Inocentes festeja 35 anos de punk com show gratuito no Sesc Interlagos


Em 2017, uma instituição do punk rock e do rock nacional comemorará sua história disparando música e vitalidade para todos os lados. Se os 40 são os novos 30, o Inocentes tem ainda muito mais a mostrar. São 35 anos de uma trajetória que nasceu no seio do movimento punk paulistano e segue mais viva do que nunca.

A banda vai de encontro ao seu público em show gratuito no Sesc Interlagos, abastecendo o feriado com rock´n roll em grande show no dia 21 de abril (sexta-feira).

Anselmo Monstro no baixo, Nonô (Luis Singnoreti) bateria, Ronaldo Passos na guitarra e Clemente, voz e guitarra, compõem desde 1995 aquela que se tornou a mais clássica e duradoura formação do Inocentes (até hoje mantida), inaugurada com o marcante disco “Ruas”.

O atual quarteto rodou os principais festivais do país (Abril Pro Rock, em Recife, Close Up Planet, em São Paulo, Goiânia Noise, em Goiânia e Porão do Rock, em Brasília) e dividiu o palco com as lendas Sex Pistols, Marky Ramone, Bad Religion, Pennywise, entre outros. Gravaram 7 álbuns e coletâneas e construíram uma história recente muito consistente e criativa, tendo a música “Cala Boca” (presente nas paradas das rádios rock assim que lançada) como marca registrada.

Em 2017, o Inocentes rodará o Brasil com shows comemorativos que incluirão os grandes clássicos, além de muitas surpresas que há tempos não eram revisitados pelo quarteto. Prepare-se para uma experiência única e para fazer parte de uma história que continua viva e pulsante.
HISTÓRIA
Clemente (líder da banda e uma das principais caras do rock nacional), na época baixista, iniciou a carreira em 1978 na lendária Restos de Nada. E passou pelos Condutores de Cadáver, de onde também saíram os outros membros fundadores do Inocentes, que logo se tornou um dos pilares do punk por seus shows incendiários e pela postura cheia de atitude.

Ao lado de Cólera e Olho Seco, participaram da coletânea "Grito Suburbano", em 1982, primeiro registro sonoro do punk brasileiro, e, no mesmo ano, do festival "O Começo do Fim do Mundo", no Sesc Pompéia, resultando em uma coletânea gravada ao vivo. Em 1983, lançaram o compacto "Miséria e Fome". Deveria ter sido o primeiro LP do grupo, mas a censura ainda persistia e 10 das músicas do disco foram barradas pela ditadura militar.

O reconhecimento internacional veio rápido: Jello Biafra (líder do Dead Kennedys) incluiu "Miséria e Fome" em sua lista dos 10 melhores lançamentos do ano no fanzine Maximum Rock’n’Roll, de San Francisco. “Grito Suburbano” foi lançado na Alemanha pelo selo Vinil Boogie com o nome de "Volks Grito", e a banda foi incluída em outra compilação alemã - "Life is a Joke", do selo Weird System.

Apesar do sucesso, com o acirramento das brigas de gangues entre 1983 e 1984, o Inocentes afastou-se do movimento e se aproximou da cena do rock paulista. Com uma sonoridade mais próxima ao pós-punk, chegaram à Warner em 1986 como o primeiro conjunto do punk paulista contratado por uma grande gravadora. Ali foram lançados três discos, entre eles o antológico EP "Pânico em SP".

Com a saída da Warner no início dos anos 90, a banda passou por um período conturbado, com várias mudanças de formação e sonoridade, mas sempre produzindo e lançando discos, até retomar a trilha do sucesso com seus integrantes atuais.
  
Inocentes em show gratuito no Sesc Interlagos
Dia 21/04/2017. 
Sexta, às 16h
Praça Pau-Brasil
Sesc Interlagos
Endereço: Avenida Manuel Alves Soares, 1100,
Parque Colonial – São Paulo (SP)
Telefone: (11) 5662-9500
https://www.sescsp.org.br/unidades/4_INTERLAGOS/#/uaba=programacao#/fdata=id%3D4

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