A turnê do Simple Plan pelo olhar de uma fã sem muita sorte

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Texto: Camila Ciasca
Quinze dias atrás, eu estava fazendo minha mochila, ansiosa para, junto com duas das minhas melhores amigas, pegar um voo para Porto Alegre e ver minha banda favorita em um dos três shows que eu iria acompanhar, dos cinco que eles fariam pelo Brasil. 
Se eu contasse para a Camila de 15 anos que, além de viajar para vê-los, ela iria conhecê-los, ficar no mesmo hotel que eles e ainda pegar o mesmo voo de volta pra casa com eles, ela estaria rindo descontroladamente da minha cara. Afinal ela nunca foi sortuda nesses assuntos. 

Mas muito diferente de como as pessoas que aquela Camila conhecia faziam ela pensar – que era tudo muito fácil, mas só se você tivesse os #contatinhos –, vou contar um pouco do que foi a passagem dos caras por aqui, dos meus perrengues e encontros com eles. 
Quando fui convidada para falar sobre o show, logo avisei que, por se tratar da minha banda favorita, meu ponto de vista seria muito mais emocional do que sobre o conceito da turnê. 

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Então decidimos dar um ponto de vista muito diferente nmatéria. O ponto de vista de uma fã que, aos olhos dos outros, teve MUITA sorte em conseguir conhecê-los... Mas na verdade não é lá bem assim. 

Se hoje já temos dificuldade de entender isso, mesmo com toda a informação e demonstração de que nem tudo que você vê na internet é verdade, imagina ser uma garota de 15 anos, acima do peso, com vários problemas de confiança e autoestima, numa época em que você tinha que esperar dar meia-noite para conseguir fazer uma conta no fotolog. Dá pra imaginar? 

Mas eu aprendi, onze anos depois e com as amigas certas, que ninguém conta os bastidores reais dessas mágicas. E agora eu vou contar um pouquinho de como foi comigo, mostrando que não importa se você é loira, morena, careca ou cabeluda, mora no Acre, no Amazonas ou em Brasília. O segredo é você fazer o seu, sem passar por cima de ninguém, porque o universo te coloca exatamente onde você deveria estar, na hora certa! 

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Recentemente o Simple Plan passou pela América do Sul fazendo seis shows: em Buenos Aires, Porto Alegre, Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro esgotados e Uberlândia.  
A banda, desde seu primeiro show aqui no Brasil, no Mix Festival de 2005, sempre demonstrou muito carinho pelos brasileiros. Sempre prometendo voltar e cumprindo a promessa.  

E com essa turnê especial para comemorar os 15 anos do primeiro CD, No Pads, No Helmets.... Just Balls, que deveria, segundo o vocalista Pierre Bouvier, ter durado apenas uma semana, não foi diferente. Eles fizeram seu fechamento em Uberlândia no dia 01 de junho, um ano e meio depois do seu início.  
O guitarrista Jeff Stinco até brincou que, se eles não trouxessem essa turnê para cá, nós falaríamos disso para eles pelo resto da vida. O que não deixa de ser verdade. 

Diferente da turnê de 2016, tivemos muito pouco tempo para ficar ansiosos, uma vez que a vinda da banda foi anunciada em março e, em abril, os ingressos começaram a ser vendidos. 
Mas toda a ansiedade para fã é pouco, né? Decidimos comprar as passagens de avião no dia em que as datas foram confirmadas, ainda sem ingressos. Afinal, quanto mais próximo da viagem, mais caras ficariam. 
E acho que esse foi nosso primeiro sufoco. A venda dos ingressos foi bem desorganizada. Quem faz parte do fã clube recebe uma senha para comprar os ingressos na pré-venda. Quando o site abriu a venda dos ingressos, o fã clube ainda não tinha disponibilizado a senha. 


Muitas pessoas, assim como nós, conseguiram desvendar a senha e comprar os ingressos, porém minhas amigas quase ficaram sem seus ingressos para Curitiba.  

Em menos de dez minutos, os ingressos separados para a pré-venda e a cota de meia-entrada estavam esgotados, deixando muitos fãs frustrados. 

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Ingressos na mão, entramos no segundo momento de tensão da turnê. No início da semana em que os caras chegariam no Brasil, começou a greve dos caminhoneiros, que atingiu o país inteiro. Nós viajaríamos na quinta-feira bem cedo e, até quarta-feira à noite, ainda tínhamos dúvidas se haveria combustível para que embarcássemos. E o pior: se haveria combustível para seguirmos para as outras cidades. 
Avião abastecido! Embarque garantido! Estávamos a algumas horas de encontrar nossos caras preferidos quando desembarcamos em Porto Alegre.  

