Built to Spill realiza sonho de fãs e se apresenta pela primeira vez em São Paulo


Numa noite repleta de Indie, seja ele nacional ou internacional, a Powerline e a Balaclava contaram com uma Fabrique Club lotada para os shows da Built to Spill, que passou pela primeira vez por São Paulo, realizando o sonho de diversos fãs e da banda Raça, que faz parte do cast da Balaclava.

Com dois discos lançados e em breve um terceiro, a Raça tinha até que um público considerável, principalmente para uma banda não conhecida e que recebeu convite de fazer esse show poucos dias antes dele acontecer. Isso inclusive foi citado pelo próprio vocalista, quando disse ter mudado um pouco a estrutura do show, por causa dessa grata surpresa. Com vozes e instrumentais minimalistas, cada detalhe parece ser estar ali propositalmente, seja no tom da voz (como na última faixa do show, onde o vocalista canta sem nenhum instrumento e muda de calmaria para energismo, conforme ela vai se passsando) ou na pegada da bateria, que é muito bem cadenciada, tanto em momentos que a música pede algo mais leve, quanto nos momentos que se pede algo mais pesado.

Para quem não conhece, vale dar uma lida nessa resenha do Miojo Indie.

A noite do Indie não estava presente somente no palco, mas também em sua discotecagem e no meio de Solidão de Volta (da Terno Rei, que também é da Balaclava) os americanos da Built to Spill tiveram uma pontualidade britânica, depois de um longo aguardo por parte do público, já que o show de abertura havia terminado 40 minutos antes.


Com oito discos de estúdio, díficil é compilar isso em um show só, passando por um cada dos um trabalhos. Mas eles começam fazendo exatamente isso, com Three Years Ago Today e In The Morning (respectivamente do 1º e 2º disco da banda).

Não seguindo uma ordem cronologica, eles continuam passando, de forma resumida pela sua carreira, como em The Plan e Strange, faixas de abertura do 4º e 5º disco.


Apesar de percursores do Indie, pelo estilo executado em estúdio e principalmente nas performances vocais, o show é repleto de solos de guitarra, unidos a experimentos com sintetizadores por parte de Doug Martsch, em momento que levavam o público ao delírio e também os celulares do público para o modo de gravação, afim de registrar momentos históricos como este.

Em uma semana de diversos grandes shows por São Paulo, com certeza Built to Spill figurará em nossa lista de melhores do ano, ficando a frente de shows que ocorreram para maiores públicos e em maiores arenas, como no caso de Foster the People. Quem foi, saiu realizado e quem não foi, ficará arrependido de ter perdido, ao assistir vídeos pela internet.


Com 17 músicas, o setlist foi o seguinte:

Built to Spill Setlist Fabrique Club, São Paulo, Brazil 2018