Conheça Hellish War e ouça Wine Of Gods, novo disco da banda


Há mais de 20 anos o Hellish War vem mantendo a tradição de se fazer heavy metal à maneira clássica. Novas bandas e novas tendências desapareceram tão rapidamente quanto surgiram, ao passo que o Hellish War segue firme mantendo vivo esse legado. Porém, paralelamente a paixão e o desejo dos músicos de continuarem tocando metal tradicional, o Hellish War teve que se reinventar ao longo dessas mais de duas décadas de carreira para conseguir manter ativa sua produção criativa. Nos bons tempos da indústria fonográfica, o grupo conseguiu, mesmo a margem das expectativas estéticas do mercado à época, assinar contratos de gravação que foram determinantes para que a banda não só pudesse dar manutenção, mas conseguisse ampliar sua formação de público, chegando até a Europa, onde já excursionou duas vezes e se apresentou em importantes festivais. 

Quando a realidade dos novos tempos mostrou que o comércio convencional de música já não era mais eficaz e que não haviam mais muitas possibilidades através do mercado, o grupo soube entender que é através das políticas públicas de cultura que um artista ou grupo musical pode encontrar um conjunto de instancias onde é possível produzir e difundir arte e cultura de forma mais ética e responsável. 

O grupo então inscreveu um projeto para gravação de seu novo disco no Proac Editais, programa de investimento direto do Governo do Estado de São Paulo através da Secretaria da Cultura e Economia Criativa. Cada edital é direcionado a um determinado segmento artístico e/ou cultural. O Hellish War participou do edital nº 24/2018 – Música Alternativa ou Eletrônica que abrange o segmento “heavy metal” e foi contemplado com um valor em reais para financiamento de seu novo álbum, “Wine Of Gods”. 

“Wine Of Gods” foi gravado no Omni Studio em Cosmópolis/SP e no Reverbera Studio em Santos/SP e mixado e masterizado no PiccoliStudio em Londres, Inglaterra, por Ricardo Piccoli, com quem a banda havia trabalhado em seu disco anterior, “Keep It Hellish”. Todas as 10 faixas de “Wine Of Gods” são inéditas e grande parte nasceu durante o processo de composição que o grupo realizou numa chácara na região de Campinas/SP, de onde a banda é originária. 

“Assim como em nossos álbuns anteriores, o título deste trabalho é também o nome de uma das músicas do novo álbum”, declara o baterista Daniel Person. “A faixa Wine of Gods traz os elementos clássicos do Hellish War. É difícil dizer se essa será a faixa preferida dos fãs, pois acho que temos um conjunto de várias músicas muito fortes neste novo trabalho. Quem acompanha o Hellish War sabe que não somos uma banda que lança álbuns com grande frequência... Só lançamos um novo disco quando temos certeza de que o trabalho fará jus à história da banda. E sentimos que é chegada a hora de Wine of Gods!” 

Para o vocalista Bil Martins, “Wine Of Gods” tem um significado especial, já que é o primeiro álbum do Hellish War em que ele participou ativamente no processo criativo. “Após o lançamento do “Keep it Hellish”, um pensamento recorrente era se conseguiríamos produzir um álbum a altura. Eu particularmente acho que conseguimos manter o nível em “Wine of Gods”, com as melodias e agressividade que são características marcantes na banda, junto à parte lírica que teve uma atenção especial. Acho que a diferença que nossos ouvintes mais sentirão está justamente na parte vocal, onde eu pude me expressar muito mais e imprimir minha identidade, sem descaracterizar o que o Hellish War já vinha fazendo esses anos todos. Em resumo, acredito que é o trabalho mais maduro da banda e os fãs podem esperar pela pegada de sempre. Heavy Metal puro do início ao fim”. 

Não há como negar que a participação de Chris Boltendahl, vocalista do Grave Digger, em “Warbringer”, é um dos pontos altos do disco. O lendário frontman alemão comentou com entusiasmo sobre sua participação. “Estou orgulhoso de fazer parte do novo álbum da banda brasileira Hellish War. Eles soam como se fossem uma banda europeia dos anos 80, como numa mistura do velho Running Wild, Rage e Grave Digger. Os riffs e vocais poderiam ter sido compostos na Alemanha ou em qualquer outra parte da Europa. Os fãs vão se surpreender com a energia e o poder dessa banda! Eu os desejo tudo de bom e muito sucesso no futuro com seu novo álbum”. 

Paralelamente as já comentadas “Warbringer” e a faixa título, “Wine Of Gods” reserva muito mais, como demonstram as palavras de Bil Martins. “Trial By Fire é rápida do início ao fim e a letra fala sobre a agonia de uma pessoa condenada pela Santa Inquisição. Falcon tem uma pegada oitentista e é baseada no poema anglo saxão "A Batalha de Maldon". Em Dawn Of The Brave o peso comanda o andamento mais cadenciado quase como uma marcha. Devin é o nome de um castelo que fica na cidade de mesmo nome na Eslováquia e a letra retrata a época das Invasões Napoleônicas. Faixas instrumentais são uma marca da banda e House On The Hill faz jus a tradição. Burning Wings é a faixa mais Hard n' Heavy do álbum e aborda um tema difícil que é a depressão. As mudanças de clima marcam Paradox Empire, transitando entre partes calmas e melodiosas a partes agressivas. The Wanderer encerra o álbum de forma épica e conta a história de um homem que ainda não perdeu a esperança na humanidade.” 

Para a capa de “Wine Of Gods” o Hellish War mantém a tradição de continuar trabalhando com o artista Eduardo Burato, responsável por todas as capas dos discos de estúdio da banda, desde o clássico debute “Defender Of Metal” de 2001. A artista-plástica Juh Leidl assina o layout do encarte. 

O lançamento em CD de “Wine Of Gods” tem distribuição no Brasil da Anti Posers Records. Uma edição em vinil também está sendo disponibilizada pela Abigail Records, com distribuição tanto para o Brasil quanto para a Europa. 



TRACKLIST:
1- Wine Of Gods
2- Trial By Fire
3- Falcon
4- Dawn Of The Brave
5- Devin
6- House On The Hill
7- Burning Wings
8- Warbringer (feat. Chris Boltendahl)
9- Paradox Empire
10- The Wanderer