Depois de 2 discos com o Braza e 4 com o Forfun, Vitor Isensee abandonou o “s” do sobrenome que lhe acompanhou durante seus 18 anos de carreira como compositor, tecladista e cantor. Em um ato de desapego e imaginação, rebatizou-se como “IZENZÊÊ” para lançar “Vida e Nada Mais”, seu primeiro trabalho solo, já disponível em todas as plataformas digitais.
Com 10 faixas, o álbum reflete sobre temas existenciais, sociedade de consumo, desconstrução da masculinidade, afetos, amores e o tal assombro diante da Vida, que o artista faz questão de escrever com a letra “V” maiúscula.
“Fiz um disco pra falar da Vida, pra sentir o vento. Me guiando pelo rap, que é a linguagem onde me sinto mais à vontade musicalmente, tentei casar esse meu texto - meio poesia, meio crônica - com a sonoridade incrível que o Tomás produz. É um disco que pode ser servido com suco de laranja ou com gin tônica. Como quisesse escrever uma árvore, plantar um livro, lançar um filho. Fiz um disco pra questionar, pra refletir e pra dizer que é bom viver“, ressalta.
Piloto de avião formado e geógrafo graduado, Vitor faz uma música repleta de imagens e espaços. Num sobrevoo, seu olhar constrói uma multidão de cenas que, como cinema, investigam a distribuição dos desejos e desabamentos na paisagem humana. Autor de dois livros de poemas e inspirado por artistas como Aldir Blanc, Jorge Mautner, Belchior, Galvão e o coletivo Nuvem Cigana, IZENZÊÊ trava relação apurada com a palavra para construir seus cenários.
Ao todo, “Vida e Nada Mais” é musica e poesia. É sinceridade, mata verde e mar azul.