A banda, que estava em Buenos Aires para o show do dia 22, também desembarcaria no sul do país na quinta-feira (24). Só precisávamos saber o horário. Algumas visitas ao Google depois, vimos que dois voos vindos de Buenos Aires desembarcariam no Aeroporto Salgado Filho. E olha que sorte: um deles chegaria quarenta minutos depois do nosso. E foi assim que conseguimos nos hospedar no mesmo hotel que a banda, após DEZ horas de espera no aeroporto e a realização de um sonho, o de entrar dentro de um táxi e falar: “MOÇO! SIGA AQUELA VAN”. 


Não sei muito sobre outros famosos, mas o Simple Plan é com certeza a banda mais acessível de que eu já ouvi falar. Como sempre, assim que desembarcaram, tiraram fotos com a maioria dos fãs que estavam esperando ali. Mesmo depois de um voo cansativo. 

Quem segue a banda nas redes sociais sabe que eles disponibilizam um meet and greet chamado “Post-Game VIP Pizza Party” que pode ser comprado (em Kidneys) alguns dias antes do show. Com ele, após o show, você entra para conhecer a banda e tirar fotos, comer pizza (a qual eu nunca consigo comer porque sempre tô muito nervosa) e ganhar um pôster autografado. Também, se você faz parte do fã clube, você pode entrar na passagem de som dos caras, que não é na real uma passagem de som. Eles tocam de duas a três músicas para esse público e depois descem para tirar fotos e dar autógrafos. Eles ainda têm disponibilizado um pacote que permite que você e mais nove pessoas entrem para conhecer a banda e assista ao show de cima do palco. 

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Nesta turnê, eles organizaram o soundcheck melhor e distribuíram melhor as pessoas pelas datas dos shows. Em 2016, havia 250 pessoas em São Paulo, o que apenas possibilitou uma foto com o grupo todo. Sem autógrafos ou abraços, deixando muitas pessoas frustradas. 
soundcheck em Porto Alegre foi muito legal. Enquanto aguardavam as pessoas entrarem, eles estavam tocando Basket Case, do Green Day, e, quando estava todo mundo lá, tocaram uma música que eles não tocavam havia muito tempo e que foi muito pedida pelos fãs devido à nostalgia da turnê: Vacation (que fez parte da trilha sonora do filme No pique de Nova York). Quando eles desceram para falar com a gente, eu estava tão nervosa que precisei pedir que eles tirassem as fotos. Porque eu estava tremendo demais! Havia 67 pessoas lá e, como sempre, eles foram muito atenciosos e falaram com todo mundo. 

Já a Pizza Party foi a melhor de todas. Como os horários dos shows eram muito tarde, as Pizzas (exceto a de São Paulo) foram colocadas antes do show. Tinha apenas vinte pessoas e tivemos mais tempo com a banda. Como já tínhamos tirado fotos com cada um deles, decidimos que tiraríamos uma foto de nós três – eu e minhas duas amigas – com cada um deles.  

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Conversamos com o baterista, Chuck, enquanto ele autografava nossas coisas, e ele nos perguntou se estávamos ansiosas. Claramente a minha resposta expressou bem minha ansiedade, porque eu apenas consegui responder “yeah” e rir.  
Quando aguardávamos que Seb autografasse nossas coisas, Cínthia, uma das minhas amigas, teve uma conversa engraçada com ele sobre o fato dele não gostar de ser beijado no rosto pelos fãs (#NoKisses) – algo que muitas vezes faz com que ele pareça chato, mas que nos fez rir e ganhar, em minha opinião, o melhor abraço daquela turnê. Às vezes os fãs ficam tão empolgados e ansiosos que acabam esquecendo que estão lidando com uma pessoa real, acabam depositando expectativas muito grandes e se frustrando com situações bobas como essa. 

Como todo mundo sabe, o baixista David Desrosiers está afastado da banda para tratar problemas com depressão e não participou dos shows desta turnê. Mesmo estando muito feliz por ele estar recebendo tratamento, em 2016 eu fiquei superchateada porque seria minha primeira oportunidade de conhecê-lo e, bem no ano que eu consegui conhecer a banda, meu cara preferido não estava lá. 

Para algumas músicas, eles utilizam uma gravação do baixo feita pelo David, mas, em outras, o fotógrafo amigo dos caras, Chady Awad, é a pessoa que toca o baixo. Eu queria muito ter falado com ele na Pizza, para dizer o quanto eu achava legal ele estar tocando. Mas fiquei com vergonha e deixei para a minha próxima Pizza, que seria em Uberlândia.  

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Após a Pizza, entramos direto na pista e conseguimos ficar na grade. O show foi incrível. A banda tocou o primeiro CD inteiro. Ouvi músicas ao vivo que nunca pensei que aconteceriam. Mesmo sem David, a banda tem a mesma formação desde o início e o entrosamento deles é algo que faz toda a diferença no palco. Todas as apresentações tiveram o mesmo setlist, com exceção de Uberlândia (entre os shows que eu fui), onde eles acrescentaram Vacation ao set. 


