Dir: Anna Boden e Ryan Fleck
O mais recente laçamento da Marvel Studios estreia hoje com
todo seu poder. Stan Lee sempre falou que Carol Danvers é a personagem mais
poderosa do Universo Marvel e o longa deixa isso absolutamente claro e
evidente. O filme já começa com o clássico logo da Marvel onde os heróis
aparecem em cenas de toda a franquia mas, dessa vez há algo de especial que não
vou falar aqui para não dar spoilers. Mas é indiscutivelmente lindo.
Capitã Marvel não é exatamente um filme de origem. Em sua
primeira aparição, Carol já é uma mulher com poderes. Mas isso não impede de
contar sua história em um roteiro brilhantemente costurado com a trama central
que funciona de forma impecável. Brie Larson é uma perfeita heroína e cai como
uma luva na personagem. Além disso, Samuel L. Jackson, Jude Law e Annette
Bening também cumprem um excelente papel na trama.
Além de conhecermos a história de Danvers, somos introduzidos
ao nascimento da SHIELDS e mais tarde da Iniciativa Vingadores. Entretanto tudo
é feito de forma sutil, com leve referências. O longa é solidamente ambientado nos
anos 90 através de diversas referências à cultura pop como filmes, trilha
sonora e até piadas entre os personagens, e tudo na medida certa. O roteiro é
direto, certeiro, não perde tempo e ainda acha um bom espaço para comédia sem
se perder ou exagerar na dose.
A trama se desenvolve de forma divertida e coerente, de tal
forma que as 2 horas de longa passam no mesmo ritmo estimulante de Guerra
Infinita. Isso porque tudo o que acontece é relevante para o desenrolar da
narrativa. Não que isso impeça alguns momentos de soluções fáceis e passagens
convenientes até demais para os nossos heróis. Mas nada num nível que
prejudique a qualidade do filme.
O filme faz jus ao trailer lançado no fim de 2018 contando
com cenas que não estão no longa e compensando com cenas tão épicas que chega a
ser evidente que Danvers será a grande estrela de Vingadores Ultimato que tem
estreia marcada para 26 de Abril. Danvers é determinada, implacável e não leva
desaforo para casa. Um grande símbolo de poder, principalmente para o público
feminino. E não tem como falar de Capitã Marvel sem falar de Goose. O gato de
estimação da protagonista que não apenas rouba diversas cenas como garante ótimas
piadas e ainda tem um papel fundamental para a trama em diversos sentidos.
A história ainda pinga sutis doses de referências e easter-eggs
de diversos elementos do próprio MCU. O tesseract, o pager de Fury mostrado na
cena pós-créditos de Guerra Infinita e até personagens de outros filmes. O que
deixa claro que esse é provavelmente o filme mais importante da franquia que
interliga todos os principais eventos de toda a saga dos Vingadores. Capitã Marvel
é um longa épico, inteligente e que sabe o tamanho de sua importância e peso
para tudo o que vimos nos últimos 10 anos e ainda veremos pela frente.
O espectador vai se emocionar com a tradicional e penúltima
aparição de Stan Lee, vai ficar confuso em algumas sequencias de lutas onde a câmera
é tão instável que quase não se entende o que está acontecendo, mas que traduz
perfeitamente o poder de Danvers e o quanto seus inimigos não tem ideia do quão
poderosa a heroína é. Nesse aspecto, as cenas de ação são tão impactantes para
o espectador quanto para os vilões abatidos.
Capitã Marvel mostra o tamanho do seu poder e porque é de
fato imbatível. Mais um grande feito dos Studios Marvel com a produção do
sempre genial Kevin Feige que hoje conquista a posição de um dos gênios do
Studio. Fiquem atentos à duas cenas pós-créditos, sendo a primeira delas um
verdadeiro deleite para os fãs que vai fazer com que a hype por Vingadores
Ultimato apenas aumente ainda mais.