Como diversos redatores estiveram presentes nos shows, essa lista não segue necessariamente uma ordem de "qualidade", como se fosse um ranking, mas tendo as resenhas alternadas entre cada uma das pessoas que cobriram os respectivos shows.
L7
Iniciando o show por volta das 21h40, a primeira visão do palco para o público foi um mar de celulares, todos posicionados para filmar os primeiros acordes do show. E se alguém não fez isso no começo, dificilmente conseguiria fazer em outro momento do show, já que moshs tomavam conta da frente do palco do primeiro ao último acorde do show, quando não tinha o "plus" de entoarem em coro música como Monsters e Fuel My Fire.
Uma intensidade insana de quem estava mais a frente impedia muitas fazes nós de fazermos movimentos voluntários, acabando por participar dos moshs junto com a galera e toda essa intensidade do público, também foi refletida na banda, que tocou 19 músicas de forma ininterrupta.
Em Pretend We're Dead, música mais conhecida da banda, uma pedia para o público bater palmas, outra para girar camisas, mas nada que já não estivesse acontecendo desde o começo do show. Posso até chutar que essa foi a única parte que o público localizado mais a frente do palco ficou mais tranquilo, talvez pela energia deles terem acabado ou por quererem aproveitar O HIT AO VIVO.
Certamente quem esteve no show, teve também uma noite para jamais ser esquecida, já quem não marcou presença, perdeu uma noite que dificilmente acontecerá de novo. Para quem escreveu esta resenha, o show está no topo da lista de shows do ano.
Texto por: Elio Sant'Anna
GLENN HUGHES
Em abril, o ex-Deep Purple, ex-Trapeze e ex-Black Sabbath, fez uma noite extraordinária para todas as gerações do rock que estavam presentes no Tropical Butantã. Crianças, adolescentes e idosos ficaram extasiados por presenciar "a voz do rock", e não é à toa que Glenn recebe esse título: sua voz, no auge de seus 66 anos, continua incrível.
A turnê vem lotando todas as casas por onde passa e não foi diferente por aqui. Glenn e seus companheiros Jay Bo (tecladista), Fer Escobedo (baterista) e Soren Andersen (guitarrista), mostraram que são capazes de transportar o público para os anos 70 com extrema facilidade.
Texto por: Millena Kreutzfeld
PHIL COLLINS
Ele, provavelmente com sabedoria, manteve as baladas ao mínimo, ele incluiu alguns dos clássicos mais gentis de Genesis (Follow You Follow Me e Invisible Touch), mantendo o show movendo-se mesmo em sua cadeira, do início ao fim. E de Easy Lover para Sussudio, foi um conjunto completo de sucessos monstruosos, o tipo de músicas que deram mais vida aos expectadores de Collins e sua banda no estádio com o plus da audiência respondendo fielmente a cada coro com prazer e energia fascinante, fazendo Phil deixar o palco, fazendo a platéia creer que o show havia terminado, luzes se apagando e um grande ''Obrigado Brasil'' nos telões. Collins se despede do palco, mas rapidamente volta com as luzes focadas no músico e começa de forma brilhante Take me home para de fato encerrar a noite, acompanhado de fogos e muitas luzes.
BUILT TO SPILL
Phil Collins, uma vez um poderoso baterista e líder energético, em frente a uma multidão no estádio, chegou ao palco com uma bengala e se inclinou para baixo sobre o que parecia com desconfiança como uma cadeira de escritório ergonômica, ao lado de uma pequena mesa funcional quadrada.
Este foi o primeiro show em carreira solo de Phil Collins pela America Latina, sua unica vinda ao Brasil aconteceu a 40 anos atrás na época em que o cantor era membro da banda Genesis, Collins deixou claro antes mesmo da banda tocar sua primeira nota "a verdade é que senti sua falta". A partir da resposta da multidão, ficou claro que o sentimento era mútuo.
