A passagem do The Get Up Kids pelo Brasil

Após 22 anos, tivemos a oportunidade de ver os americanos do The Get Up Kids em ação pela primeira vez no Brasil, com 3 shows em Porto Alegre, São Paulo e Belo Horizonte. A banda é conhecida por inovar e ser um dos influenciadores que viria ser o estilo emo. Com mais de 9 discos na bagagem, além do emo, a banda se apoia também no rock alternativo. 

Acompanhamos a apresentação da banda em SP e podemos dizer, a expectativa de ambos os lados era imensa. As bandas de abertura fizeram um excelente trabalho aquecendo as cordas vocais dos fãs ali presentes; com início por volta das 18h, a casa não demorou muito para lotar.

Horace Green, formado por Shamil Carlos, Fernando Chero, Clayton Romero e Guilherme Amato, já tem 5 anos de carreira e 3 discos lançados. Começaram a noite bem, com músicas pesadas, honrando o hardcore nacional e a escolha feita pelos americanos: mostraram para o que vieram e conseguiram cativar boa parte do pequeno público presente. Apresentaram músicas como Alpha, Gasolina, Mirante, Chão e Ponta Porã.

Já os veteranos do hardcore, Hateen, mostraram o melhor de seu repertório em inglês, embalando muitos fãs presentes. Músicas como I Wanna ChangeSilence Be My FriendMy BirthdayBig Life (One Last Goodbye)In Circles (Sunny Day Real Estate cover)Danger Drive estiveram presentes. 


Foto por Adriano Drico
Claramente para as duas bandas, a influência dos Get Up Kids era evidente. Uma coisa bacana de se notar foi a faixa etária do evento: entre seus 25 e 30 anos, dificilmente encontrando adolescentes, uma vez que a banda inspirou muitas bandas dos anos 2000 e marcando a adolescência de muita gente.

Por volta das 20h, os americanos entraram em ação. Extasiados, falaram logo no início como era bom estar pela primeira vez no Brasil e como estavam animados por isso, assim começaram com Holiday, presente no álbum Something To Write Home About e seguiram imediatamente com I'm A Loner Dottie, A Rebel.


Foto por Adriano Drico
Eles souberam muito bem compensar os anos de espera, apresentaram um setlist balanceado entre músicas agitadas e baladas, além de passar por quase todos os álbuns - deixando apenas o último lançado, There Are Rlules, de fora.
Momentos emocionantes, com certeza, ficaram para o final, por exemplo, quando executaram Campfire Kansas, Don't Hate Me ou Walking on a Wire, que o público respondia a altura todas as vezes nos coros e lágrimas. 

A banda ainda fez dois bis, com música como Close To Me (cover do The Cure), Beer For Breakfast (The Replacements), Ten Minutes e Shorty, não deixando espaço para reclamações. 

Fãs e bandas ficaram satisfeitas com o resultado da noite, show impecável, troca de experiências e emoções não paravam um segundo. O clima predominante da noite era felicidade e realização de um sonho, para todos. 


Foto por Adriano Drico
A banda encerrou sua passagem por Belo Horizonte, onde ainda dedicou o show ao fã e produtor musical carioca, Mateus Pagalidis, que sofreu um surto e acabou falecendo, após sair do show em SP e ir à uma festa sozinho.

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