1º de Dezembro - mais uma edicação do famigerado Festival - We Are One Tour, responsável por reunir em um só dia grandes nomes do Hardcore nacional e internacional.
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Rodando por algumas cidades do Brasil e de outros países da América Latina, o dia 1° de Dezembro, com certeza entrou para a lista dos festivais mais bem cobiçados e esperados de 2018 pois conseguiu reunir nomes solidos do hardcore brasileiro como Direction, Sugar Kane, Garage Fuzz e Dead Fish e no que diz respeito a internacional, a dobradinha canadense Belvedere e Comeback Kid, além dos queridos diretamente da California do Pennywise, ou seja, uma junção do que mais agrada e faz o coração dos fãs da cena Hardcore vibrarem em um só dia e lugar.
O festival tomou tamanha força e repercussão quando vimos pessoas de diversos cantos do Brasil presentes: Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Amazonas, Porto Alegre e até alguns mesmo pessoas do exterior que estavam passando alguns dias em São Paulo e relataram que não podiam perder a chance de ver esse grande encontro de lendas no mesmo palco.
Pontualmente por volta das 14:30 o Direction já subia ao palco para dar início a tarde, que iria até mais 22h, um Schedule apertado mas claramente bem organizado pela produtora Solid Music. A Arena Barra Funda - Um espaço enorme que comportava por volta de 4 mil pessoas, com camarote, uma pista larga e funda e um palco alto, permitindo uma excelente visibilidade, com bastante espaço para os músicos transitarem e executarem o melhor show possível.
Apesar do espaço grande, o local não possuía um sistema de ventilação adequado para o público que a Arena Barra Funda comportava naquela tarde.
Voltando as atrações, quando o Sugar Kane adentrou ao palco, era nítido que a noite só estava em vias de pegar fogo não só literalmente falando a respeito do calor e temperatura, mas sonoramente! O público além de mais volumoso já incitou mais sinais de como realmente se curte um verdadeiro show de hardcore, uma grande roda bate cabeça tomou conta da frente do palco, se instalando ali e não saindo mais até o final da noite.
Em sequencia, os caras do Garage Fuzz foram os próximos com o som no modo Speed Hardcore misturando com Ska e ao mesmo tempo bases técnicas e riffs intensos, o grupo executou grandes sons assim como o Sugar Kane, que por fim relembraram a todos o peso do cenário underground brasileiro.
Dando continuidade, os canadenses do Belvedere sentiram o poder do público vibrando ao som nacional que os antecedeu e entraram no palco a ponto de explodir e só deixar o dia mais quente ainda!
O movimento e volume de pessoas que vibravam na brilhante confraternização em nome de todo o Hardcore desse mundo exalava um calor de derreter mas mas contagiante na medida!
O Belvedere claramente levou os fãs e até mesmo quem não os conhecia a uma viagem no tempo pde volta os anos 90, o Comeback Kid que já se encontrava pronto para continuar os shows, eleveu o nível de agressividade sonora bem direto nos pés do público que fazia moshpits e rodas sem parar. Com seu hardcore mais pesado, o vocalista Andrew Neufeld com os vocais cheios de drive conseguiu levantar mais ainda o público que claramente não estava nem um pouco cansado.
Chegando no fim do show do Comeback Kid, já caminhando para o fim das festividades com muito animo e pés quentes para pular e cantar com o Dead Fish que seria uma grande fatia do bolo até chegarmos no famigerado recheio - Pennywise.
Existem coisas que não mudam, como por exemplo: O Dead Fish é talvez a banda que mais tenha "máximas" consigo. Ao aparecerem para o público, a massa já os recebem aos gritos, mesmo sem os caras terem tocado uma única nota ou Rodrigo Lima, vocal da banda, ter dito absolutamente nada. É basicamente a senha para a selvageria – no bom sentido.– Se alguém precisava de combustível extra para exorcizar os demônios nos próximos 40 minutos, nao precisaria mais, pois o Dead Fish foi este combustível.
Com um repertório que engloba toda a carreira da banda , o show também mostrou uma banda que, além de estar em sintonia política com o público, tecnicamente está e sempre esteve na ponta dos cascos, muito acima de nomes consagrados do punk/hardcore nacional e mundial. Rodrigo Lima não sou deu pequenos discursos como envolveu o público em seus braços e pulos no palco, entregando não só o o que todos queriam mas o que o momento e o clima da noite precisava: Revolução - Vida longa ao Dead Fish!
Seguindo um Schedule corretíssimo e sem deixar nenhum furo, logo após uma virada de palco rápida e eficiente, os californianos do Pennywise estavam prontos para adentrar ao palco e a cozinha fervendo para o show mais aguardado da noite! Com algumas passagens já pelo Brasil, o Pennywise se encaixa claramente no curriculo das bandas que todo mundo acompanha cada verso de maneira fiel e destemida.
A banda sobe ao palco já destruindo logo na primeira música, “Peaceful day”, a banda apostou em um set list mesclado com músicas de seus discos mais populares. Jim Lindberg e Fletcher interagiram muito com o público fazendo discurso político antes de “My Own Country” e “Fuck Authority”, brincando com as camisetas de bandas da galera antes de tocarem “Do What You Want” do Bad Religion e atendendo a pedidos,tocando “Alien” após um set cheio de fôlego, fecharam com a cover de “Stand By Me” e o hino “Bro Hymn”, com direito a tênis, garrafas d'agua e moshpits na galera.
Gostariamos de agradecer a Solid Music Entertaiment por mais um festival impecável e pela oportunidade. Vida longa a Música e ao Hardcore!