Este foi o primeiro show em carreira solo de Phil Collins pela America Latina, sua unica vinda ao Brasil aconteceu a 40 anos atrás na época em que o cantor era membro da banda Genesis, Collins deixou claro antes mesmo da banda tocar sua primeira nota "a verdade é que senti sua falta". A partir da resposta da multidão, ficou claro que o sentimento era mútuo.
Texto por: Anna Moreira
BUILT TO SPILL
Não seguindo uma ordem cronologica, eles continuam passando, de forma resumida pela sua carreira, como em The Plan e Strange, faixas de abertura do 4º e 5º disco.
Apesar de percursores do Indie, pelo estilo executado em estúdio e principalmente nas performances vocais, o show é repleto de solos de guitarra, unidos a experimentos com sintetizadores por parte de Doug Martsch, em momento que levavam o público ao delírio e também os celulares do público para o modo de gravação, afim de registrar momentos históricos como este. Quem foi, saiu realizado e quem não foi, ficará arrependido de ter perdido, ao assistir vídeos pela internet.
Texto por: Elio Sant'Anna
ERASURE
Em maio, o Espaço das Américas recebeu o duo britânico pop Erasure, formado por Andy Bell e Vince Clarke. A dupla iniciou suas atividades no anos 80 e se consagrou com um dos grandes nomes do pop, já que se destacaram com seu synthpop.
Antes do duo subir ao palco, a discotecagem da casa entregou uma playlist com o melhor dos anos 80 para ir aquecendo os fãs que já se encontravam na casa. O show estava marcado para as 22h30 e não houve atraso nenhum. O palco, inclusive, tinha uma estrutura diferenciada que logo foi entendida por todos: contendo 3 estruturas brancas, onde as duas mais baixas eram para as duas backing vocals que acompanham os dois, a estrutura do meio tinha os teclados e guitarras do Vince Clarke, que tomava um lugar de destaque. Logo abaixo, na frente dele, Andy Bell estava sentado em uma cadeira branca, sendo um início de show diferente, porém efetivo.
Texto por: Millena Kreutzfeld
Com algumas passagens já pelo Brasil, o Pennywise se encaixa claramente no curriculo das bandas que todo mundo acompanha cada verso de maneira fiel e destemida.
A banda sobe ao palco já destruindo logo na primeira música, “Peaceful day”, a banda apostou em um set list mesclado com músicas de seus discos mais populares. Jim Lindberg e Fletcher interagiram muito com o público fazendo discurso político antes de “My Own Country” e “Fuck Authority”, brincando com as camisetas de bandas da galera antes de tocarem “Do What You Want” do Bad Religion e atendendo a pedidos,tocando “Alien” após um set cheio de fôlego, fecharam com a cover de “Stand By Me” e o hino “Bro Hymn”, com direito a tênis, garrafas d'agua e moshpits na galera.
Falando tecnicamente e emocionalmente e de forma direta a respeito do Headliner da noite: Adeptos a um estilo mais melódico dentro do Hardcore Punk , com várias pitadas de Metal aqui e ali, mostrando que a banda tem compromisso pelo que quer fazer em cima do palco, numa real atitude, eles nem necessitam muito de uma apresentação. Composições sempre ácidas e críticas às práticas aristocráticas das elites governamentais e empresárias, que tendem a retorcer o saco escrotal dos menos abastados. Politicamente incorreto, sonoramente empolgante, destruidor e revigorante.
Texto por: Anna Moreira
Falando tecnicamente e emocionalmente e de forma direta a respeito do Headliner da noite: Adeptos a um estilo mais melódico dentro do Hardcore Punk , com várias pitadas de Metal aqui e ali, mostrando que a banda tem compromisso pelo que quer fazer em cima do palco, numa real atitude, eles nem necessitam muito de uma apresentação. Composições sempre ácidas e críticas às práticas aristocráticas das elites governamentais e empresárias, que tendem a retorcer o saco escrotal dos menos abastados. Politicamente incorreto, sonoramente empolgante, destruidor e revigorante.
