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Praticamente dois anos depois (a data do show em 2017 foi 23/9), Bon Jovi e sua belíssima banda voltaram ao Allianz Parque, para mais uma vez se apresentar na turnê This House is Not For Sale, lançada em 2016.

Marcado para às 18h45, Goo Goo Dolls começou seu show às 19h, num horário em que ainda era possível se movimentar pela pista Premium e, também sem muita dificuldade, pelos tuneis do estádio. Não podemos falar muito sobre como estava a pista comum, mas na visão que consegui ter, pareceu ainda estar tranquila de conseguir um bom lugar, assim como na cadeira inferior.

Com 14 músicas no repertório, a banda que estava repleto de instrumentos do show principal (como a bateria do Bon Jovi) no palco, focou mais em cantar suas músicas e pouco interagiu, não por conta de antipatia, mas sim por Rzeznik falar no palco um "Obrigado", seguido de um "that's the only thing I know". 

O público acompanhou a banda em músicas como Slide, Black Balloon e Name (primeira música da banda a tocar na rádio) e fez um efeito visual lindo, com todas as lanternas dos celulares (e também isqueiros) acesos enquanto Iris , o megahit da banda, era tocada e finalizava o show.

Marcado para 20h, às 20h30 as luzes do estádio se apagaram, o som do DJ parou e foi trocado pelo som de euforia do público, com gritos antes (e durante também) de ser exibido no telão um teaser de abertura do show, com a clássica moldura nos telões laterais e a casa presente na capa do disco que dá nome a turnê.

Logo no começo, já percebi que a voz de Bon Jovi está ainda mais perdida do que em 2017, quando já era notado que ele não atingia mais os pontos principais de muitas músicas e deixava os hits para o público cantar de ponta-a-ponta, algo que aconteceu com menos frequência em 2019. 

Todo o som alto que vimos em Goo Goo Dolls, não estava presente na hora de Bon Jovi por a voz pra fora e isso também foi relatado da pista comum. Comentários dizem que ele está poupando para apresentação domingo no RiR e eu não duvidaria, já que o show de 2017 dentro do festival a performance vocal foi tão ruim, que ele pediu desculpas publicamente e melhor durante show na SP Trip.

Apesar da voz não ser o ponto forte, Jon Bon Jovi conta com uma banda que ajuda e muito a envolver o público, com os solos de Phil X (guitarra), Tico Torres (bateria) e David Bryan (teclados), seja dentro de algumas músicas ou num momento em que o show vira só instrumental. Todos os momentos do show os instrumental estiveram mais altos do que a voz e cada um da banda ganhou seu merecido destaque.

Os anos passam, mas o carisma de Jon ainda é o mesmo, conversando com o público, pedindo palmas, indo para a grade da premium e até mesmo levando uma fã no palco (durante, mais uma ve,z Bed Of Roses), para a sortuda realizar o desejo de todas as mulheres do Allianz, dançando e ganhando um beijo de um dos maiores ícones do rock mundial (vídeo aqui).

No repertório, tivemos algumas mudanças: Sem I'll Be There For You, Always,  e These Days (essas duas tocadas no repertório de 2017), foram incluídas músicas como Blood on Blood, We Don't Run (sendo um dos destaque do show, com um lyric video sendo exibido no telão principal) e Roller Coaster (que não empolgou muito a galera, mas deverá fazer mais sentido em um local como o Rock in Rio, podendo fazer algum trocadilho com a roda-gigante do festival). 

Algo que podemos ver como positivo (em contraponto a algo negativo) é o empenho maior de Bon Jovi em cantar os maiores hits, como It's My Life, Bad Medicine e Livin' On A Prayer. Contraponto foi pelo motivo do público não estar não insano na cantoria, quanto em 2017, exceção para You Give Me Love a Bad Name, única música das citadas em que teve de fato um trecho cantado somente pelo público, mas ainda assim não foi inteira, como os casos de It's My Life e Livin' On a Prayer há dois anos.