Neste ano, as produtoras Gig Music e Hangar 110 ousaram ainda mais e costuraram um lineup com bandas de diversos estilos, entre nomes consagrados, super-revelações, bandas clássicas que recém voltaram às atividades e outras que a cada dia conquistam mais fãs.
A estrutura será basicamente a mesma da vitoriosa edição de 2018, que além de dois palcos, oferecerá diversas atividades relacionadas a games e skate. Uma novidade é o Karaoke Band, em que qualquer pessoa da plateia pode – previamente, por meio de cadastro junto à Gig Music – escolher uma música, agendar horário e subir ao palco para cantar.
Além da divulgação de todo o lineup e os patrocinadores (Vans, Monster, Goose Island, Budweiser e Jack Daniel's) organizadores e membros de bandas falaram sobre alguns assuntos, redigidos por nós abaixo:
Estratégia de divulgação do evento:
Marcão: Uma das eestratégias é voltar lá no começo do Hangar, quando planfletava em porta de show, faculdade, escola, fazer trabalho de formiguinha de novo, para despertar dentro de quem não é desse mundo, mas sim do celular, onde não precisa sair de casa pra nada. Claro que também temos a mídia que todo mundo já sabe, vocês aí. As bandas já tem um público cativo, mas pra galera nova é começar de novo, pra gente tentar trazer gente nova, é isso que vai manter uma longevidade do que queremos.
Rafael Piu: Uma outra coisa é isso aqui (a coletiva) que não fizemos em nenhum ano e tenho certeza que alguns de vocês nem sequer conheciam esse festival e isso ja é uma estratégia. Eu mesmo já quis ficar em casa e acabei indo num show foi legal pra caramba e esse evento terá muitas bandas, 37.
Bandas com integrantes mulheres:
Marcão: Não queremos trazer bandas de mina por ser de mina, queremos bandas legais, a gente fuça muito atrás de bandas boas. Se não daqui a pouco "ah, tem que por banda de índio..." e não é assim, tem que prezar pela música e todas que estão vindo é pela qualidade, não necessidade ou pressão.
Dificuldade em se montar um festival desse porte e o aumento de bandas dentro do lineup (essa pergunta foi realizada por nós, já as outras duas não lembro quem fez... Se o veículo ver a matéria e comentar sobre, colocaremos os devidos créditos):
Rafael Piu: Das 37 bandas, 8 bandas tocaram em alguma outra edição, então é bem difícil, mas aí a gente pensa "é tanta banda, cara" e tem muita banda boa. O mais difícil foi por bandas que não escutamos habitualmente e colocaram esse ano, pessoal aplaudiu até e o festival começou o nome hardcore fest, na verdade underground concert, depois hardcore fest e agora tiramos o hardcore do nome. Não precisamos segmentar, não estamos forçando ninguém a ir, se não gostou não compra ingresso e não vai. Queremos que as pessoas se divirtam, se não você não gostou de uma banda, vai para o outro palco que tenho certeza que você vai gostar.
Badauí: Na gringa rola essa mistura e ninguém reclama, isso é coisa de brasileiro, nunca vai estar satisfeito. Esteban é bom, deixa o cara tocar, porra... Teco faz show no MASP e lota.
Marcelo (Strike): Se tiver show do Teco na hora do Strike, vou ver Teco.
Rafael Piu: Até hoje teve alteração de lineup, então é muito difícil... De última hora muda a gente pensa 'pô, esse dia não tá legal' e não legal por não ter banda legal, mas sim por não ficar do jeito que a gente quer. Planejamos o festival, aí começamos a falar com as bandas em Janeiro, ai chega Março, quando tá pra fechar e a banda já tem compromisso em São Paulo e a gente perde. O CPM foi uma delas que o Marcão fechou com o Badauí durante uma viagem nessa 4a fechamos o CPM no lineup... seria outra banda. São 37 bandas, talvez metade não tenha agenda em São Paulo, outra seria menor e se vira pra participar, mas é dificil marcar um encontro com 37 bandas na mesma época...algumas os amigos também indicam
Marcão: Além disso, temos a vida da gente e abrimos um espaço na agenda para produzir isso, corremos ou voltamos atrás de algo, é complicado. Se o projeto andar é legal, pois podemos trazer outras pessoas para trabalhar junto, ter ideias e bandas diferentes. Minha linha é punk rock e às vezes eu escuto uma banda legal, mas acho estranha pra mim, é difícil abrir a mente para algo de outro estilo, quando estamos desde moleque no punk rock... tem que escutar, escutar, escutar, até ver que realmente é bom.
Confira lineup:
Extra: Organização do Oxigênio, Badauí e Marcelo (Strike) falam sobre a perda do espaço do rock
Marcelo (Strike): O sertanejo comprou muito espaço da mídia, falo isso pois minha banda era da Som Livre e o processo de divulgação do Luan Santana a gravadora trabalhava só pra ele, compraram um espaço para eles, foram empreendedores e prejudicaram outros estilos, não só rock. O rap ganhou na força, trabalhando paralelo, mas o rock ainda não tem um pensamento de união e por isso estamos assim. O rock nunca vai morrer, não é tocar, é um estilo de vida.
Badauí: Também nunca teremos um cachê igual desses caras, a gente não vende igual os caras, mas a gente toca bastante.
Marcão: Há um tempo atrás tava todo mundo por cima e "posso falar mal dele, dele, dele" e com a fase estar mais pra baixo, talvez junte mais as bandas e público.
Rafael (FFA): Teve a geração do Badauí, do Strike e eu sou otimista em relação a isso, acho que o rock vai explodir já já. Acho que temos que fazer mais música junto, a Emmily acabou de participar do disco do Capital Inicial, que está ai há anos... A gente (geração FFA, Supercombo etc) está unido sim e está propício a isso, vamos fazer o nossso que vai rolar.
Serviço: Oxigênio Festival 2019
Data: 13 a 15 de Setembro
Local: Via Matarazzo
Data: 13 a 15 de Setembro
Local: Via Matarazzo
Horário: 13h00 abertura / 14h00 início dos shows
Censura: 14 anos
Censura: 14 anos
Ingressos Online: Pixel Ticket