Mestres da excelenia em seu ofício, que é trazer a música psicodélica a vida, a banda Radio Moscow esteve pela terceira vez em São Paulo e desenpenhou uma apresentação impecável e ao mesmo tempo totalmente alucinante. Com riffs psicodélicos e batidas saborosas o suficiente para fazer Jimi Hendrix salivar no túmulo, o trio exerce e imcorpora o rock do começo ao fim. Sempre representando em alto e bom tom o som de rock clássico dos anos 70 infundido com blues e hair metal dos anos 80 criando um som de new age psicodélico.
O show começou com
um jogo de idas e voltas entre o homem dos solos e das 6 cordas da banda,
Parker Griggs, e o mestre das batidas Paul Marrone. Isso se baseia em uma série
de riffs funky, distorcidos e psicodélicos. Dando lugar ao baixista Antony
Meier que entra na cena com os 2 companheiros e completa o palco, preenchendo
cada buraco e fazendo o som gritar algo na casa de shows Vic Club no pré
feriado. Cada faixa tocada teve um ritmo agradável e contagiante, acompanhada
de surpresas, sem ter a certeza de onde uma música vai levar. Mas uma coisa é,
sem dúvida, certa; sempre levando a plateia a uma satisfação total e a um
desejo insaciável de elevar todos a casa onze, pois a banda claramente ultrapassa o
número 10. A banda divide no meio do set
entre uma faixa lenta e constante que apresenta o som da guitarra delta blues,
e uma pequena mudança de ritmo. A banda mostra sua versatilidade e prova pela terceira vez concecutiva ao público
de São Paulo que mesmice não é com eles.
É difícil dar
errado com uma infusão de gêneros entrelaçados tão bem. A Radio Moscow nos levou na noite de quinta-feira a um passeio no tempo e
no espaço, passando pela cena psicológica dos anos 60, o delta blues e a
distorção do hard rocking dos anos 70. A gritante guitarra de Griggs impulsiona
sua música em águas desconhecidas, um nível difícil de competir. Uma banda
apoiada pelo seu último lançamento New Beginnings e 3 músicos de peso com
certeza está destinada a grandes coisas por vir.
Sem dúvidas a
cada vez que eles voltam para o Brasil, em teoria quem viaja são eles, mas no
psicológico quem viaja somos nós, fãs. E que viagem!
Obrigada Radio
Moscow por mais uma aula de psicodelismo em forma de música. Foi um prazer
viajar com vocês, até a próxima!