Texto por: Anna Moreira
FRANZ FERDINAND
Após 18 músicas e 1h20 de show, This Fire encerra o espetáculo com chave de ouro, sua versão ao vivo mostra o melhor da presença de palco de Alex e a performance da banda, chamando o público para cantar o coro, deixando diversas vezes com somente eles cantando de fato e terminando o show da forma mais agitada possível, Em certo momento, o público segue as ordens de Alex, que pede para todo mundo se ajoelhar e levantar todos de uma vez só, com pulos, de acordo com o ritmo do refrão, num momento que deve ter sido o ápice do show, abalando as estruturas do Tom Brasil.
Texto por: Elio Sant'Anna
BEACH FOSSILS
Também em maio, os americanos do Beach Fossils vieram para o Brasil pela segunda vez, depois de 5 anos da primeira apresentação por aqui.
Muitos fãs especularam sobre o set, mas a banda surpreendeu trocando a ordem do set que todos esperavam. E foi até melhor, porque gerou mais animação no público que não parou de cantar e dançar nem por um minuto, durante as 1h30 que a banda ficou no palco.
O show mostrou o quanto Beach Fossils ao vivo soa melhor que o estúdio, já que o trio toca mais alto e experimenta mais que em estúdio, estendendo alguns solos e se divertindo com isso.
O show mostrou o quanto Beach Fossils ao vivo soa melhor que o estúdio, já que o trio toca mais alto e experimenta mais que em estúdio, estendendo alguns solos e se divertindo com isso.
Texto por: Millena Kreutzfekld
Licciardi Fotografia |
Mestres da excelenia em seu ofício, que é trazer a música psicodélica a vida, a banda Radio Moscow esteve pela terceira vez em São Paulo e desenpenhou uma apresentação impecável e ao mesmo tempo totalmente alucinante. Com riffs psicodélicos e batidas saborosas o suficiente para fazer Jimi Hendrix salivar no túmulo, o trio exerce e imcorpora o rock do começo ao fim. Sempre representando em alto e bom tom o som de rock clássico dos anos 70 infundido com blues e hair metal dos anos 80 criando um som de new age psicodélico.
Sempre levando a plateia a uma satisfação total e a um desejo insaciável de elevar todos a casa onze, pois a banda claramente ultrapassa o número 10. A banda divide no meio do set entre uma faixa lenta e constante que apresenta o som da guitarra delta blues, e uma pequena mudança de ritmo. A banda mostra sua versatilidade e prova pela terceira vez concecutiva ao público de São Paulo que mesmice não é com eles.
É difícil dar errado com uma infusão de gêneros entrelaçados tão bem. A Radio Moscow nos levou na noite de quinta-feira a um passeio no tempo e no espaço, passando pela cena psicológica dos anos 60, o delta blues e a distorção do hard rocking dos anos 70. A gritante guitarra de Griggs impulsiona sua música em águas desconhecidas, um nível difícil de competir. Uma banda apoiada pelo seu último lançamento New Beginnings e 3 músicos de peso com certeza está destinada a grandes coisas por vir.
Sem dúvidas a cada vez que eles voltam para o Brasil, em teoria quem viaja são eles, mas no psicológico quem viaja somos nós, fãs. E que viagem!
Texto por: Anna Moreira
TARJATexto por: Anna Moreira
Além das faixas autorais, Tarja executou músicas como Supremacy (Muse) e House Of Wax (Paul McCartney), em momentos que voltaram a ter um mar de celulares. Ela esbanjou simpatia, não somente arriscando algumas palavras em português, como "boa noite, tudo bem?", "amo vocês" ou um "estava com saudades", mas também cantando uma música inteira, usando suas duas folhas de "colinha" e, cantando em um português bem melhor do que de muitos brasileiros, Lanterna dos Afogados (Paralamas do Sucesso).
Texto por: Elio Sant'Anna
THE DWARVES
Nick Oliveri. Foto por: Licciardi Fotografia
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Não demorou muito para as rodinhas, stage diving e participações nas músicas que o próprio Blag pedia, acontecerem. Ele também entrou no clima dos stage divings enquanto os outros membros quebravam tudo no palco, com uma precisão que nenhum fã pode botar defeito. Poucas palavras foram ditas ao público, porém a música tomou conta de todos ali presentes.
