Jurassic World – Reino Ameaçado Dir: Juan Antonio Bayona
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Há 3 anos atrás Colin Trevorrow provou ao mundo que
dinossauros ainda atraíam público às salas de cinema. A Universal Studio
apertou o botão do REBOOT e fez com o universo jurássico de Steven Spielberg o
que os cientistas da nova franquia fizeram com o DNA das criaturas. Resgataram
e criaram algo ainda mais grandioso, com mais dentes e tudo.
Dessa vez quem assumiu a direção foi o espanhol Juan
Antonio Bayona, que tem no currículo bons filmes como o thriller O Orfanato e a
linda e verídica história de O Impossível. Como esperado, ele foi habilidoso em
revistar o universo do primeiro filme e expandir ainda mais com um roteiro que
apesar de tropeços, funciona muitíssimo bem, afinal, é de dinossauros que
estamos falando.
O filme consegue sair do famigerado “mais do mesmo” graças
também à dupla de química inegável de protagonistas, Chris Pratt e Bryce Dallas
Howard. Os dois de novo conduzem a história que num primeiro ato nos leva de volta
a Ilha Sonar onde situou o primeiro longa. Como toda continuação bem pensada somos
apresentados à personagens novos e tanto eles, quanto Owen e Claire lidam com
as consequências do desastre no parque.
Um elemento primordial foi ampliado com uma lupa
gigantesca. Prepare seus pulmões para muitas cenas de fortes sobreviventes se
escondendo de dinossauros tão inteligente quanto sua grandeza física. Jurassic
World tem mais tamanho, mais dentes, mais rugido, e é sem dúvida mais intimidador.
A novata Isabella Sermon também entrega além de uma atuação encantadora, uma
personagem forte, importante e corajosa. Se tem uma coisa que a nova franquia
está deixando claro, é que mulheres também sabem enfrentar dinossauros, literal
e talvez até metaforicamente.
Como sempre, não vou dar spoilers mas você vai querer
chorar e jogar algo na tela de tanto ódio, ao mesmo tempo, com alguns momentos.
Conhecemos um pouco do passado de Owen que foi muito bem construído para linkar
e justificar acontecimentos no presente e muito disso também leva a história
para algum lugar. O roteiro de Derek Connolly e do próprio Juan Bayona ainda
conecta brilhante e diretamente com elementos da franquia original. Uma
sub-trama que não atrapalha o objetivo principal, muito pelo contrário,
expande, expande e expande
No entanto. Como todo bom blockbuster, alguns personagens
se perdem no desenrolar da trama dando uma sensação de que o roteiro não soube
carregar todo mundo por pouco mais de 2 horas de filme. De fato, é o casal protagonista
que carrega a trama adiante. E até sabemos que mesmo os novos personagens que
estão do nosso lado vão se safar de um jeito ou de outro. O vilão começa bem
mas rapidamente se revela previsível por demais e estereotipado caindo num
grande clichê.
Ainda assim, é Jurassic Park. Queremos ver dinossauros
caçando e devorando figurantes implacavelmente. Queremos ver nossos heróis
escapando por um fio de mandíbulas enormes e rir com eles. Isso o filme também
não economiza e funciona pois sabemos que não é fácil fugir de predadores
pré-históricos. Juan A. Bayona soube juntar todos os elementos que fazem esse
universo tão interessante e expandir. Aliás expandiu tanto que nos deixa uma
ponta INCRÍVEL para o 3º filme previsto para Junho de 2021.
Nota - 5 estrelas