No último dia 16 rolou o Samsung Best Of Blues e nós tivemos o prazer de conversar com Tom Morello, falando sobre o seu próximo disco e vocês podem ler nossa pergunta abaixo:
Ano passado você lançou um disco com o Prophets Of Rage e agora trabalha em um disco solo. Como está sendo juntar guitarra com o EDM e trabalhar junto com Knife Party, Steve Aoki e outros nomes do eletrônico?
Diferentemente de outros lançamentos, para este novo, eu tive várias colaborações de diversos artistas, tais como: Steve Aoki, Knife Party, Bassnectar, Pretty Lights, Wu-Tang Clan, Killer Mike, Big Boi, Rise Against, Portugal. The Man, entre muitos outros. Eu queria criar uma conspiração sônica, que seriam artistas de diversos estilos e diferentes identidades de gêneros, etnicidades e idades fazendo um álbum em harmonia e solidariedade, como um time, uma reunião de tribos.
John e Tom, vocês já vieram ao Brasil algumas vezes com outras bandas e agora estão aqui em suas carreiras solo. Queria saber o que vocês pensam da energia e da recepção do público brasileiro nos shows.
Tom: Eu adoraria passar mais tempo aqui. Como disse, é minha terceira vez aqui e curti ir às favelas, aos ensaios das escolas de samba e, acima de tudo, gosto muito de fazer shows para os fãs que vêm nos ver.
John: Eu já estive aqui muitas vezes e sempre me sinto muito empolgado em voltar porque todos são tão legais, tão gentis… e as platéias são realmente as melhores do mundo. Então é, para mim, um verdadeiro prazer sempre voltar.
Tom: Gostaríamos de agradecer por suas perguntas e se vocês quiserem tirar fotos de nós quatro juntos, podemos nos levantar.
Após a coletiva, por volta das 18h começou o segundo dia de Best Of Blues, (o primeiro foi ontem, em Porto Alegre), que trouxe shows gratuitos de Isa Nielsen, Camarones Orquestra Guitarrística (cada um desses com 15min de show), John 5 (Marilyn Manson/Rob Zombie), que tocou o instrumental de músicas como Enter Sandman e um medley de diversos clássicos como Cat Scratch Fever e Roxanne.
Foto: Licciardi Fotografia |
Também dedicando música para Marielle Franco, assassinada esse ano e sem caso resolvido, ele disse o seguinte em entrevista coletiva: “Como no meu país, os Estados Unidos, o Brasil vive um momento de crise democrática. O assassinato sem solução da Marielle é um exemplo que mostra isso. Eu quis mostrar meu apoio e solidariedade aos brasileiros que lutam pelos pobres, pelos trabalhadores, pelo meio ambiente e contra o fascismo. É por isso que eu toco e é esta mensagem que estou levando ao palco hoje”.
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