de Skywalker. O fim que várias gerações estão aguardando há tempos. Abrams é um maestro da ficção científica que entende a dimensão do desafio em suas mãos. Vai ser fácil ver por aí muitos fãs e críticas destruindo o filme e até é compreensível pois nem mesmo os Beatles agradaram todo mundo.
É inevitável que Star Wars não agrade a todos, mas, tanto como fã
quanto como crítico, particularmente acredito que não poderia ser
diferente. Agradar ou não é uma questão de gosto muito pessoal.
Entretanto o fato é que a saga termina tão grande e intensamente quanto
começa. O impacto do filme é claro como água. O que faz jus ao que Star Wars representa na cultura pop. Você pode até não gostar do roteiro, dos plot-twists, do rumo que a história segue. Mas tudo acontece em proporções tão gigantes quanto o legado da ópera espacial, enchendo os olhos de qualquer espectador.
Lembrando que este é de fato o fim de tudo, o longa carrega uma aura de despedida do início ao fim num clima que lembra muito Vingadores: Ultimato. E faz sentido. Bem ou mal acompanhamos a luta desses personagens senão, desde 1977, pelo menos desde crianças. E a franquia conquistou novas gerações ao longo de sua jornada. Portanto, não esqueça de levar um lenço. Mas também prepare para rir, torcer e se divertir.
Ainda assim, o novo Star Wars não escapa de alguns tropeços. Há momentos previsíveis e há momentos clichês. Não que isso tire muito do mérito do longa como um todo. Mas há visivelmente decisões de roteiro e passagens questionáveis, ou pelo menos, dignas de debates calorosos entre fãs. E com certeza veremos muitos artigos na web dos produtores explicando cenas e decisões. Foi caso de Vingadores: Guerra Infinita e Ultimato e que também causou sua cota de polêmica por darem satisfação excessiva aos fãs.
E assim como o último filme dos Vingadores, Star Wars carrega também o clima de retrospectiva revistando um pouco de cada elemento dos dois capítulos antecessores e até mesmo das outras trilogias. E isso tudo foi alcançado sim com uma pitada de "fan service", mas feito do jeito certo. O que não impede Star Wars de tomar suas próprias decisões implacavelmente sem medo e sem pudores.
De um jeito ou de outro Star Wars é um filme que vai te causar um grande "UAU". O filme tem sim dividido opiniões. Mas é emocionante. É a conclusão que Star Wars merece. O arco entre Rey e Kylo é impecável. Há quem diga que o roteiro carrega um número grande de tramas secundárias, mas sob meu ponto de vista, elas tornam a história mais completa e sólida. É um dos melhores da franquia com um final absolutamente adequado para uma saga de mais de 40 anos.
E 42 anos após o primeiro filme, a franquia também não perde sua força de mensagem. O respeito pela vida através da Força, a importância de ceder à tentação do ódio, aceitar quem somos e da onde viemos, lutar pela coisa certa, pelas causas que acreditamos em união e é claro a maior lição de todas: nunca perder as esperanças. E é por isso que amamos Star Wars. A Ascensão Skywalker é tudo o que queríamos que fosse, pois nunca ouve um Star Wars como esse. É aterrorizante e assustador, mas lindo e carismático. Se o filme encerra a trilogia, ele também encerra a saga como um todo. Obrigado George Lucas, obrigado Disney e obrigado SIM J. J. Abrams. Missão cumprida.
CRÍTICA: (SEM SPOILERS) Em conclusão épica, Star Wars termina tão grandiosamente quanto seu legado
12/19/2019 03:55:00 AM
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