Depois da nossa última entrevista com Tyler Bryant & The Shakedown (que pode ser assistida aqui), nós trazemos aos leitores do site mais uma atração internacional no site, agora voltada para o Reggae.
Em parceria com a Catto Comunicação, For Music e o Porão da Música, fomos ao "Round Table" realizado pela banda um dia antes da sua apresentação em São Paulo. Em nossa pauta, temas como o novo disco, vindas ao Brasil e muitos outros assuntos que podem ser lidos ao decorrer dessa matéria.
Garotos de Liverpool (GDL): Gostaria de começar pedindo para contarem um pouco mais sobre o conceito de “Poetry In Motion”. Como ela dialoga com o momento em que vivemos?
Jacob Hemphill: “Poetry in Motion” é sobre nós, a raça humana. Nós somos lindos. Nós somos a poesia que está em movimento enquanto a terra gira. Nós somos os cuidadores desta terra e tudo o que vive aqui e chama isso em casa. Mas algo está errado. Algo em nós está perdido. Esse é o foco - como voltar para a beleza na poesia.
Nós relativamente demos um passo atrás de nosso objetivo, acho que foi uma quebra das camadas. Não podemos voltar atrás politicamente, a banda tem sido muito política, por toda a carreira e agora, você sabe que elegeram um "cuzão" como o presidente ou alguma garota que mente como um ladrão, ou o incrível Burning Sanders que não fez o óbvio ( foda isso). Eu escolhi não falar sobre política e nós recebemos uma música sobre política, "Bad News". Tudo é agora sobre o lado direito, lado esquerdo, a menos que você consiga algo mais e mais separado. A separação é a resposta errada. Temos sido políticos desde sempre e agora que todos são políticos, você sabe, reagindo com uma música política. Estamos afastando-se dessa merda. Isso é apenas mais separação.
Garotos de Liverpool (GDL): Qual é a sensação de gravarem o novo álbum 20 anos depois, exatamente no mesmo lugar em que começaram?
JH: Honestamente, é absolutamente louco pensar sobre a quantidade de tempo que passou quando começamos a formar uma banda no porão dos pais.
Fomos incrivelmente abençoados por ter feito tanto nesses 20 anos. 99,99% mais que a maioria das crianças que começam uma banda no porão poderia sonhar. Mas mesmo com tudo que conseguimos fazer naquela época. De alguma forma sentimos estar apenas começando e que ainda temos muito a realizar. Quero fazer isso por mais de 20 anos.
Garotos de Liverpool (GDL): Existem planos de lançarem algum material comemorativo aos 20 anos de banda?
JH: Não podemos dar essa informação, ainda é um segredo para todos. Temos algumas ideias, mas nada confirmado ainda. Provavelmente devemos celebrá-lo com algo especial. (Como eles disseram na round table que participamos, ainda é um segredo o que irão fazer).
Garotos de Liverpool (GDL): Nos últimos 5 anos esta é a 4ª vinda da banda ao Brasil. O que vocês gostam tanto no Brasil?
JH: Definitivamente poderia ser mais, nós amamos o Brasil pela energia do público. Para nós, o público brasileiro faz parte do show. Estamos ouvindo-os tanto quanto nos estão ouvindo.
Garotos de Liverpool (GDL): Em 2015, quando tocaram em São Paulo, muitos esperavam um dueto com Marcelo Falcão (O Rappa) em “Everything Changes” que não aconteceu. Será que desta vez rola?
JH: Tudo é possível. Tenho muito respeito por Falcão e por todo O Rappa. Adoramos trabalhar com eles ao longo dos anos e planejamos continuar a fazendo.
Às vezes, a capacidade de entrar no palco novamente é difícil apenas porque nossos horários são ambos tão loucos. Mas ainda estamos em contato uns com os outros e certamente estaremos no palco novamente juntos no futuro se não desta vez, em outra época.
Com vocês, a citada na entrevista, Bad News:
Com ingressos à venda aqui, a banda se apresenta amanhã em SP (com J BOOG, Maneva e Planta & Raiz), dia 3 no Rio de Janeiro (s/ Planta & Raiz), dia 5 em Curitiba (com J BOOG e Ponto de Equilíbrio) e dia 5 em Porto Alegre.
INTERVIEW IN ENGLISH
GDL: "I'd like to start asking you to tell us more about the concept of "Poetry in Motion". 10: How does "Poetry In Motion" talk about the moment we are living in?
JH: Poetry in Motion is about us, the human race. We're beautiful. We’re the poetry that’s in motion as the earth spins. We're the caretakers of this earth and everything that lives here and calls it home. But something is wrong. Something in us is lost. That's the focus - how to get back to the beauty in the poetry and away from...well, this.
We have relatively taken a step back from our goal, I think it was a break in the layers. We can not go back politically, the band has been very political for the rest of our lives, and now you know they've elected an asshole like the president or some girl who lies like a thief or the incredible Burning Sanders who did not make it obvious (fuck this). I chose not to talk about politics and we received a song about politics, "Bad News". Everything is now on the right side, left side, unless you get something more and more separate. Separation is the wrong answer. We have been politicians ever since and now that we are all politicians, you know, reacting with political music. We're getting away from that shit. That's just more separation.
GDL: How does it feel to record the new album 20 years later, back exactly where you started?
JH: Honestly, it’s absolutely crazy to think about the amount of time that has gone by from when we first started to form a band in a parent’s basement. We’ve been so incredibly blessed to have done so much in those 20 years. 99.99% more than most kids who start a band in the basement could ever dream of. So we’re very lucky. But even with all we’ve been able to do in that time, in many ways we feel like we’re just getting started and that we’ve still go so much to accomplish. I want to do this for more than 20 more years.
GDL: Are there plans to release some commemorative material about 20 years of the band?
JH: We’ve been thinking about a few ideas, but nothing confirmed yet. We should probably celebrate it with something special.
GDL: Over the past 5 years, this is the band's 4th visit to Brazil. What do you like so much about Brazil?
JH: Ha. It definitely could be more. I can’t keep track anymore. We love Brazil for the energy of the audience. For us, the Brazilian audience is part of the show. We’re listening to them as much as they’re listening to us.
GDL: In 2015, when you played in São Paulo, many expected a duet with Marcelo Falcao (O Rappa) on "Nothing Ever Changes" but that did not happen. Is there a possibility that this time it will happen?
JH: Anything is possible. I have so much respect for Falcao and all of O Rappa. We have loved working with them all over the years and plan to continue to do so. Sometimes the ability to get onstage together again is difficult only because our schedules are both so crazy, but we’re still in touch with each other and will certainly be on stage again together in future if not this time then another time.