Com dois discos lançados e em breve um terceiro, a Raça tinha até que um público considerável, principalmente para uma banda não conhecida e que recebeu convite de fazer esse show poucos dias antes dele acontecer. Isso inclusive foi citado pelo próprio vocalista, quando disse ter mudado um pouco a estrutura do show, por causa dessa grata surpresa. Com vozes e instrumentais minimalistas, cada detalhe parece ser estar ali propositalmente, seja no tom da voz (como na última faixa do show, onde o vocalista canta sem nenhum instrumento e muda de calmaria para energismo, conforme ela vai se passsando) ou na pegada da bateria, que é muito bem cadenciada, tanto em momentos que a música pede algo mais leve, quanto nos momentos que se pede algo mais pesado.
Para quem não conhece, vale dar uma lida nessa resenha do Miojo Indie.
A noite do Indie não estava presente somente no palco, mas também em sua discotecagem e no meio de Solidão de Volta (da Terno Rei, que também é da Balaclava) os americanos da Built to Spill tiveram uma pontualidade britânica, depois de um longo aguardo por parte do público, já que o show de abertura havia terminado 40 minutos antes.
Não seguindo uma ordem cronologica, eles continuam passando, de forma resumida pela sua carreira, como em The Plan e Strange, faixas de abertura do 4º e 5º disco.
Em uma semana de diversos grandes shows por São Paulo, com certeza Built to Spill figurará em nossa lista de melhores do ano, ficando a frente de shows que ocorreram para maiores públicos e em maiores arenas, como no caso de Foster the People. Quem foi, saiu realizado e quem não foi, ficará arrependido de ter perdido, ao assistir vídeos pela internet.