Texto por: Millena Kreutzfeld
KADAVAR
Licciardi Fotografia |
O que também deve ser totalmente salientado além da performace arrebatadora do power trio, é a energia do baterista Tiger, que conseguiu quebrar todos os tabus do estilo ''quadrado''. Embora seu rosto estivesse algumas vezes escondido por seus cabelos, o baterista é como o demônio da Tasmânia atrás de seu kit. Proporcionando uma base pulsante levantando nossas cabeças, enquanto o baixista Dragon manteve os batimentos da galera rolando, de modo que as cabeças e os punhos pudessem continuar elevados e pedindo por mais do Kadavar.
No fim da noite, um show incrível que com certeza, bandas como Kyuss, Mastodon, Black Sabbath, Eletric Wizard entre outros, ergueriam um grande copo de cerveja e brindariam a noite de sábado com todos os envolvidos! ''O Stoner vive e é pesado como uma pedra imóvel.'' Mas que se move muito bem com a sonoridade de todas essas bandas que continuam vindo e nos mostrando isso, cada vez mais! Obrigada Kadavar, Disaster Cities, Grindhouse e Abraxas, que noite!
Texto por: Anna Moreira
OZZY OSBOURNE
Parecendo ser realmente uma "No More Tours" (ao menos em nível mundial), Ozzy Osbourne se apresentou no Allianz Parque e sem banda de abertura, como nos países vizinhos.
Longe de economizar com hits, o show é iniciado numa sequência de Bark at the Moon, Mr. Crowley e I Don't Know. Também dando espaço para faixas do Black Sabbath, Fairies Wear Boots foi a primeira delas a ser tocada.
"Como vocês estão? Estão se divertindo? Tomem todas por mim...". Além da fala, ele também agitava o público, dizendo não estar ouvindo, algo que se repetia e repetia até o grito do público ser o mais alto possível. Logo após Suicide Solution, mais um hit foi tocado: No More Tears.
Após esse momento de destaque para uns e descanso para outros, Ozzy volta ao palco para cantar faixas como I Don't Want to Change the World, além dos superhits Crazy Train e Mama I'm Coming Home. O show contou com 16 músicas e cerca de 2h.
Texto por: Elio Sant'Anna
CIRCA SURVIVE
Em setembro, Circa Survive veio para São Paulo para a apresentação da turnê "The Amulet", que leva o nome do último disco lançado pela banda. Esta foi a segunda vez deles na cidade, a primeira foi em 2015.
Texto por: Elio Sant'Anna
CIRCA SURVIVE
Em setembro, Circa Survive veio para São Paulo para a apresentação da turnê "The Amulet", que leva o nome do último disco lançado pela banda. Esta foi a segunda vez deles na cidade, a primeira foi em 2015.
Anthony Green (vocais), Colin Frangicetto (guitarra), Brendan Ekstrom (guitarra), Nick Beard (baixo) e Steve Clifford (bateria) subiram ao palco e encontraram um público fervoroso e agitado, pronto para mostrarem porque a banda não deve esperar mais 3 anos para voltar. Anthony, dono de uma simpatia incrível, falou com o público, agradecendo pela presença de todos e falando o quanto aquilo significava a ele.
Rites Of Investiture, The Difference Between Medicine and Poison Is in the Dose, Wish Resign, Tunnel Vision, Get Out, The Great Golden Baby e Lustration estiveram presentes e é muito difícil ressaltar o ápice da noite quando a conexão entre banda e público foi fortíssima e a qualidade foi mantida do começo ao fim, sem nenhum deslize, assim como Anthony, manteve sua voz espetacular durante as 1h30 de apresentação e o público, que parecia não se cansar enquanto dançava, batia palmas, fazia stage diving e cantava todas as músicas, num grande coro.