No palco principal do Maximus Festival, a Red Fang abriu os shows por volta das 13h25, quando Dead Fish se apresentava no Thunder Dome. Para um público ainda pequeno, que passou a ser maior durante o show do Slayer, a Red Fang se apresentou por meia-hora, trazendo para seu repertório música como Blood Like Cream, Malverde, Wires, Flies e Prehistoric Dog. Um dia antes, a banda fez Coletiva de Imprensa / Noite de Autógrafos e vocês podem ler como foi aqui.
Já que não tem vídeo deles no Maximus, abaixo vocês podem conferir o que rolou em ensaio fechado:
E quando falamos em rock-horror e encenações, depois de Alice Cooper, o único nome que pode vir em nossas cabeças é Rob Zombie. Com roupas exóticas e singulares, além de maquiagens, instrumentos chamativos e troca de figurinos constantes, John 5, Piggy D e Ginger Fish fizeram uma verdadeira performance, apesar do sol que insistia em atrapalhar durante boa parte do show.
Com começo excitante e explosivo, Dead City Radio and the New Gods of Supertown foi responsável por abrir os trabalhos e apresentar um infalível John 5 na guitarra, que ao longo da apresentação desfilou diversos modelos de guitarras.
Além do trabalhos mais recentes, músicas do álbum HellBilly Deluxe (clássico da banda) e da antiga banda de Rob, White Zombie, foram tocadas para a felicidade dos fãs mais antigos que marcavam presença na plateia. E claro, a homenagem ao mestre do rock-horror não poderia faltar, School's Out, do Alice Cooper foi emendada à Thunder Kiss '65 (White Zombie).
O setlist pode ser visto aqui.
A incrível banda de trash metal, Slayer, nos trouxe material de peso para essa edição do Maximus. Mesmo com uma barba quase branca, Tom Araya nos mostrou que ainda tem muita estrada pela frente, assim como o Slayer. Com apresentação impecável e segura, levaram os fãs ao delírio e à extravagâncias na pista, com moshs exagerados e extrema euforia.
Apesar de não se manterem em hits antigos como Raining Blood, Angel Of Death, Hell Awaits, os californianos conseguiram agradar todas as faixas etárias de fãs, apresentando trabalhos mais recentes como Repentless e When The Stillness Come (2015).
Durante o show do Slayer, cerca de 40 mil pessoas estavam dentro do Autódromo de Interlagos, superando as expectativas, já que em 2016 cerca 25 mil pessoas acompanharam o festival.
Me diz aí. O que leva uma pessoa a dizer "Ta cheio de menina na grade, vamos empurrar até essas putas não aguentarem mais, quero ver pirralha saindo chorando daqui", apagar cigarro nos outros, machucarem fãs de outras bandas a ponto de precisar colocar pino na perna, entre outras coisas e ainda querer que tenham respeito por elas? Ainda tive o desprazer de ler piadas sobre todas as pessoas que pararam no hospital em tirinhas/memes e coisas tão maduras como "ainda tem sorte que o Heavy Metal amadureceu, pois não fizemos nada em 'Heavy' (música nova do LP)", tudo isso em pleno século XXI, num FESTIVAL, onde tem como intuito criar uma diversidade de estilo, mesmo que seja dentro do rock, com todas suas vertentes.
Acima foram coisas que aconteceram nessa briga toda, mas ressaltamos que enaltecer a discussão de qual banda atraiu mais público ou foi melhor, só alimenta o discurso de ódio na competição que não deveria existir na música. Cada banda tem seu estilo, sua sonoridade e isto não deve ser encarado de forma negativa, muito pelo contrário, a diversidade existe para enriquecer o festival.
O setlist do Slayer pode ser conferido aqui.
Headliner do festival, o Linkin Park mostrou que não é só de hardcore, trash e nu-metal que se vive. Sendo o "ponto fora da curva" no Maximus, a banda trouxe para o show flertes evidentes ao eletrônico, algo muito presente em One More Light, que está para ser lançado nesta sexta-feira, 19.
Com misturas arriscadas no setlist, o público conheceu quatro músicas do novo disco: Good Goodbye, Talking To Myself, Battle Symphony e Heavy - segundo Mike Shinoda, eles estavam proibidos de tocar a última ao vivo.
Com misturas arriscadas no setlist, o público conheceu quatro músicas do novo disco: Good Goodbye, Talking To Myself, Battle Symphony e Heavy - segundo Mike Shinoda, eles estavam proibidos de tocar a última ao vivo.
Mesmo com um novo visual, os fãs ainda se encantam e se empolgam com a mistura enérgica entre as bases eletrônicas, sintetizadores, rap, metal e o contraste vocálico entre Mike e Chester, que são marcas registradas do grupo.
Trecho do shows (principalmente do Linkin Park, a partir dos 8min), pode ser assistido abaixo: