CCSP recebeu homenagem aos 45 anos de Lóki?, aclamado disco de Arnaldo Baptista

Foto por: @eusouajessicamar

No último sábado (9), Arnaldo Baptista ganhou mais uma homenagem de Rodolfo Krieger (ex-Cachorro Grande) e sua trupe, no Centro Cultural São Paulo. 

Com direção de Rodolfo, a super banda escolhida para a noite foi formada pelos músicos Eduardo Barretto (baixo), Pedro Leo (bateria), e do pianista Rafael Stanguini. Além deles, Helio Flanders, Thunderbird, Cinnamon Tapes e Tatá Aeroplano foram os convidados especiais para completar o grupo.

Se em maio do ano passado, as demais obras do Arnaldo foram homenageadas, dessa vez, o disco Lóki? (1974), foi o selecionado para ter uma noite especial só para ele. Segundo Krieger, "é como completar um álbum de figurinhas, era o disco que estava faltando. Lembro de brincar nos ensaios do primeiro show do projeto, dizendo que ‘só faltava o Lóki’. Com certeza, é a realização de um sonho muito antigo de tocar na íntegra, junto com meus amigos, um dos discos mais importantes para a minha formação musical e para a história da música.".

Com início marcado para as 19h, Rafael começou a tocar Honky Tonky, enquanto o resto da banda entrava no palco e recebia as boas-vindas do público. As participações logo apareceram: Helio dividiu Será Que Eu Vou Virar Bolor? e Uma Pessoa Só com Rodolfo, mostrando o quão agitada seria a noite, apesar da plateia ter visto o show sentada, em sua grande maioria.


Cinnamon Tapes, com sua voz grave e marcante, cantou Não Estou Nem Aí, que fala sobre viver mais e pensar menos. Logo depois de cantar Vou Me Afundar Na Lingerie, Rodolfo recebeu Thunderbird para cantar Cê Tá Pensando Que Eu Sou Loki? e Desculpe, canções que ficaram ótimas com a interpretação do músico.

A calma e sincera Navegar De Novo, ganhou a interpretação solo de Rodolfo com a banda, sossegando um pouco os ânimos para o que viria logo em seguida: Tatá Aeroplano com Te Amo Podes Crer e É Fácil.

Falando assim, parece que o show ocorreu sem maiores surpresas, uma vez que seguiu a ordem do disco. Porém, a repaginação na obra-mor de Arnaldo foi essencial para tornar tudo mais especial: Loki é um disco feito sem guitarras. A visão e o amor de Rodolfo pela arte do Mutante, trouxe Gibsons e amplificadores valvulados para o palco, além de novos elementos para as canções do álbum, como na canção É Fácil, deixando tudo um pouco mais eletrizante que já é.


Já quase na reta final do show, Rodolfo repetiu a dose do ano passado e cantou Sunshine, e ainda trouxe Helio de volta para o palco para cantar I Fell In Love One Day, acompanhado de seu trompete. Para finalizar, claro que não poderia faltar Balada do Louco, que contou com a Cinnamon Tapes, encerrando a noite de sábado e o último show de Rodolfo em terras tupiniquins com chave de ouro.


O músico está planejando voltar para o Brasil no segundo semestre para fazer  um tour em homenagem ao Arnaldo e apresentar seu trabalho solo, que está em fase de finalização.