Começaram com I’d Do Anything e, por todas as músicas que passaram, se Pierre apenas quisesse sentar e observar, sua voz não se faria necessária. O coro de fãs cantando a plenos pulmões emocionaria qualquer pessoa que estive ali.  

Passaram por The worst day everMeet you thereAddictedMy alienOne dayna qual jogaram as famosas bolas de praia, e Grow Upquando Pierre e Chuck trocaram de posição. Pierre assumiu a bateria para fazer algumas graças e Chuck tomou a frente do palco, fazendo algumas piadas, cantando alguns versos da música e se jogando para um Stage Dive no refrão. Uma dica: se você é a pessoa na grade na hora do pulo dele, abaixe! E tire as mãos da grade. A chance de você ser pisada e amassada são grandes. Ao finalizar o CD com Perfectuma das músicas cantadas mais alto, eles ainda voltaram para cantar mais alguns dos seus maiores hits. Abriram a segunda parte do show com Shut Up, passando por Jump e Boom, com uma explosão de papel picado, Summer Paradise, quando os fãs que estavam assistindo ao show de cima do palco foram para o centro do palco com a banda e mais algumas pessoas chamadas aleatoriamente da plateia para tirar uma foto. O show foi finalizado com Crazyna qual Pierre, antes do último refrão, desaparece do palco e reaparece em algum outro lugar do show e, por fim, Welcome To My Life. 

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As piadas sobre o CD ter 16 anos agora e como éramos novos quando ele foi lançado realmente me fizeram sentir o peso da idade. Mas em um dado momento do show de Uberlândia, eu tive a melhor sensação. Depois do abraço do Seb, eu senti que estava onde eu deveria estar. 
Após o show de Porto Alegre (26), eu voltaria para São Paulo, onde no sábado (27) eu faria meu primeiro trabalho assumindo um evento sozinha. E minhas amigas seguiriam para Curitiba. Que sorte: de todos os dias do ano, o show caiu exatamente no mesmo dia do evento. Evento estno qual, antes de começar, eu tropecei numa escada. Seis horas depois, eu estava dando entrada no pronto-socorro com uma panturrilha inchada e sem conseguir colocar o pé no chão.  

O que eu posso falar do show de São Paulo é que a Áudio tem uma ótima estrutura para o local onde são posicionadas as pessoas com deficiência. Assisti ao show sentada e com uma tala de gesso até o joelho. Mas curti o mesmo tanto que teria curtido se estivesse na grade. setlist foi o mesmo e algumas das piadas também, o que não deixou de me fazer rir. 
Dois dias depois, eu tirei a tala com o sentimento de seja o que Deus quiser, e logo estávamos arrumando a mochila de novo para partir para Uberlândia. Ainda estávamos preocupadas se conseguiríamos embarcar pela falta de combustível, e, desta vez, a sorte sorriu um pouco para o nosso lado. Nossa espera pela banda no aeroporto, que vinha do Rio de Janeiro no dia 31, foi de apenas duas horas. Conhecemos fãs muito legais por lá e novamente gritamos: “MOÇO, SIGA AQUELA VAN”. Okay, nós não gritamos isso. Porque seria falta de educação. Mas, depois que o taxista aceitou nossa loucura, nóusamos essa frase! 

Quem tocou o baixo no show do Rio de Janeiro foi Chris, o roadie da banda, e, enquanto assistíamos ao desembarque da banda de dentro do táxi, percebi que Chady não havia desembarcado. O que me fez concluir que ele não havia continuado a turnê. E que sorte a minha: fiquei sem meu abraço. 

Mesmo estando no mesmo hotel da banda, não temos o hábito de falar com eles. Esses são momentos deles de descansoentão apenas respondemos a eventuais “bom-dia” ou “boa-noite”. Não sei explicar por que gostamos de ficar no mesmo hotel se não falamos com eles lá.  

Enquanto fazíamos check-in, o segurança da banda estava passando algumas informações aos seguranças do hotel, como a necessidade de ficar de olho no pessoal que esperaria a banda lá fora e talvez tentasse entrar no hall. Nisso, um comentário do segurança da banda nos surpreendeu e fez rir. Ele disse que nós estávamos seguindo a turnê com a banda, mas que não precisavam se preocupar conosco, porque éramos tranquilas. Levei isso como o melhor elogio que já me foi feito. Se minha mãe tivesse ouvido, ela ficaria orgulhosa. 

As entradas para os VIPs de Uberlândia foram muito desorganizadas. Eu acho que algumas pessoas têm a sensação de que a banda vai acabar ou derreter se eles abraçarem uma pessoa a mais antes delas, então muitas pessoas furaram fila, principalmente na hora de entrar.  
Tivemos que esperar por mais de uma hora para o credenciamento ser feito, e claramente eu estava demorando um pouco mais para andar do que normalmente. Com a panturrilha dolorida, ficamos por último para entrar na passagem de som. Paramos bem longe das pessoas próximas da grade para que eu pudesse sentar um pouco para descansar minha perna. E foi quando Seb jogou uma palheta perto de nós. Como as meninas já haviam pego uma cada uma no show de Curitiba, aquela ficou comigo. 

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A Pizza foi muito desorganizada. Havia 45 pessoas em um lugar que claramente não comportava 45 pessoas. As filas para falar com eles estavam confusas e se misturando.
Eu havia plastificado um trevinho de quatro folhas para o Chady, mas, como ele não veio, decidi que daria ao Seb. E para minha surpresa, ele me disse que, quando era pequeno, tinha um que foi roubado. Eu demorei um pouquinho pra assimilar que aquilo estava acontecendo. Mas fiquei muito feliz quando ele guardou diretamente no bolso. Depois ele postou nos stories dele. Eu não consigo enxergar o Seb chato que as pessoas veem. A Cínthia ainda entregou para ele uma camiseta com a estampa “no kisses, da qual ele gostou tanto que subiu no palco para o show com ela. 

O show de Uberlândia foi como os outros, só que com uma dorzinha a mais no coração porque seria o último. Passamos por todas aquelas músicas nostálgicas, e eu com a perna toda roxa, dolorida e cansada. Decidimos ficar na recepção do hotel para esperar eles chegarem. Afinalseria nossa última noite e gostaríamos de dar tchau! 

A chegada deles foi muito rápida, porque eles estavam de saída para comemorar o final da turnê em um pub local. No qual decidimos que não iríamos, pelo mesmo motivo que não falamos com eles dentro do hotel. Aquele seria um momento deles. 
Eles subiram até seus quartos para deixar seus equipamentos e desceram com a equipe em questão de dez minutos. Jeff foi o único que não subiu, deixou as coisas na recepção para serem entregues no seu quarto. O Chuck, eu nem vi descer e entrar na van.  
Quando Seb saiu do elevador à nossa frente e veio em nossa direção, rindo e levantando a mão para um hi-five, eu não consigo dizer o que ele nos disse. Por causa do meu histórico de desastres, eu estava concentrada demais em não errar aquele hi-five, que com certeza me levaria a receber um tapa na cara. E conhecendo minhas amigas como eu conheço, elas passariam bons dez minutos jogadas no chão rindo. Mas eu consegui! Não errei.  
Pierre, quando saiu do mesmo elevador que o Seb, ainda parou para falar conosco e pudemos dar exatamente o tchau que queríamos. E fomos dormir. Afinal tínhamos que voltar pra casa no dia seguinte! 
E que sorte! Descobrimos que estávamos no mesmo voo que eles. Ou quase sorte, afinal era único voo pra São Paulo partindo de Uberlândia durante o dia. 

Enquanto esperávamos para embarcar, Chuck estava na nossa frente e puxou assunto dizendo: “Uau, parece que o show todo está nesse voo”. E então ele contou para nós que seu voo para casa seria péssimo, porque, chegando a São Paulo, teria que esperar por 9 horas antes de seu voo para casa. E bom, como a gente perde o amigo mas não perde a piada, eu disse para ele que Karma is a Bitch, porque esperamos dez horas por eles em Porto Alegre. E rindo, ele concordou comigo e disse: “Nada mais junto. Deve ser isso”. 

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E bom, se não for pra ser zoada a gente nem vai! Ao entrarmos no avião, Pierre ainda teve a oportunidade de uma última zoeira, rindo e dizendo “Ohh, shit” ao nos ver e fazer um hi-five com a Suh e a Ciminhas amigas que fizeram dessas as melhores memórias e me ajudaram a escrever esse relato. 

Ah, só pra deixar registrado, quando fiz meu check-in, a minha poltrona reservada ao lado da delas já estava ocupada! Então tive que sentar na poltrona de trás. Mas não, nenhum deles estava comigo. 

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A passagem deles pelo Brasil foi curta o suficiente para deixar saudades e grande o suficiente para que curtíssemos e deixasse boas histórias na memória. Se eu me arrependo? Nenhum pouco! Se eu faria tudo de novo? Só to esperando eles anunciarem a próxima turnê!

Se você sonha em conhecer seu artista favorito, vá atrás, procure as informações e se muna dos melhores amigos que você puder ter. E se as coisas não saírem do jeito que você planejou: mantenha sempre as good vibes. Você recebe do universo apenas aquilo que joga pra ele.

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